Ele foi o homem mais procurado dos EUA, saiba o que ele fez
Todo mundo olha para a comissária de bordo enquanto ela passa apressadamente pelos passageiros. Ela ignora todos os chamados e corre para o cockpit. Todos se olham confusos. Será que há algum problema com o avião? Por trás de todas essas pessoas preocupadas, um homem está sentado pacientemente esperando que seu plano se desdobre. Ninguém sabia do perigo que iminente.
Novembro de 1971. É Dia de Ação de Graças. Os passageiros estão embarcando em um avião de Portland, no Oregon para Seattle, em Washington, para as celebrações. Tudo parecia um dia típico no aeroporto, exceto quando D.B. Cooper entrou. Ninguém o notou e ninguém suspeitou nada. Ele é um homem misterioso. E quando digo misterioso, quero dizer D.B. Cooper não é o seu nome real! Até hoje, ninguém conhece a sua verdadeira identidade. Tudo o que sabemos é que ele comprou uma passagem com o nome de Dan Cooper. Mas a mídia entrou em cena e começou a contar essa história retratando-o como D.B. Cooper. E desde então, ele ficou conhecido por esse nome. Ele foi descrito por testemunhas como um homem de meia-idade na casa dos 40 anos. Ele usava um terno de negócios escuro com uma capa de chuva preta. E vestia uma camisa branca e uma gravata preta fina.
O voo era curto — 37 minutos para ser exato. Então, ninguém percebeu que algo terrível ia acontecer. Ele embarcou em um Boeing 727 carregando nada além de uma pasta preta e uma sacola de papel marrom. Naquela época, não havia verificação de antecedentes ou verificação de bagagem para medidas de segurança. Você simplesmente entrava, encontrava o seu assento e deu. Ele estrategicamente se sentou na última fila e pediu algumas bebidas assim que o avião estava pronto para decolar. Em poucos minutos, o piloto anunciou que estavam prontos para levantar voo. Os passageiros a bordo estavam ansiosos para comer um delicioso peru e estar com suas famílias em menos de uma hora. Cooper tinha outros planos e esperou até que o avião estivesse em pleno voo. Ele notou que todos os passageiros estavam preocupados com as suas próprias coisas. Ele tinha um bilhete e esperou que a comissária de bordo se aproximasse para que pudesse lhe entregar o bilhete. O assento dela ficava diretamente atrás dele, então, quando ela estava por perto, ele lhe entregou.
No início, a comissária de bordo não deu muita bola para o bilhete, acreditando que o homem de meia-idade estivesse apenas entregando a ela seu número de telefone. Mas, então, ele se inclinou para ela e lhe disse para ler com atenção. O rosto dela ficou branco. Ela não conseguia dizer se era uma brincadeira ou se ele estava falando sério. Mas ela olhou para ele e ele não piscava. O bilhete estava insinuando que ele estava carregando algo devastador em sua bagagem. Para manter todos em segurança, ele exigiu US$ 200.000 até às 17 horas. Pode não parecer uma grande exigência, já que ele estava em uma posição de poder, mas naquela época isso era muita grana. Esse valor agora seria de cerca de 1,4 milhão de dólares. Ele também solicitou que dois paraquedas dianteiros e dois principais fossem colocados nas suas costas. A comissária de bordo passou a mensagem ao piloto, que fez o pedido através do rádio. No começo, ninguém deu bola, mas depois as notícias sobre os planos de Cooper apareceram. Eles notaram como a comissária de bordo estava nervosa e desconfortável.
Quando pousaram em Seattle, Cooper não havia terminado. Ele parecia confiante em seu plano, de acordo com as pessoas a bordo. Lhe trouxeram o dinheiro e reabasteceram o avião para que ele pudesse continuar com o seu plano. Também trouxeram os paraquedas como ele exigira. Ele foi meticuloso na ordem em que suas demandas deveriam ser atendidas. Ele não deixaria ninguém sair do avião a menos que o dinheiro fosse trazido. Ele pediu 4 paraquedas civis que as autoridades levaram de uma escola de paraquedismo. Assim que recebeu os seus paraquedas, permitiu que os passageiros saíssem. As únicas pessoas que ficaram no avião foram 6 membros da tripulação.
Cooper estava perdendo a paciência, já que o reabastecimento da aeronave estava atrasado. Além disso, o dinheiro não lhe foi entregue em uma mochila como ele pediu. De acordo com testemunhas, ele era uma pessoa calma e não atacou ninguém.
Por fim, o avião decolou. Ninguém sabia qual era o plano dele. Ele mostrou o plano de voo aos pilotos e disse a eles para voarem em direção à Cidade do México o mais devagar possível e permanecerem a cerca de 3.000 metros acima do solo. A rota de voo foi bem projetada, como feita por alguém que tinha experiência em aviação no passado. Ele disse para deixarem o trem de pouso aberto durante a decolagem e voo e para que a cabine permanecesse sem ser pressurizada. Seu plano estava em andamento, mas havia outro problema. Cooper foi informado de que o avião só podia viajar mais 1.600 quilômetros com a quantidade de combustível fornecida. Isso significa que ele não conseguiria chegar ao México.
Após muita reflexão, Cooper decidiu que eles teriam que parar para outro reabastecimento. Assim, decidiram pousar no Aeroporto Internacional de Reno-Tahoe, no estado de Nevada. Cooper sabia que isso o impediria de fugir com o dinheiro, então ele disse a todos para esperar perto do cockpit. Ele estava agora sozinho onde outros 35 passageiros deveriam estar sentados.
Havia passado apenas 4 ou 5 minutos desde que o avião decolara de Seattle. Os pilotos viram uma luz vermelha de aviso piscando mostrando que a pressão interna mudou. Uma testemunha se lembra de espiar Cooper amarrando o dinheiro à cintura enquanto colocava o paraquedas. Alguns dos membros da cabine perguntaram se ele precisava de alguma ajuda através do interfone. Ele simplesmente respondeu “não”, e essa foi a última coisa que Cooper lhes disse.
Assim que as escadas foram lançadas pela cauda do avião, a traseira de repente se deslocou para cima, mas o piloto tinha experiência suficiente para mantê-lo voando. Eles constantemente anunciavam a Cooper que estavam prestes a pousar e que precisavam que ele fechasse as escadas traseiras. Mas ele não respondia. Ninguém da tripulação voltou para ver onde ele estava.
Eles pousaram em segurança com as escadas ainda implantadas. As autoridades correram para o local para varrer a área caso ele ainda estivesse lá. Mas depois de 30 minutos, não havia sinal dele. Eles podem confirmar que Cooper pulou do avião na noite negra, com o dinheiro amarrado à cintura usando um paraquedas. E desde aquele dia, Cooper nunca mais foi visto. Não está claro se ele chegou ao México ou não. E nenhuma evidência mostra se ele sobreviveu ou não. Parte do dinheiro com os mesmos números de série dados a ele foi encontrado em Washington, mas esse é o único vestígio. Ou ele voltou para Washington, ou o dinheiro foi encontrado em algum lugar e gasto por quem encontrou o dinheiro.
Se ele ainda estiver vivo, teria 90 e poucos anos de idade, o que também significa que pode já não estar entre nós. Não é como se esse mistério fosse um beco sem saída completo. Ao longo dos anos, muitas pessoas ficaram tão obcecadas por D.B. Cooper, que se entregaram às autoridades afirmando ser responsáveis pelo caso. Mas essas pessoas estavam apenas buscando atenção. Quem não gostaria de ser o herói nessa história? As autoridades até acreditavam que ele poderia ter sido canadense, já que Cooper era o nome de um herói de quadrinhos que costumava pular de aviões para fugir do perigo. Tantas teorias surgiram, mas nada foi conclusivo. Foi realizado um famoso retrato falado de Cooper, mas é difícil realmente identificar o homem.
Cooper se transformou em uma celebridade e um herói para alguns. Algumas pessoas até planejaram uma CooperCon onde os fãs do homem misterioso se reuniriam para compartilhar suas teorias e as chamadas evidências de sua existência. A verdade é que ainda não sabemos. Em 2016, as autoridades decidiram parar de perseguir D.B. Cooper. Eles alegaram que consumia muito tempo e havia sido uma das investigações mais exaustivas que já haviam realizado. Tudo o que sabemos é que esse incidente mudou para sempre a abordagem das viagens aéreas.