Impactos de asteroides: os 9 maiores impactos conhecidos

Curiosidades
há 7 meses

Uoshhh! Detritos “voam” pelo espaço sideral o tempo todo, muitas vezes indo em direção ao nosso planeta. Na maioria das vezes não estamos nem cientes disso. De qualquer maneira, a maioria deles queima quando entra na nossa atmosfera. Nós conseguimos apreciar aquele brilho incandescente deles no céu limpo à noite porque, de tempos em tempos, os vemos como chuvas de meteoros.

Mas às vezes um meteorito é resistente o suficiente para sobreviver à atmosfera e grande o bastante para deixar uma marca notável no nosso planeta. Estamos falando do que muitas vezes parece buracos escavados quase circulares. Localizada no Planalto do Colorado, no norte do Arizona, a Cratera Barringer é um poço com bordas em forma de uma tigela que também chamamos de Cratera do Meteoro. Ela é relativamente jovem, pois se formou há apenas 50.000 anos. Foi um enorme meteoro de ferro com de 30 a 50 metros de diâmetro que atingiu a velocidade de até 42.000 quilômetros por hora. Ele explodiu com tanta força, que o meteorito escavou incríveis 175 milhões de toneladas de rocha.

Daniel M. Barringer foi quem identificou esta cratera pela primeira vez. Ele acreditava firmemente que o poço era o resultado de um meteoro que atingira nosso planeta, mas poucos cientistas acreditaram nele. Ele passou alguns anos investigando esta cratera para provar sua teoria. Não apenas isso — ele também esperava encontrar parte do valioso conteúdo de metal, mas uma grande parte desse meteorito, que era bastante grande, teria sido destruída durante a colisão.

A Cratera Kaali. A princípio, parece que você está olhando para um bom local para nadar. Mas, há 7.500 anos, outro meteorito se dirigiu para a Terra. Ao passar pela nossa atmosfera, se desfez e atingiu nosso planeta em fragmentos. Foi assim que se formou o Campo de Crateras de Meteoritos de Kaali — um grupo de 9 crateras de meteoritos na homônima vila estoniana, localizada em uma das ilhas do país, mais especificamente na Ilha de Saaremaa.

A maior cratera acabou tendo 110 metros de largura e 22 de profundidade. O resto dos 8 buracos menores estão localizados ao redor do principal. Ela é uma atração turística hoje, mas imagine o pânico que nossos ancestrais pré-históricos que viviam lá devem ter sentido ao ver essas rochas gigantes caindo do céu. Além disso, há uma possibilidade de que a superfície desta ilha fosse coberta de floresta, e tudo provavelmente tenha sido queimado durante o impacto.

A África do Sul também tem sua própria joia — a cratera Vredefort, a maior e mais antiga do mundo. Mais de 2 bilhões de anos atrás, um meteorito com um diâmetro de 10 quilômetros atingiu nosso planeta perto da atual Joanesburgo, na África do Sul. Esse impacto foi quase duas vezes mais forte do que aquele que extinguiu os dinossauros. Quase logo após o meteorito atingir o solo, a cratera se formou. O buraco ficou raso e largo quando a rocha abaixo começou a se recuperar — além disso, suas paredes desmoronaram.

O meteorito que atingiu este local tinha provavelmente de 10 a 15 quilômetros de diâmetro. Se um objeto celeste que atinge a Terra for maior que 1 quilômetro, poderá ter efeitos em nível global. Então, este provavelmente causou incêndios em todo o mundo. Além disso, enormes quantidades de poeira provavelmente acabaram na atmosfera, o que mudou o clima por meses, talvez até anos.

A Cratera Lonar, descoberta há quase 200 anos, é um local surpreendente no sul da Índia, no Planalto Decão. O poço fica dentro de uma grande planície de rocha basáltica que sobrou de violentas erupções vulcânicas nesta área, que aconteceram há 65 milhões de anos. Os cientistas até pensaram que fosse uma cratera vulcânica no início. Mas logo perceberam que era o resultado de um forte impacto de meteoro de até 50.000 anos atrás.

Veja como é específica a rocha balsática — e a Cratera Lonar é a única formada nesse tipo de rocha. Há árvores por todos os baixos morros da cratera. E você pode encontrar algumas espécies interessantes por lá, como gazelas-indianas, pavões e gazelas — além disso, você pode ver muitas aves migratórias voando em direção ao lago nos meses frios de inverno. Sim, há um lago lá, e ele é alcalino e salino. Em 2020, ele surpreendeu a população local, pois mudou para uma cor rosada. Parecia incomum no início, mas depois os cientistas descobriram que uma cor tão específica era o resultado de uma população crescente de um tipo específico de organismos microscópicos apaixonados por sal, que produzem um pigmento rosa.

Este lugar também é importante para a mitologia indiana, e é por isso que existem vários templos ao redor da borda da cratera.

— Aqui temos algo realmente incrível — a cratera de Ries contém uma cidade inteira dentro de seu anel interno! É uma pequena cidade na Alemanha, chamada Nördlingen. Você pode ver o resultado completo desse impacto apenas de cima. As muralhas da cidade destacam o anel interno desta cratera que tem cerca de 1 quilômetro de diâmetro. Essas são provavelmente as dimensões do meteorito que a originou. Não dá para distinguir o resto dela tão facilmente, uma vez que a cratera foi erodida. Isso significa que as forças naturais, como chuva e ventos, a mudaram.

No coração do planalto de Ungava encontra-se a incrível cratera Pingualuit, no Parque Nacional de Pingualuit. A cratera tem sua própria água pura da chuva, uma das águas mais límpidas que se pode encontrar. Ela não está de forma alguma ligada a outros lagos dessa área nem recebe água deles. A água lá se acumula da neve e da chuva. E só desaparece quando evapora.

A profundidade de quase 300 metros é como uma janela para o rico passado geológico da cratera. Os cientistas encontraram diferentes elementos, como cobalto, níquel e ferro, que os ajudaram a determinar que era um tipo específico de meteorito, chamado condrito, que seu corpo progenitor não o modificou de forma alguma. Corpo progenitor é o corpo celeste do qual um único meteorito ou uma classe inteira deles se origina. A cratera Pingualuit se formou há mais de um milhão de anos. Há ainda vestígios de pedras dispostas em forma circular e abrigos rochosos. As pessoas que costumavam viver nesta área montavam acampamentos nos cumes da cratera. Era uma boa posição para pegarem animais e ficarem seguros ao mesmo tempo.

— A Austrália abriga algumas das crateras de impacto mais fascinantes do mundo. Em sua parte ocidental, você pode encontrar a enorme cratera Wolfe Creek. Ela é a segunda maior do mundo e fica à beira do Great Sandy Desert, no Parque Nacional Wolfe Creek Crater. Há mais de 100.000 anos, um meteoro provavelmente estava viajando a uma velocidade insana de 17 quilômetros por segundo antes de finalmente cair no deserto.

Os cientistas a descobriram em meados do século 20, mas a população local já a conhecia muito antes disso. Eles tinham muitas histórias culturais sobre essa cratera. Uma era sobre duas cobras ancestrais que eram tão incrivelmente grandes que conseguiram formar tanto a cratera Wolfe quanto a Sturt Creeks nas proximidades enquanto atravessavam o deserto. Uma dessas gigantes emergiu do solo e é onde está a grande cratera hoje. É perigoso subir lá, pois as rochas são bem soltas. Mas é aí que você pode ver alguns animais interessantes, como lagartos Agamidaeda pegando insetos para o almoço ou a cacatua-rosa colhendo sementes das plantas que crescem no chão da cratera.

Outra cratera imperdível na Austrália é a Gosses Bluff. Ela fica no coração do continente, entre James Range e Macdonnell Range. É um local de grande importância cultural, por isso, se você estiver visitando, respeite as placas indicando quais áreas você não tem permissão para acessar.

Um meteoro gigante atingiu nosso planeta há mais de 140 milhões de anos. Foi há muito tempo, então a cratera original foi erodida ao longo do tempo. Mas até hoje, você ainda pode ver o seu núcleo — um anel central de colinas com quase 4,5 quilômetros de diâmetro. Parece que você está em Marte, não é? Na verdade, é o sudoeste da Argélia e sua famosa Cratera Amguid. Ela é relativamente jovem, considerando que é resultado de um impacto de meteoro que aconteceu há 100.000 anos. Esta cratera tem uma forma quase perfeitamente circular. Seu centro é surpreendentemente plano devido ao tipo de solo no fundo e ao fato de ser bem compactado.

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