15 Pessoas revelam um segredo devastador sobre um ente querido

Durante muito tempo, saias, maquiagem e salto alto foram vistos como exclusivos do universo feminino. No entanto, a associação dessas peças a um gênero específico é algo relativamente recente na história da moda. Quando homens modernos decidem usar vestidos, eles não estão criando uma tendência inédita, na verdade, estão resgatando uma prática que foi comum por milênios. Neste texto, vamos explorar a trajetória da saia no vestuário masculino e entender por que, hoje, tantos homens estão redescobrindo essa peça considerada “feminina”, além de se aventurar cada vez mais no uso de maquiagem e salto alto.
Saias e vestidos sempre fizeram parte do vestuário tanto de homens quanto de mulheres ao longo da história. No Egito Antigo, por exemplo, era comum o uso dos schenti, uma espécie de saia rodada amarrada na cintura com um cinto. Já na Grécia Antiga, os homens vestiam chitons, enquanto os romanos preferiam as togas.
Segundo especialistas, as calças surgiram principalmente por duas razões: para proteger do frio e por serem mais práticas para montar a cavalo. As calças mais antigas que se conhece, aliás, eram uma espécie de calção para montaria, com mais de 3.000 anos de história. Mas isso não quer dizer que nossos antepassados deixaram de lado as saias e os vestidos, essas peças continuaram sendo parte importante do vestuário masculino por muitos séculos.
Até os séculos XIV e XV, as roupas não seguiam uma divisão tão rígida entre gêneros. Com o desenvolvimento da alfaiataria, no entanto, as vestimentas masculinas começaram a mudar: as túnicas foram encurtadas e as meias passaram a ganhar destaque, tornando-se um item bastante popular entre os homens da época.
No século XIX, os cavalheiros começaram a surgir em público com calças curtas, o que encantava as damas com a exibição das pernas, algo até então incomum. Apesar disso, saias e vestidos ainda estavam presentes no cotidiano de muitos homens. Estudiosos, monges e até jovens continuaram a usá-los. Ainda nessa época, era comum que os meninos recebessem seu primeiro par de calças entre os 4 e 7 anos, um presente simbólico que marcava a passagem da infância para a vida adulta.
No século XX, as diferenças de gênero na moda se tornaram ainda mais marcantes, e a saia passou a ser vista, no Ocidente., como uma peça exclusivamente feminina. Nesse contexto, apenas figuras consideradas excêntricas ou transgressoras, como David Bowie e Kurt Cobain, ousavam aparecer em público usando saias na Europa e nos Estados Unidos.
Enquanto isso, em muitas outras partes do mundo, o uso de roupas como túnicas e saias por homens continuou perfeitamente comum. Em países como a Índia, o Japão e diversas regiões do Sudeste Asiático, as saias nunca deixaram de fazer parte do vestuário masculino tradicional.
No século XXI, a saia vem ganhando um novo significado: está se tornando uma peça cada vez mais neutra em termos de gênero. Com sua popularidade crescendo entre os homens, muitos especialistas e entusiastas da moda afirmam que estamos vivendo um verdadeiro “momento da saia masculina”.
Se no início do século usar saia em público era visto principalmente como um gesto de provocação ou uma declaração social, hoje o cenário é bem diferente. Cada vez mais homens, independentemente da identidade de gênero ou da orientação sexual, estão incorporando saias e vestidos ao guarda-roupa do dia a dia, enxergando essas peças como formas legítimas de expressão pessoal, conforto e estilo.
Roupas, maquiagem e manicure são, cada vez mais, reconhecidas como formas legítimas de autoexpressão e não mais limitadas a um único gênero. Estilistas de moda masculina já incluem saias e vestidos em suas coleções, e marcas especializadas em cosméticos voltados para o público masculino vêm ganhando espaço no mercado.
Aqui mesmo, já mostramos histórias de homens comuns que estão explorando o universo da maquiagem, rompendo com antigos tabus. Para o maquiador Merton Muaremi, de Melbourne, essa mudança é algo positivo: “Ninguém precisa usar maquiagem para ser bonito, mas ela pode ser uma poderosa forma de se expressar.”
Nos últimos anos, houve um crescimento significativo no número de blogueiros, estilistas e maquiadores que dedicam seus conteúdos exclusivamente à moda masculina, muitos deles explorando novas formas de expressão que rompem com os padrões tradicionais.
Um dos casos mais emblemáticos foi o de Mark Bryan, que viralizou na internet em 2021. Nascido no Texas e vivendo na Alemanha desde 2010, ele chamou a atenção do mundo por seu estilo ousado: saias ajustadas e sapatos de salto alto combinados com camisas sociais e blazers. O que surpreendeu muita gente foi o fato de um engenheiro cisgênero, heterossexual e com mais de 60 anos incorporar com tanta naturalidade peças tradicionalmente consideradas “femininas” em seu visual.
A repercussão foi imediata e intensa. O estilo de Mark desafiou estereótipos, gerou debates acalorados e, ao mesmo tempo, inspirou pessoas ao redor do mundo. Hoje, ele é considerado um ícone da moda contemporânea, com contratos assinados com grandes marcas. Seu exemplo não apenas quebrou barreiras, mas também abriu espaço para que estilistas e criadores de moda se sentissem mais livres para reinventar o vestuário masculino.
Brad Pitt, Harry Styles, Kid Cudi — cada vez mais homens heterossexuais estão usando maquiagem, pintando as unhas e usando vestidos. Em novembro de 2022, o boxeador olímpico Harry Garside apareceu com uma saia Armani no GQ Man of the Year Awards. O atleta encontrou um superpoder nessa expressão de si mesmo: “Deveríamos estar apoiando a individualidade, a singularidade e a multidão apoiando isso, em vez de a multidão apoiar as pessoas que sentem que precisam se conformar e ser como todo mundo.”
Esses experimentos de estilo feitos por pioneiros da moda criativa estão provando que a liberdade de expressão torna nosso mundo mais colorido e diversificado. E se ontem uma saia em um homem era algo estranho, amanhã ela poderá se tornar a norma, como já era há alguns séculos.
Em uma outra história interessante, uma jovem de 24 anos tem chamado atenção no TikTok ao compartilhar momentos da sua vida depois de se apaixonar por um homem rico quase 40 anos mais velho. Semie conheceu Claudio há seis anos em um site de relacionamentos. Desde então, os dois vivem um estilo de vida luxuoso e extravagante.