Este é o guia básico de primeiros socorros que todos deveriam saber

Saúde
há 5 anos

A qualquer momento você pode se encontrar em uma situação na qual será necessário ajudar alguém em uma emergência médica. Ter o conhecimento de algumas indicações recomendadas é fundamental para a sua segurança e a das pessoas ao seu redor. Desta forma, você saberá o que deve fazer e como reagir em tais circunstâncias.

Incrível.club se preocupa com o seu bem-estar e segurança. Por isso, compilou um guia que será útil em uma situação de emergência.

1. Hemorragias

Em primeiro lugar:

  1. Pressionar o ferimento para cortar ou estancar a hemorragia;
  2. Se a hemorragia for forte, chamar a ambulância ou pedir que alguém o faça;
  3. Pressionar o ferimento até que a ajuda chegue.

2. Hemorragia fraca

  1. Se o corte ou arranhão for pequeno, lavá-lo com muita água;
  2. Não aplicar iodo no ferimento aberto. Você pode usar água oxigenada;
  3. Colocar uma atadura.

3. Hemorragia nasal

  1. Apertar as laterais do nariz. Aconselhar a pessoa a inclinar-se para frente e respirar pela boca;
  2. Não pedir para que ela se incline para trás: o sangue pode chegar à traqueia ou ao estômago e provocar vômito;
  3. Se a hemorragia não parar em 15-20 minutos, chamar uma ambulância.

4. Hemorragia forte

  1. Com o que pressionar o ferimento? Melhor: gaze, bandagens. Aceitável: a mão, uma camisa, toalha ou qualquer material para bandagem;
  2. Se o sangue passar pelo material da bandagem, não a remova do ferimento, cubra-o com outro pano, mantendo a pressão;
  3. É preciso colocar um torniquete? Um torniquete é usado apenas para cortar uma forte hemorragia arterial.

5. Hemorragia arterial

  1. Primeiras ações: pressionar diretamente o ferimento, aplicar uma bandagem que o pressione, dobrar ao máximo o membro afetado pela articulação ou pressionar a artéria com os dedos;
  2. Fazer um torniquete apenas se todos os métodos acima não funcionarem, mais acima do ferimento, sobre a roupa. Se não estiver com roupa, é preciso colocar uma;
  3. É essencial observar o tempo em que você colocou o torniquete. É preciso fornecer esta informação aos médicos.

6. Perguntas

  • A pessoa está pálida, sente arrepios ou tonturas e vertigens. O que significa isso? Que ela entrou em estado de choque. Solicite uma ambulância o mais rápido possível.
  • Posso contrair uma infecção pelo contato com o sangue de outra pessoa? É melhor evitar esse contato. Você pode usar luvas médicas, um saco plástico ou pedir que a pessoa afetada pressione o próprio ferimento com as mãos.
  • É necessário lavar o ferimento? Você pode fazê-lo no caso de pequenos cortes ou arranhões. No caso de uma hemorragia forte, não é necessário, porque você removerá o sangue coagulado
    e a hemorragia aumentará.
  • O que fazer se um objeto estranho for encontrado dentro do ferimento? Não o remova, pois pode aumentar o sangramento. Em vez disso, aplique uma bandagem apertada ao redor do objeto.

7. Fraturas

Como identificá-las? Uma pessoa pode sofrer hematomas, inchaço ou dor severa, e também se encontrar em uma posição não natural.

O que fazer no caso de uma fratura interna

  1. Pedir à pessoa para manter pressionado o membro lesionado com a mão de um braço saudável, colocá-lo em uma almofada ou usar roupas para evitar movimentos desnecessários;
  2. Aplicar compressa fria (uma bolsa de gelo) sobre o lugar afetado;
  3. Se a parte lesionada do corpo tiver deformações visuais ou uma dor muito forte, chamar uma ambulância;
  4. Certificar-se de que o membro lesionado esteja imobilizado até que o socorro médico chegue;
  5. Se for impossível chamar a ambulância e você tiver que organizar o transporte por conta própria, será necessário colocar uma tala na extremidade possivelmente fraturada.

O que fazer no caso de uma fratura exposta

  1. No caso de fraturas expostas, primeiro é preciso cessar a hemorragia externa;
  2. Garantir a imobilidade da área fraturada com a ajuda de talas ou com o que tiver à mão (um pedaço de madeira, uma tábua...) sobre a roupa;
  3. Ligar (por conta própria ou com a ajuda dos que estão ao seu redor) para o serviço de emergência;
  4. Colocar uma bandagem asséptica sobre o ferimento, sem apertar;
  5. Aplicar compressa fria (bolsa de gelo) na bandagem sobre o ferimento;
  6. Cobrir a pessoa com roupas ou cobertores.

8. Como utilizar corretamente uma tala

  1. A tala deve ser colocada de tal forma que imobilize duas articulações localizadas acima e duas abaixo da área fraturada;
  2. Em vez da tala, é possível usar tábuas, réguas, varas, etc. Caso as fraturas sejam internas, a tala deve ser colocada sobre a roupa;
  3. Se for uma fratura exposta, você nunca deve colocar a tala em áreas onde sobressaiam possíveis ossos quebrados;
  4. Segure a tala ao longo de todo o seu comprimento (exceto a área de possível fratura) até a extremidade com uma bandagem sem apertar demais para não afetar a circulação sanguínea;
  5. Caso a fratura envolva as extremidades inferiores, você deve colocar a tala nos dois lados. Se não tiver nada para usar como uma tala, é possível imobilizar uma perna ferida ou fraturada se amarrá-la com uma bandagem à perna saudável e o braço ao corpo.

Importante: se o osso não parecer natural ou for deslocado ou desviado, em nenhum caso você poderá tentar transferi-lo para seu lugar por conta própria.

9. Luxações e entorses

Como identificar? A pessoa pode sofrer uma dor aguda, inchaço ou hematomas ao redor da articulação ou ao longo do músculo. Se estiver lesionada, a articulação pode sofrer dificuldades durante uma tentativa de se mover.

O que fazer

  1. Garantir o repouso. Convencer a pessoa a não mover a parte lesionada. É importante não tentar endireitar a contusão;
  2. Aplicar uma bolsa de gelo coberta com toalhas na área lesionada durante 20 minutos. Não mais;
  3. Localizar a extremidade afetada mais acima se não causar dor adicional;
  4. Fornecer algum tipo de analgésico;
  5. Procurar um ortopedista para fazer uma radiografia ou solicitar uma ambulância se a pessoa não puder andar ou se a dor for muito aguda.

Importante:

  • Com a mínima possibilidade de uma fratura interna, considere que a pessoa afetada precisa de um raio X (veja a seção “Fraturas”).
  • Não tente consertar a entorse por conta própria.

10. Queimaduras

O que fazer

  1. Arrefecer a área queimada sob um jato de água por no mínimo 10 minutos;
  2. Aplicar sobre o local uma atadura estéril que não aperte demais. Se a queimadura cobrir uma superfície de grande magnitude, cubra-a com um pano limpo, como um lençol;
  3. Se for necessário, chamar uma ambulância. Chame sempre se a pessoa afetada for uma criança, se a superfície queimada apresentar bolhas, se várias áreas do corpo forem afetadas ou se os tecidos internos do corpo puderem ser vistos.

O que não deve ser feito

Importante:

  • Não tocar em nada do que ficou grudado na área queimada;
  • Não passar óleo na área queimada, ele preserva o calor e pode causar mais danos;
  • Não utilizar gelo para esfriar a queimadura porque pode ferir a pele;
  • Não utilizar curativos como band-aid porque eles grudam na pele e podem causar danos adicionais.

11. Obstrução das vias respiratórias

Como identificar? A pessoa se afoga (movimentos convulsivos de tentativa de respiração), não é capaz de falar, de repente se torna cianótica e pode perder a consciência.

O que fazer

Se o ataque de asfixia for sofrido por um adulto ou uma criança com mais de um ano:

  1. Fique atrás da pessoa afetada, abrace-a com as duas mãos, na altura da metade superior do estômago;
  2. Incline a pessoa para frente;
  3. Feche a mão em punho e coloque-a entre o umbigo e o xifoide;
  4. Abrace o punho com a outra mão e, de uma maneira forte, pressione o estômago para dentro e para cima;
  5. Repita a manobra 5 vezes;
  6. Se a pessoa perdeu a consciência, sente-se sobre os seus quadris e, com as duas mãos, de maneira forte, pressione os arcos das costelas;
  7. Remova o objeto estranho com os dedos cobertos com gaze ou ataduras. Antes da extração, vire a cabeça da pessoa para o lado.

Se o ataque de asfixia for sofrido por uma criança menor de um ano:

  1. Deitar a criança de bruços de tal maneira que a cabeça dela fique abaixo do peito, sustentando a cabeça e o pescoço;
  2. Dar cinco golpes leves na área entre as omoplatas e, em seguida, cinco empurrões no centro do peito com os dedos;
  3. O centro do tórax em uma criança com menos de um ano de idade está no peitoral;

  4. Repetir este procedimento até que o objeto obstruído saia ou a criança comece a gritar.

12. Ataque cardíaco / Infarto

Como identificar? Dor com pressão por trás do esterno, sensações desagradáveis, pontadas nos braços, pescoço, mandíbula, costas ou estômago. Respiração frequente e intermitente. Batidas aceleradas desprovidas de sentido rítmico, pulso nas extremidades fraco e acelerado. Suor frio, pegajoso e abundante. Náusea e vômito.

O que fazer

  1. Chamar urgentemente uma ambulância;
  2. Se houver a possibilidade, medir a pressão arterial e pusação;
  3. Aconselhar a pessoa afetada a tomar uma aspirina se não tiver alergia. É importante mastigar bem o comprimido;
  4. Perguntar à pessoa afetada se ela tem medicamentos prescritos pelo médico;
  5. Certificar-se de que ela está em uma posição confortável: em uma poltrona com braços ou uma cama com a cabeça em uma posição elevada;
  6. Tranquilizar e encorajar a pessoa afetada a aguardar a chegada da ambulância.

13. Hemorragia cerebral

Como identificar? Fraqueza súbita, instabilidade em um braço ou perna, distúrbios da fala e dificuldade de compreensão, coordenação alterada nos movimentos, dor de cabeça aguda, desmaios, torção da face.

Um teste simples de hemorragias cerebrais

  1. A pessoa não pode sorrir? Um canto da boca está baixo?
  2. Não pode levantar os dois braços? A pessoa sentiu-se fraca?
  3. Ela não consegue pronunciar o próprio nome de uma maneira compreensível?

O que fazer

  1. Chamar uma ambulância;
  2. Deitar a pessoa colocando almofadas altas sob os ombros, omoplatas e cabeça;
  3. Abrir a janela permitindo a entrada de ar fresco;
  4. Desabotoar a gola da camisa e o cinto que aperta, retirar as roupas apertadas;
  5. Tirar a pressão;
  6. Com os primeiros sintomas de vômito, coloque a cabeça da pessoa de lado;
  7. Falar com ela tranquilamente, procurar acalmá-la.

14. Golpe de calor

Como identificar? Interrupção da sudorese, febre (até 40 °C), pele pálida e quente, pressão arterial baixa, pulso fraco e frequente, cãibras musculares, vômitos, diarreia, perda de consciência.

O que fazer

  1. Chamar uma ambulância;
  2. Levar a pessoa para um lugar mais fresco;
  3. Garantir uma boa entrada de ar fresco;
  4. Tirar ou desabotoar a roupa apertada;
  5. Cobrir o corpo com um pano fresco e úmido. Colocar em sua cabeça, pescoço e virilha o pano umedecido com água fria;
  6. Dar água fresca mineral ou água normal com um pouco de sal para a pessoa beber;
  7. Se necessário, manter a calma aplicando gelo (ou um objeto frio envolto em pano) nos punhos, nos cotovelos, virilha, pescoço e axilas.

15. Hipotermia

Como identificar? A pessoa fica pálida e fria ao toque. Pode não ter tremores, mas a frequência respiratória é mais lenta. A temperatura do corpo será inferior a 35 °C.

O que fazer

  1. Chamar uma ambulância;
  2. Mover ou deslocar a pessoa para um local quente. Cobri-la com cobertores;
  3. Dar uma bebida quente, sem cafeína ou álcool. Oferecer alimentos altamente calóricos.

Importante: Se houver sintomas de congelamento (perda de sensibilidade, cor da pele branca, pontadas...), você não pode esfregar ou friccionar as áreas afetadas com neve, óleo ou vaselina. Isso pode machucar a pele. Simplesmente, cubra essas áreas com várias camadas.

16. Traumatismos na cabeça

O que fazer

  1. Cortar a hemorragia. Pressionar o ferimento firmemente com gaze estéril. Manter pressionando com a mão até o sangramento ser estancado. Aplicar algo frio na cabeça;
  2. Chamar uma ambulância por conta própria ou com a ajuda de pessoas ao seu redor;
  3. Controlar o pulso, a respiração e a reação das pupilas à luz;
  4. Se não tiver pulso nem respiração, e as pupilas não reagirem, iniciar uma reanimação cardiopulmonar;
  5. Depois de recuperar a respiração e após uma reanimação, coloque a vítima em uma posição lateral estável, cubra-a para que não sinta frio.

17. Perda dos sentidos

O que fazer

  1. Colocar a vítima em uma posição lateral de segurança para que, por exemplo, ela não se afogue com o possível vômito;
  2. Inclinar a cabeça para trás. Então, a língua deve se mover para frente para não bloquear a via aérea (ver desenho);
  3. Chamar uma ambulância;
  4. Confirmar se a vítima respira;
  5. Se ela não estiver respirando, começar a ressuscitação cardiopulmonar.

18. Reanimação cardiopulmonar

Como identificar quando a ventilação pulmonar artificial deve ser feita

  1. Buscar o pulso nas carótidas (se houver pulso, a vítima está viva);
  2. Observar se a pessoa respira, se houver movimentos no peito ou ruídos respiratórios (nesses casos, está viva);
  3. Identificar a reação das pupilas à luz, elevando a pálpebra superior de ambos os olhos (se as pupilas diminuem de tamanho com a luz, a vítima está viva);

Importante: Iniciar a reanimação apenas em caso de falta destes três sintomas.

19. A ordem da manobra de ventilação artificial do pulmão

  1. Com a ajuda de uma gaze (lenço), com um movimento circular dos dedos, remover membranas mucosas, sangue e qualquer objeto ou corpo estranho da cavidade bucal;
  2. Inclinar a cabeça da vítima para trás: levantar o queixo um pouco segurando o pescoço por trás. Não inclinar a cabeça se você suspeitar de uma fratura das vértebras cervicais;
  3. Com os dedos, na forma de uma pinça, apertar o nariz da pessoa afetada para que o ar não saia. Faça duas respirações boca-a-boca em plena capacidade. Aguarde 2-3 segundos para cada expiração passiva da vítima.

20. Normas da massagem cardíaca externa

  1. Descobrir a localização do xifoide, conforme mostrado no desenho;
  2. Identificar o ponto de compressão, que é a metade inferior do osso central do tórax (chamado esterno) da vítima;
  3. Colocar a base de uma mão sobre o ponto de compressão;
  4. Fazer a compressão estritamente na linha vertical que conecta o tórax com a coluna. Pressionar suavemente, sem movimentos bruscos, com o peso da parte superior do seu corpo. Comprimir forte e rápido, com uma velocidade de 100-110 compressões por minuto. A profundidade do movimento deve ser de pelo menos 3-4 centímetros;
  5. Alternar duas ventilações artificiais com 30 compressões;
  6. Em crianças menores de um ano, as compressões devem ser feitas com dois dedos. Em adolescentes, com a palma de uma mão. Nos adultos, o suporte é fixado na base das mãos, o polegar é direcionado para a cabeça da vítima, os dedos são levantados e não tocam o tórax;
  7. Controlar o pulso da carótida e a reação das pupilas à luz para identificar o sucesso da ressuscitação.

21. Afogamento

O que fazer

  1. Certificar-se de que nenhum perigo o ameaça. Remover a vítima da água;
  2. Deitar a pessoa com o estômago acima do joelho, deixar a água sair das vias aéreas;
  3. Limpar a cavidade oral de objetos estranhos (membranas mucosas, restos de vômito, etc.). Imediatamente, chamar uma ambulância;
  4. Identificar a presença do pulso nas carótidas, a reação das pupilas à luz, respiração individual e independente;
  5. Se não houver pulso, respiração ou reação das pupilas à luz, começar a ressuscitação cardiopulmonar. Continuar fazendo até a ambulância chegar ou até a vítima respirar e seu coração começar a bater;
  6. Quando recuperar a respiração e o batimento cardíaco, colocar a vítima de lado, cobri-a e tentar aquecê-la

Importante:

  • Se houver suspeita de lesão na coluna cervical, a vítima deve ser removida da água em uma tábua de madeira ou prancha flutuante;
  • Não se pode perder tempo removendo água dos pulmões e do estômago se não houver pulso nas carótidas;
  • A ressuscitação deve ser feita mesmo que a vítima tenha passado mais de 5 a 20 minutos debaixo d’água.

22. Picadas de insetos

  1. Verificar a área da picada. Extraia cuidadosamente o ferrão, se encontrá-lo;
  2. Colocar gelo ou uma compressa fria na área da picada;
  3. Chamar uma ambulância se a pessoa sofreu uma reação alérgica ou anafilática.

24. Mordidas de cobra

  1. Chamar uma ambulância imediatamente se uma pessoa tiver sido picada por uma cobra venenosa;
  2. Verificar o lugar da mordida;
  3. Você pode aplicar gelo na área da mordida;
  4. Garantir o repouso da parte atingida do corpo e mantê-la em um nível abaixo do coração;
  5. Acalmar a vítima e não permitir que ela caminhe, exceto se houver uma necessidade urgente.

Importante:

  • Em hipótese alguma cortar o ferimento nem sugar o veneno;
  • Os sintomas de envenenamento por mordida de cobra: náuseas, vômitos, sensação de ardor no corpo (envenenamento de magnitude média), choque, coma ou paralisia (envenenamento grave).

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