Eu passei 5 anos me preparando para o nascimento da minha filha, mas não esperava que minhas esperanças fossem destruídas pela realidade da paternidade
Olá! Meu nome é Anton, e eu tenho uma filha que se chama Sasha. Ela tem um ano e meio. Eu me casei há 10 anos, e a metade desse tempo eu e minha esposa passamos planejando a nossa vida com a nossa filha. Nós fizemos listas e esquemas, visitamos todas as maternidades e hospitais, e também a maior parte das lojas da cidade... Esta é a nossa história de como tudo saiu fora do planejado.
A seguir, eu compartilho com vocês uma lista das minhas expectativas que não se tornaram realidade. Espero que isso ajude alguém a se preparar melhor para o nascimento de um filho.
12. Queríamos nos preparar para tudo ao mesmo tempo, mas as nossas cabeças deram um nó após 35 semanas
Então, a primeira coisa que fizemos depois da nossa filha nascer foi esquecer tudo o que foi planejado. E realmente, esquecemos a maior parte das informações graças aos hormônios! O resto saiu das nossas cabeças durante os primeiros dias. Agora, podemos afirmar que apenas algumas das dicas valem a pena serem lembradas.
- Primeiros socorros. A criança pode se engasgar, tomar alguma substância química, se afogar, ter uma reação alérgica, levar picadas de insetos ou ficar com febre. Espero que você não precise dessas informações, mas esse conhecimento aliviará seu estresse em uma situação de emergência, porque você sempre lembrará das instruções necessárias.
- Dicas para amamentação. Com certeza, na maternidade, você aprenderá como amamentar seu filho. Porém, ninguém garante que não surgirá algum problema com amamentação depois, principalmente se for o primeiro filho. Quando nossa filha tinha um ano e meio, ela começou a ficar nervosa durante a amamentação, mas nós não conseguimos entender o porquê, num primeiro momento. Após perceber que ela dormia bem, não tinha cólicas e a sua saúde não era influenciada por razões externas, marcamos uma consulta com um especialista. Descobrimos que deveríamos apenas segurar a Sasha alguns centímetros mais baixo. Ou seja, às vezes o problema não tem uma solução simples, mas felizmente existem os profissionais para ajudar.
- Atividade física de criança. Logo depois do nascimento, a nossa filha começou a firmar a cabeça. De acordo com as informações na Internet, ela sentou, começou a engatinhar e andar cedo. Devido ao grande número de histórias de horror sobre pernas tortas, músculos fracos, entre outras, sempre ficávamos ansiosos nas consultas com o ortopedista. Mas a cada vez que nos encontrava, ele nos acalmava provando que ela estava pronta para entrar em uma nova etapa da vida.
- A condição normal de um pequeno. A criança pode ter acne neonatal, eritema tóxico e evacuação de várias cores e consistências. O importante é ficar calmo e lembrar uma regra simples, que rinite sem motivos óbvios, evacuação líquida ou febre não são razões para entrar em pânico. Porém, se algo acontece com seu filho pela primeira vez, é melhor marcar uma consulta com um pediatra de sua confiança.
- A resistência das crianças é restrita, e o intervalo de tempo aproximado durante o qual elas ficam acordadas pode ser encontrado na Internet. Mas na prática, a nossa família começou a viver melhor após deixarmos de comparar os horários da nossa filha com os horários das tabelas na Internet (veja no próximo parágrafo). Nós aceitamos o fato de que a nossa filha dorme em intervalos diferentes.
11. Tínhamos certeza de que encontraríamos tudo na Internet; porém, a quantidade de perguntas é enorme
Como todos os pais modernos, quando tínhamos dúvidas sempre entrávamos na Internet. Com certeza, existe mais de uma resposta a cada pergunta, mas é preciso selecioná-las. Não é surpresa que todas as crianças são diferentes, e o que funciona com uma, não necessariamente ajuda a outra.
10. Pensávamos estar cientes de todas as novidades para tudo sair como planejado, mas as mudanças são inevitáveis
Durante o ano e meio que passamos educando a nossa filha, as opiniões dos médicos e da sociedade mudaram:
- Água de endro (diziam que ajudava a evitar as cólicas) foi considerada tóxica para crianças;
- Dormir durante a caminhada da mãe usando o sling não faz mal para o sistema nervoso central do bebê;
- As ideias do Dr. Spock foram menos criticadas, e agora muitos admitem que ele não era tão cruel. Ele foi o primeiro que pensou na importância das necessidades da criança e que os pais precisam ser flexíveis.
9. Esperávamos que nossos pais se lembrassem de como eles educaram seus filhos e soubessem todas as respostas
Com certeza, os avós sabem até mais do que a Internet, não é? Na verdade, não. Descobrimos que eles não se lembram muito do nosso primeiro ano de vida. Pergunte para seus pais o que vocês conseguiam fazer logo após ter nascido. Nós temos certeza absoluta de que eles irão lembrar que os seus filhos nasceram sabendo falar, correr e usar o troninho. Após algum tempo, eles irão dar algumas dicas, mas esquecendo de informações como lavar a criança em água fervida, não deixá-la chorar para que o umbigo não desamarre e que é melhor não segurá-la por muito tempo.
8. Queríamos caminhar bastante para que a minha esposa mantivesse um peso saudável
Lembra de como o coiote sempre falhava nos seus planos de pegar o papa-léguas? Eu acho que até ele daria risada dos nossos planos. Quando a Katya estava grávida, ela machucou bastante a perna e precisou de uma cirurgia. Ela precisou usar muletas, um fixador no joelho e esquecer temporariamente as caminhadas. Eu não estou falando que todos terão esses problemas, só queria avisar: não confie que todos os planos irão se realizar. Também não conseguimos fazer caminhadas depois do nascimento da nossa filha. Mas eu conto essa parte da história mais tarde.
7. Tínhamos certeza absoluta de que deveríamos comprar roupas bonitas do menor tamanho possível
Queríamos comprar tudo e o mais cedo possível. Bem, a maior parte das aquisições nós nem usamos, por isso fizemos uma lista dos itens menos necessários para crianças:
- No topo da nossa lista estão todas as camisetinhas, macaquinhos e touquinhas. Nós esperávamos qualquer surpresa, mas a nossa filha acabou nascendo um pouquinho maior do que o previsto. Ou seja, tivemos que renovar o guarda-roupas imediatamente.
- Os brinquedos estilosos e bonitos em tons pastéis e acessórios para o carrinho, tudo pelo preço de um avião. Nós deveríamos aceitar o fato de que a pessoinha que começou a enxergar há pouco tempo se interessará mais pelos brinquedos coloridos. No fim das contas, nossa filha brincava apenas com bonecas e carros das cores mais chamativas possíveis da IKEA. O resto foi deixado no sótão.
- Um carrinho bonito e caro. Infelizmente, nem os preços nem os comentários na Internet garantem que a criança irá gostar de longas caminhadas. Por exemplo, a nossa filha se recusou a dormir no carrinho.
- Berço. Algumas pessoas conseguem montar um AK-47 de olhos fechados, enquanto nós podemos montar um berço em alguns minutos. Durante um ano e meio, nós o montamos e desmontamos cerca de 10 vezes, esperando que a nossa filha fosse dormir nele. Porém, desde o primeiro dia na maternidade, o lugar preferido dela para dormir é no meio do pai e da mãe.
- Chupeta e mamadeira. Vocês até podem brigar conosco, mas a nossa filha nunca usou chupeta ou mamadeira. Apesar de termos comprado duas de cada com antecedência e ainda ganhamos algumas de presente.
6. Tínhamos certeza de que não sentiríamos inveja de outros pais e crianças
Por incrível que pareça, é muito difícil controlar as ambições parentais, e a pracinha é um verdadeiro campo de batalha. Até mesmo os fones de ouvido e o seu podcast favorito não vão distrair você. Em um minuto, você acha que está só escutando uma conversa entre dois pais, mas em outro momento, se dá conta que tem tentado ensinar a mesma coisa para sua filha. Foi assim que a Sasha aprendeu a dar um “high-five” e a cantar algumas músicas.
5. Acreditávamos que o pediatra fosse uma pessoa que curava dinossauros e sempre brigava com os outros
Nós encontramos muitas histórias sobre pediatras que foram incompetentes ou que se basearam apenas no que tinham aprendido na universidade há muitos anos e não queriam aceitar os tratamentos modernos. Mas sabíamos que deixaríamos de ir a qualquer médico que prescrevesse antibióticos após um espirro. Primeiro, nós decidimos não frequentar hospitais públicos, mas quando um pediatra do nosso hospital veio a nossa casa, mudamos de ideia sobre tratamentos gratuitos. Os funcionários dos hospitais públicos são muito competentes. Além disso, a Sasha gostou do médico.
4. Achávamos que finalmente conseguiríamos passear por todos os nossos lugares preferidos usando o carrinho
Dessa vez, tivemos mais uma desilusão em nossos planos, mas não era uma perna machucada. Quando pensamos sobre os filhos, começamos a observar inconscientemente outros pais passeando. Parece que eles sempre caminham devagar, aproveitando o tempo, junto com o filho que dorme profundamente no carrinho. Porém, não é sempre assim. A nossa filha recusou-se a deitar no carrinho, e nem estou falando sobre dormir nele. O que nos restou foram as “corridas” curtas de 15 minutos até um parque próximo. Depois desse intervalo de tempo, Sasha começava a querer sair do carrinho e pedir para ficar no colo. Eventualmente, nós encontramos uma solução para o problema.
- Mochila ergonômica. É um suporte de bebê, no qual ele fica em uma posição confortável e segura. Você pode usar um sling, que é praticamente um pedaço de tecido grosso, mas ele é mais difícil de vestir. No caso da mochila ergonômica, você pode colocar o bebê e passear tranquilamente.
- Um monte de brinquedos. Quanto mais a criança ficar distraída, maior será distância que conseguiremos passear. O importante é ter o suficiente para a volta também.
- Lugares para parar. Em geral, são cafés e restaurantes onde os funcionários são amigáveis com os clientes que levam os filhos junto. Nesses lugares, os pais podem deixar o filho engatinhar em um sofá, se alimentar, bem como trocar uma fralda em um banheiro grande e limpo.
3. Esperávamos que não virássemos zumbis nervosos devido à falta de sono nos primeiros meses
Achávamos que estávamos bem até o momento em que brigamos por causa de uma colher que deveria ter sido lavada com mais cuidado. Depois daquela noite, decidimos que era melhor sacrificar algumas atividades de lazer para ter uma boa noite de sono.
2. Queríamos dedicar a mesma quantidade de tempo para nós, da mesma forma que tínhamos antes do nascimento da nossa filha
Quase ninguém faz publicações no Instagram ou no Facebook da bagunça que uma criança de um ano e meio é capaz de fazer num intervalo de uma hora. Quantas coisas você irá adiar para ter a simples chance de observar seu filho fazendo a primeira pirâmide de cubos? Afinal, quando ele estiver alimentado, lavado e dormindo, você precisará fazer uma escolha: arrumar a casa e terminar tudo que estava adiando durante o dia, ou dormir? Agora adivinhe, qual será a sua escolha?
1. Tínhamos medo de que ficássemos entediados ao passar tempo com uma criança
Apesar de ficar em casa nos primeiros três ou quatro meses, você não terá tempo para ficar entediado. Nos intervalos entre a alimentação, o sono da Sasha e a troca de fraldas, nós precisávamos lavá-la, fazer uma massagem, fazê-la relaxar e colocá-la para dormir de novo. Em algum desses momentos, nós encontrávamos um tempinho para comer, tomar banho e trocar de roupa.
Toda a informação mencionada não significa que sofríamos durante esse tempo. Ao contrário, foi o melhor período das nossas vidas. Tínhamos nos preparado para uma coisa, porém a surpresa que recebemos depois foi a mais legal do mundo.