17 Estrelas que parecem duas pessoas diferentes dependendo do ângulo

Nunca imaginei que fingir ter um emprego me levaria a algo assim. Mas, depois de ser demitido por e-mail — sem aviso, sem indenização, sem nem uma despedida — tomei uma decisão: continuei aparecendo como se nada tivesse acontecido.
O que começou como negação se transformou em algo maior. E quando o CEO me enviou uma mensagem semanas depois, tudo mudou.
No ano passado, fui demitido. Por e-mail. Assim, do nada. Sem reunião, sem ligação, sem aviso prévio.
Num minuto eu estava trabalhando em um relatório, e no seguinte recebi uma mensagem fria, de duas linhas, na minha caixa de entrada: “Seu contrato foi encerrado com efeito imediato. Obrigado pelo seu serviço”. Só isso.
Sem aviso prévio. Sem indenização. Sem transição. Simplesmente mandado embora.
Mas o mais estranho é que eles não revogaram meu acesso ao e-mail corporativo. Ou me removeram do Slack. Nem me tiraram dos convites do calendário. Nada. Era como se eu ainda existisse no sistema.
Não contei a ninguém. Nem aos colegas, nem aos amigos, nem mesmo à minha família. Levantei no dia seguinte, coloquei uma camisa limpa, entrei no Zoom e participei da reunião matinal como se tudo estivesse absolutamente normal.
Fiz uma piada no chat. Dei uma atualização sobre um projeto do qual eu já nem fazia parte. E ninguém questionou nada.
Por semanas, continuei com a farsa. Eu postava no LinkedIn sobre “momentos empolgantes” e “vitórias em equipe”. Respondia e-mails. Marcava reuniões falsas no meu calendário.
Até apareci no escritório algumas vezes, só para manter a ilusão viva. Eu levava um café e andava por lá como se realmente fizesse parte da equipe. Honestamente, ninguém percebeu nada.
A verdade é que eu estava desesperado. Estava enviando currículos loucamente, mas nada dava certo. E me sentia envergonhado. Humilhado. Como se tivesse falhado de alguma forma. Fingir que ainda estava empregado parecia melhor do que admitir que eu estava apenas à deriva.
De repente, numa tarde, recebi uma mensagem do CEO. Dizia: “Ei! Gostei muito das suas ideias na última reunião. Você quer ser o chefe responsável do nosso novo projeto? Por favor, me avise até o final do dia”.
Fiquei sentado ali, atônito. Meu queixo literalmente caiu. Era isso. Meu momento de brilhar. Então, respirei fundo e respondi.
Escrevi: “Muito obrigado. Estou realmente honrado. Mas preciso ser honesto. Na verdade, fui demitido há alguns meses. Eu apenas continuei participando das reuniões porque dediquei todo o meu coração a esta empresa. Acreditei no trabalho. Mesmo sem receber, ainda queria contribuir”.
Alguns minutos depois, ele respondeu novamente. E estava impressionado. Tipo, genuinamente comovido. Ele disse que não fazia ideia e queria entender melhor a situação. No dia seguinte, ele me ligou pessoalmente e me ofereceu oficialmente o cargo de líder do projeto.
Acontece que o RH havia decidido na surdina reduzir alguns funcionários sem avisar o conselho ou mesmo o CEO. Apenas cortaram o pessoal nos bastidores e esperavam que ninguém percebesse.
Então é isso. O sistema é bagunçado. Mas às vezes, persistir com um pouco de coração vale a pena — da forma mais inesperada possível.
Se eu puder dar um conselho, é este: apareça. Mesmo quando parecer inútil. Mesmo quando ninguém estiver olhando.
Você nunca sabe quem está prestando atenção ou o que pode surgir apenas por se importar um pouco mais do que o esperado. Nem sempre é sobre o salário. Às vezes, é sobre provar que você ainda acredita no que faz.
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