Fotógrafo cria imagens incríveis com capas de discos exatamente nos locais onde foram feitas
Um dia, o fotógrafo inglês Alex Bartsch levou um de seus discos preferidos de reggae para “passear” no bairro de Brixton, em Londres. Ele queria ver se encontrava a locação onde a capa de Brixton Cat, um vinil da banda Joe’s All Stars, havia sido fotografada. Não foi difícil identificar o local e, de brincadeira, ele estendeu a capa, conseguiu encaixá-la exatamente no cenário original e fez a foto. Naquele momento veio o estalo: por que não procurar os lugares onde outras capas haviam sido fotografadas na cidade?
Pensando nisso, o Incrível.club selecionou algumas das imagens mais curiosas captadas por Alex e conta um pouco das histórias que ele também reuniu ao longo de mais de dez anos de trabalho.
Joe’s All Stars — Brixton Cat (1969)
A foto deu origem ao trabalho de Alex Bartsch com as capas de discos. Foi feita em uma rua de Brixton, bairro onde o reggae, ritmo natural da Jamaica, floresceu em Londres nos anos 1960 e 1970.
Peter Tosh — Buk-In-Hamm Palace — 1979
Alguns dos lugares foram bem fáceis de achar, como o Palácio de Buckingham, onde Peter Tosh fez a capa deste single.
Mighty Sparrow — Only a Fool (1967)
A Trafalgar Square, ponto central e bem conhecido de Londres, também foi fácil de ser localizada.
Dr. Alimantado — The Privileged Few (1999)
O Parlamento e o Big Ben, outros símbolos londrinos, também aparecem no trabalho de Alex Bartsch.
Dandy — Your Musical Doctor (1969)
Outros lugares foram mais difíceis de encontrar e, para desapontamento do fotógrafo, algumas fotos não puderam ser feitas, pois as construções da época já haviam sido demolidas ou muito modificadas.
Johnny Clarke — I Man Come Again (1982)
Alex conta algumas das aventuras que passou para conseguir as fotos exatas em diferentes bairros londrinos: “Tive de navegar em um bote pelo Regents Canal, subir em um telhado na região da Old Street, pedir para entrar na sala de uma pessoa em Hampstead, entrar em um quintal em Wembley e me aventurar no viaduto de Westway”.
Aisha — High Priestess (1986)
As andanças de Alex por Londres renderam o livro Covers — Retracing Reggae Record Sleeves in London (Retraçando Capas de Reggae em Londres).
Greyhound — Black and White (1971)
O trabalho com as capas de reggae também integra a recente exposição Paris — Londres: Music Migrations, organizada pelo Museu da Imigração de Paris, reconstituindo a cena da música feita por imigrantes nas duas metrópoles.
Elis Regina — Elis Regina In London (1969)
Além do reggae, que é sua paixão, Alex usou capas de outros gêneros musicais em suas experiências. A brasileira Elis Regina, fotografada na Trafalgar Square, também foi homenageada.
Them — Again (1966)
Um pouco de rock para variar.
The Who — Quadrophenia (1979)
E um clássico da música pop britânica.
François Missé Ngoh (1978)
Paris também serviu de inspiração para muitas das descobertas de Alex.
Michel Legrand — Legrand Jazz (1958)
O músico Michel Legrand em uma praça de Paris.
The Swingle Singers & The Modern Jazz Quarter — Place Vendôme (1966)
Um encontro jazzístico em outro ponto turístico de Paris.
Conjunto Acadêmico João Paulo — No Teatro Monumental (1966)
Em Lisboa, Portugal.
Os Alegres — Reacção (anos 1970)
Na Torre de Belém, Lisboa.
Armindo Pires — Nota Grande (1983)
Em Queluz, Portugal.
Dimension Latina (1973)
Em Caracas, Venezuela.
Ebo Taylor — Appia Kwa Bridge (2012)
Em Saltpond, Gana.
Jovino — Afro-Latino-Disco (1984)
De volta a Paris.
Kamanchi Sly — Prodigal Son EP (2004)
E de volta a Londres.
Bônus: conheça o outro lado do trabalho de Alex Bartsch
Além das capas de discos, Alex Bartsch tem um trabalho sensível de fotografia, retratando a vida cotidiana de pessoas comuns em sua cidade e em outros lugares do mundo. Confira a seguir alguns cliques emocionantes e poéticos do artista.
Paris, França.
Havana, Cuba.
Londres, Inglaterra.
Bolívia.
Jamaica.
O que você achou do trabalho de Alex? Já viu algo assim antes? De qual das capas e lugares você mais gostou? Compartilhe sua opinião conosco nos comentários!