Ciência explica por que o cheiro de um recém-nascido é tão viciante

Crianças
há 5 anos

Existe algo mais emocionante do que ver uma mãe com um bebê recém-nascido nos braços? Talvez essa seja a imagem que traduza melhor a verdadeira essência do amor. Contudo, o que essa mãe não sabe é que, quando sente o cheiro do seu filho ou da sua filha, mecanismos internos são ativados e ela recebe um impulso inconsciente que a faz proteger incondicionalmente esse bebê indefeso. Um estudo médico descobriu que o aroma liberado pelo recém-nascido é o resultado de uma inteligente manipulação genética desenvolvida pela natureza ao longo de milhares de anos de evolução humana.

Nós, do Incrível.club, sempre nos surpreendemos com a natureza humana, por isso juntamos alguns dados muito interessantes sobre esse estudo. Se você é mãe ou está prestes a se tornar uma, prepare-se para saber em detalhes o que acontece com uma mulher quando sente o cheiro do bebê.

O segredo por trás do vínculo entre mãe e filho

É curioso como as mães sempre estão repetindo que seus bebês cheiram bem. O que a maioria delas não sabe é que esse aroma é totalmente natural. Um estudo publicado na revista Frontiers in Psychology explica que ele causa um efeito quase viciante no cérebro da mãe, semelhante àquele produzido pelas drogas. Ou seja, uma sensação de prazer e completa felicidade que garante que o vínculo entre mãe e filho seja indestrutível.

Como o estudo foi realizado

Os cientistas selecionaram 30 mulheres para o estudo: 15 tinham se tornado mães há pouco tempo e as outras 15 não tinham filhos. Foi pedido que elas tentassem identificar, com os olhos fechados, diferentes aromas, entre eles o de um bebê recém-nascido.

Enquanto o teste era realizado, o cérebro das mulheres foi monitorado por meio de ressonância magnética. Os pesquisadores perceberam que as mães identificaram rapidamente o cheiro do bebê por um aumento nos níveis de dopamina na região do cérebro, substância associada à recompensa por aprendizagem. O mesmo acontece com o cheiro de uma comida gostosa ou mesmo ante estímulos sexuais.

Como a dopamina age em uma mãe

A sensação de felicidade está associada com a serotonina, que age no nosso cérebro como um antidepressivo natural. A dopamina é um neurotransmissor semelhante e que é ativado quando uma pessoa sente bem-estar ou prazer. Além disso, essa substância possui outras funções, entre elas a produção de leite materno.

A dopamina faz com que o cérebro da mãe sempre fique feliz ao lado do bebê, sem permitir que ela se canse emocionalmente dele. Apesar do cansaço dos primeiros meses, a mãe vive uma espécie de ’vício’, uma necessidade enorme de estar perto do recém-nascido, de cuidar dele e de alimentá-lo. Esse maravilhoso mecanismo é ativado justamente por causa do aroma liberado pelo bebê.

Amor ao primeiro cheiro

O obstetra francês Michel Odent explica que as mulheres contam com a ajuda de 3 hormônios especiais: a dopamina, a oxitocina e a serotonina. Eles têm um papel muito importante na criação de um vínculo entre mãe e filho enquanto o parto acontece e após o nascimento.

A oxitocina é responsável por todo o mecanismo fisiológico feminino na hora do parto (contrações uterinas, expulsão da placenta, produção de leite, etc.), além de também influenciar a conduta da mãe. O que ocorre é quase um processo de apaixonamento instantâneo entre mãe e bebê.

Os altos níveis de serotonina e dopamina também têm um importante papel nesse lindo processo. A descarga é tão forte que a experiência do parto divide a vida da mulher em um antes e um depois.

Programadas para amar

Concluindo, o estudo demonstrou que o mecanismo do amor materno é parte de um ciclo que começa no momento da concepção, se estende por toda a gravidez e chega no seu ponto máximo durante o parto, quando a mãe segura o seu bebê pela primeira vez e sente seu cheiro. Tudo é um grande processo natural que garante um vínculo profundo de amor e apego entre mãe e filho que dura toda a vida.

Por outro lado, o bebê também faz a sua parte. Ao nascer, todos seus sentidos estão em alerta, embora sua visão alcance apenas 20 cm (justamente a distância que existe entre mãe e filho na hora da amamentação). Nesse primeiro olhar, todo o processo é desencadeado: estamos programados para amar desde o momento em que nascemos e o primeiro objeto de amor incondicional é sempre a nossa mãe. Não é incrível?

Você é mãe? Como foi o primeiro encontro com o seu bebê? Conte para nós a sua experiência na seção de comentários!

Comentários

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Uma vez fui dar uma cafungada no bebezinho, acho que a criança tinha vomitado e a mãe não teve tempo de limpar,a criaturinha tava num fedor de azedo.Não cafungo mais,nem que me pague.Não é de propósito, mas peguei nojo.

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Não tenho contato com bebês e quando vou visitar algum, que é bem raro, não me sinto íntima para sair cheirando eles...Então não posso avaliar se é viciante

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