Aos 70 anos, Lucinha Lins mostra que não tem medo de envelhecer e que existe beleza na terceira idade
Talvez você já tenha reparado que muitas pessoas da nova geração estão “prevenindo” suas marcas de idade, já que querem manter a aparência jovial mesmo não sendo mais tão novas quanto pensam. Essa prática de não aceitar os anos a mais e renegar as rugas, além de potencialmente invisibilizar os idosos e quem prefere não adotar procedimentos estéticos, se chama idadismo, ou etarismo. Algumas celebridades, como Lucinha Lins, estão tentando quebrar esse paradigma e o preconceito contra o envelhecimento.
Recentemente, a atriz Lucinha Lins concedeu uma entrevista à revista Quem, na qual abordou o tema do etarismo com sinceridade. Em suas declarações, a atriz, cantora e compositora destacou que a obsessão pela aparência jovial a assusta, e que, em sua opinião, é importante realizar procedimentos estéticos de forma comedida para obter um resultado mais natural.
“Existe uma busca pela juventude que me assusta. Vejo pessoas muito jovens se machucando porque estão estereotipadas em bocas e peitos. Elas estão adiantando a natureza de uma maneira, se preocupando com pé de galinha aos 20. Quando tiverem 60 anos vai dar problema porque não tem volta. Elas vão ficar esquisitas. São pessoas que mexem muito na cara”, declarou a veterana.
“Um cirurgião plástico, de quem gosto muito e que já está aposentado, me dizia que só a partir dos 40 anos a gente deveria procurar alguém, criterioso, que respeitasse a gente. Daí, a gente poderia começar a dar um beijinho de botox no cantinho do olho, dar uma atenção para o pescoço... Sem sair cortando e preenchendo. Não deixe que ninguém perceba que você mexeu. Vá fazendo devagar coisas que mantenham sua pele e musculatura no lugar. Tem tantas coisas hoje para ajudar a envelhecer bem”, revelou.
A artista ainda contou que muita coisa muda com a idade, claro, mas que as mulheres não deixam de fazer o que gostam e que ainda há muito julgamento e preconceito perante a sociedade. Por isso o etarismo “limita” as pessoas, e talvez esse seja o medo do envelhecimento.
“Entrar para os 70 não me assustou. Nos 40, eu me achei um máximo. Nos 50, me senti forte e disse: ’Ok, agora sou uma senhora e já sei o que eu não quero’. Mas, nos 60, foi esquisito e pesado. Fiquei assustadíssima. Agora não tenho mais medo. É um dia de cada vez tendo certeza que o hoje é o melhor dos tempos”, pontuou a loira.
Hoje com 70 anos, ela contou ao portal Purepeople que percebe sutilmente os julgamentos e críticas sobre sua idade e aparência: “Me param e dizem: ’nossa, como você está bem ainda. Você ainda é muito bonita’. Tem sempre um ’ainda’. (...) E tem vezes que não agrado. ’Pensei que fosse mais gorda. Pensei que fosse mais magra’. Não sei explicar isso, mas sou bonitinha... ainda”.
Em uma conversa com a revista CARAS, quando questionada sobre sua relação com o passar dos anos, Lucinha foi enfática: “Lido com o envelhecimento da melhor forma possível. É inevitável, né? Tem dias que me sinto com 112 anos, tem dias que me sinto com 15, tem dias que me sinto com 70. Acho que estou envelhecendo bem”.
Além de esbanjar talento na atuação, Lucinha Lins é uma mulher segura de si e nos mostra que há, sim, muita beleza no envelhecimento. Mas ela não é a única. Sua colega de profissão, a atriz Betty Gofman, já revelou que não tem medo do passar dos anos e que existem diversas formas de se sentir bem consiga mesma.