Chamavam de feia, ela ignorou os trolls e brilhou como modelo

Frequentemente, na Internet, vemos uma romantização de transtornos psicológicos, ocasionando vários conceitos incorretos. Uma pessoa que se considera “antissocial” pode ter uma personalidade peculiar e um certo comportamento isolado, mas isso não quer dizer que tenha necessariamente o transtorno, em si. Usuários da Internet que realmente conhecem o transtorno da fobia social decidiram esclarecer seus sintomas reais. São comportamentos que devem servir de alerta para procurar um psicólogo um quanto antes!
O Incrível.club preparou um material que esclarecerá algumas características a respeito dos mitos sobre a fobia social, um transtorno que deve ser encarado com seriedade e apoio psicológico.
Cada um de nós precisa de um pouco de solidão, e não há nada de errado nisso, é até saudável passarmos um tempo sozinhos. A maioria já sentiu uma vontade louca de comprar um saco imenso de salgadinhos em um dia frio, cobrir-se até o pescoço e ver uma série, longe de todo mundo. É uma “terapia” peculiar e nada anormal. Uma pessoa mentalmente saudável fará seu dia de isolamento e logo retomará sua rotina, cheia de forças.
Mas o que o antissocial sente? As pessoas com esse tipo de transtorno têm mais dificuldade em encontrar-se na sociedade, não porque “amam séries e odeia as pessoas”, mas sim porque a convivência com os demais causa inúmeras sensações desagradáveis. Para quem tem esse transtorno, não é nada fácil manter uma conversa, já que os pensamentos sempre estão atrelados ao medo de dizer ou fazer algo inadequado ou vergonhoso. São pessoas que, a cada minuto, duvidam de si mesmas, de suas conquistas e qualidades de maneira excessiva.
As estatísticas demonstram que os primeiros sinais da fobia social começam a aparecer por volta dos 11 anos. Pouco a pouco, sintomas associados à ansiedade também se manifestam: suor excessivo, tremores, pele vermelha e náuseas.
Especialmente por isso, as pessoas que padecem desse transtorno tratam de evitar os eventos onde haverá muita gente e uma ampla gama de situações sociais. Essas podem ser as situações nas quais é necessário demonstrar suas capacidades e habilidades. Para elas, é mais fácil realizá-las em lugares que não precisem chamar atenção.
Possivelmente você conheça alguém que fale sem parar sobre seus problemas a respeito de sua ansiedade em ambientes sociais. Na realidade, para essa pessoa, é difícil até imaginar a situação na qual ela atrai muita atenção: pedir para que o motorista do ônibus pare na sua parada pode provocar um ataque de pânico em uma pessoa antissocial.
Tais pessoas sentem o verdadeiro de terror em imaginar o tempo todo como suas ações serão avaliadas pelos demais.
Em geral, não são pessoas somente tímidas, mas sim inseguras, e para elas é difícil defender seu próprio ponto de vista.
Nessas situações, pode ser torturante até mesmo fazer algo simples, como pedir que o motorista pare o ônibus.
Quem padece da fobia social está obcecado em si mesmo, em saber como se comportará e como será notado pelos demais. É claro que, no mundo, existem muitas pessoas que prestam mais atenção em si do que ao seu redor, mas para quem vive o transtorno é um pouco diferente. Gente assim se cobra muito, tentando constantemente causar uma boa impressão. Ao mesmo tempo são pessoas plenamente convictas que nunca alcançarão o nível de excelência que se auto impõem. Uma visão um tanto distorcida.
Vale a pena dizer que até um pequeno fracasso que uma pessoa antissocial teve em um lugar público pode provocar uma sensação de ansiedade. Essa pessoa repassará uma multidão de cenários na cabeça, pensando na própria falha.
Por exemplo, chegou um novo integrante na sua equipe de trabalho, e durante seu discurso de boas vindas, você cometeu um erro. Nessa situação, uma pessoa normal sequer notou o próprio erro, mas o antissocial terá uma forte ansiedade e esse acontecimento isso se repetirá em sua memória por muito tempo e será uma fonte de temor no futuro. A memória das pessoas que sofrem com a fobia social é extremamente detalhista e distorcida, guardando más lembranças.
Na verdade, as pessoas antissociais odeiam as situações nas quais precisam enfrentar uma multidão de desconhecidos, falar sobre si mesma ou realizar algum tipo de atividade com os demais. Esse estado pode ser semelhante à timidez, mas na verdade se distingue dela, porque traz consigo a uma bagagem muito grande de insegurança.
Ao mesmo tempo, vale a pena destacar que as pessoas com esse transtorno podem até sentir liberdade e segurança com seus entes queridos, mas nada muito além disso.
Se você se reconhece como antissocial, tenha em mente algumas dicas que podem fazer sua vida em grupo algo um pouco menos torturante:
Lembramos que nosso post teve o objetivo apenas de trazer alertas sobre a fobia social. Trata-se de um transtorno que só poderá ser avaliado e tratado com um profissional, que, por sua vez, saberá exatamente como lidar com seu problema e apontar caminhos para que você tenha mais qualidade de vida. Portanto, se você apresenta qualquer um dos sintomas que citamos, não hesite em procurar um psicólogo! Busque uma vida mais saudável. (: