Mais 10 letras de música que não fazem sentido e você sabe de cor

Você provavelmente vai se lembrar que recentemente nós publicamos uma lista de seis letras de música que não fazem sentido. Pois o sucesso deste post foi tão grande e os comentários dos leitores tão valiosos que resolvemos continuar: por que não fazer uma segunda leva destas letras de música que amamos, mas não fazem sentido?

O Incrível.club deu um mergulho nas profundezas da música brasileira para encontrar mais dez músicas com estas letras cheias de, hum... criatividade. E aqui estão elas, pra você cantar junto se quiser. E pra gente se das umas risadas. Afinal, é tudo uma grande brincadeira.

’Parabólica’ - Engenheiros do Hawaii

Prenda minha parabólica / Princesinha Clarabólica / Paralelas que se cruzam / Em Belém do Pará

A música de 1992 é uma homenagem de Humberto Gessinger, líder da banda gaúcha, à sua filha. O complicado é entender a lógica da letra que fala “Fica parecida, paraguaia / Para-raios em dia de sol /
Para mim”. Supostamente a letra explica que mesmo estando longe de Clara, eles sempre estarão conectados. Haja criatividade :)

’Natasha’ - Capital Inicial

Pneus de carros cantam/ Tchuru, tchuru, tchuru, tchururu

A letra desta música de 2000, que fez grande sucesso no “Acústico MTV”, é até bem simples de entender. A Ana Paula virou Natasha, entendemos. O que complica mesmo é o refrão. Afinal de contas, que pneu de carro é este que canta Thuru, thuru, thuru, thururu? Dinho Ouro Preto e seus colegas de banda nunca nos contaram que espécie de borracha era essa do pneu.

’Linda Juventude’ - 14 Bis

Zabelê, Zumbi, besouro / Vespa fabricando mel / Guardo teu tesouro / Jóia marrom

E que tal esta bela canção de 1982 da banda mineira que fez um punhado de sucessos, mas alguns deles não exatamente simples de compreender. Mais à frente, a música diz “Maravilha, juventude / Pobre de mim, pobre de nós / Via Láctea, brilha por nós / Vidas pequenas na esquina”.

’Cavaleiro de Aruanda’ - Ronnie Von

Quem é esse cacique glorioso e guerreiro / Vem montado em seu cavalo / Descer no meu terreiro

Talvez você só conheça Ronnie Von como o apresentador de TV sempre impecavelmente arrumado e simpático. Mas muito tempo atrás ele tinha uma carreira musical que passou não apenas pelos tempos da Jovem Guarda, mas também por uma incrível fase experimental roqueira e psicodélica que se aproximou também da umbanda e fez o que se tornou um clássico de terreiros pelo país.

’Na Estrada’ - Marisa Monte

Sala, sem ela, tem janela / Inclino em cerca de atenção

Ela é um sucesso de crítica e público, mas até figuras como Marisa Monte têm direito de vez ou outra cantar algumas coisas um tanto complicadas de entender. A sala só tem janela sem ela? Com ela a janela some? A composição de Marisa, Nando Reis e Carlinhos Brown precisa de uma explicação que possivelmente só poderá vir de um dos três.

’Relicário’ - Nando Reis

Dançam as ilhas sobre o mar / Sua cartilha tem o A de que cor?

O ex-Titã Nando Reis também é um craque em colocar trechos misteriosos em suas canções. Em uma de suas mais conhecidas músicas, há versos dos mais misteriosos. Ele também canta "“E são dois cílios em pleno ar / Atrás do filho vem o pai e o avô / Como um gatilho sem disparar / Que invade mais um lugar / Onde eu não vou”. Entendeu? Pois é.

’Chão de Giz’ - Zé Ramalho

Disparo balas de canhão / É inútil, pois existe / Um grão-vizir

As ideias e o jeito de cantor e compor de Zé Ramalho tem algo de muito semelhante a Bob Dylan. E “Chão de Giz”, um de seus clássicos, consegue hipnotizar mesmo com versos de entendimento pra lá de complexos, como o colega americano. No fim das contas, trata-se da boa (?) e velha dor de cotovelo: a canção de 1978 trata de um fracasso amoroso. Freud explica, como ele canta na música.

’Guzzy Muzzy’ - Jorge Mautner

Será que você tomou / Cachaça com chuchu / Não consegue responder / Guzzy guzzy muzzy

O talento do cantor e compositor carioca é inegável. Mas ainda precisamos de um tutorial para entender a letra desta canção de 1974. Mautner, que já teve composições gravadas por Caetano Veloso e Gal Costa, ainda tenta uma explicação nos últimos versos: “Guzzy quer dizer que eu te amo / E muzzy quer dizer que eu te adoro”. Ainda assim, seguimos sem entender.

’Feira Moderna’ - Beto Guedes

Feira moderna, o convite sensual / Ó, telefonista, a palavra já morreu

Toda canção tem direito a um certo nível de subjetividade, mas o mineiro Beto Guedes parece ter abusado um pouco nesta música de 1978, do álbum Amor de Índio. O Clube da Esquina, símbolo máximo da música do Estado, deve se orgulhar da complexidade destes versos.

’Eu te Devoro’ - Djavan

Noutro plano / Te devoraria tal Caetano / A Leonardo DiCaprio / É um milagre

Ah, é claro que a gente não poderia encerrar mais esta série de letras, digamos, complexas, sem Djavan, um mestre da complexidade cheio de talento. Depois de falar de “Açaí”, desta vez escolhemos uma mais nova: “Eu te Devoro”, de 1998, que cita Caetano Veloso, Leonardo Di Caprio e fala sobre Via Láctea e Dinossauros.

Depois desta nova segunda leva de letras, você se lembra de mais músicas conhecidas que não fazem muito sentido? Conte pra gente, deixe seu comentário.