Como seriam 15 símbolos antigos de beleza se vivessem como a juventude de hoje
As décadas de 60 a 90 guardaram importantes momentos para o mundo e para muitos de nós como indivíduos. Vivenciamos grandes marcos históricos, mas também aproveitamos o melhor da cultura, pois grandíssimos artistas nos proporcionaram o melhor da música, da dança e do cinema nacional. Mas será que os enxergaríamos do mesmo modo se eles tivessem o padrão de beleza juvenil atual?
Regina Dourado
A baiana conquistou o carisma de muitos brasileiros devido a seu talento inegável. Apesar de, inicialmente, não ter tido pretensão para a carreira de atriz, ela estreou na televisão em 1978, na novela A Morte e a Morte de Quincas Berro d’Água. Marcada pelo bordão “Stop, Salgadinho” na novela responsável por sua consagração, Explode Coração, Regina entrou no imaginário popular.
Infelizmente, ela nos deixou aos 60 anos, mas sua memória jamais será esquecida.
Marcelo Picchi
José Dionísio Marcelo Salles Picchi foi um dos galãs que levaram os telespectadores dos anos 70 e 80 à loucura. Estreou na TV na novela Camomila e Bem-Me-Quer, transmitida pela Rede Tupi, mas foi em 1984 que o sucesso bateu à porta através do personagem Olavo Fraga Dantas, em Corpo a Corpo.
Ao longo dos anos, Marcelo se desiludiu com a carreira artística e optou por se afastar da televisão. No entanto, atualmente, ele revelou seu desejo de voltar a atuar: “Teatro é muito caro, meu filho e eu montamos um espetáculo sem patrocínio, juntando os nossos caraminguás. Não é do teatro que vou tirar o meu sustento. Esse é um alô que eu dou para os produtores de elenco: me chamem. O velho tem que trabalhar”.
Nadia Lippi
Nadia iniciou no mundo artístico quando ainda era uma criança, na trama A Pequena Órfã, na extinta TV Excelsior. A beleza da jovem impressionou a todos e logo ela se tornou uma musa nacional. Ademais, um de seus papéis mais importante foi em 1980, como Maria Augusta em As Três Marias.
Após alguns anos de sucesso, ela optou por dedicar-se a uma grande paixão, deixando assim sua carreira de lado. “Minha saída foi uma escolha de vida. Escolhi outra vida. Já viajei muito, estava casada com uma pessoa que não é desse meio e escolhi viver a vida dessa pessoa. Tem horas que esqueço que fui atriz. As pessoas não me esquecem, acho isso lindo. Não é um vidão? Acho que tive um vidão. Trabalhei com o que queria, viajei para onde queria, fui feliz como queria. Sou abençoada por natureza”, contou.
Fernanda Montenegro
Por diversos anos seguidos, Fernanda Montenegro foi considerada a mulher mais admirada do Brasil, apesar da perda do Oscar em 1999. Até os dias atuais, Fernanda segue como a única latino-americana indicada à Academia como Melhor Atriz. “Prêmios, às vezes, vêm. Às vezes, não. O momento daquele Oscar foi inesperado. E daí? O filme de Walter Salles continua sendo um ’não Oscar’ maravilhoso. A vida continuou. A vida continua”, disse.
Cláudio Cavalcanti
Em 1970, o Brasil assistiu à primeira versão de Irmãos Coragem e reconheceu a graciosidade de Cláudio Cavalcanti, apesar de não ter sido sua primeira atuação. “Até hoje, quando entro em um táxi, o motorista olha e diz: ‘Cara, eu vou dizer uma coisa, vocês podem fazer o que vocês fizerem, mas igual a Irmãos Coragem, nunca mais’”, revelou o ator em uma antiga entrevista.
Ao todo, Cláudio acumulou mais de 50 novelas em seu currículo, além dos inúmeros trabalhos no teatro e como diretor de TV. Infelizmente, após complicações cirúrgicas, Cláudio nos deixou aos 73 anos em 2013.
Nathalia Timberg
Com mais de 60 anos de carreira, Nathalia Timberg é uma das grandes damas pioneiras do cenário brasileiro. Desde a década de 50, na extinta TV Tupi, Nathalia conseguiu seu lugar em cada uma das gerações e se manteve ativa até a atualidade, atuando em A Dona do Pedaço, de 2019.
Após tanto sucesso, a atriz foi questionada sobre a razão de não ter tido filhos, mas calmamente respondeu: “Realmente não me aconteceu. Apesar de gostar muito de criança, não me via lidando muito bem com a tarefa de colocar um ser no mundo, em tudo o que isso representa. Eu achava que os meus valores talvez não fossem muito enquadrados no mundo contemporâneo. E passá-los para uma criança talvez não fosse o melhor para ela. Agora, eu diria que, se eu tivesse tempo, não faria diferença pegar uma criança e trazê-la para perto de mim ou gerá-la. Há muitas delas precisando de apoio”.
Mário Cardoso
O ator português iniciou carreira no Brasil como modelo e garoto propaganda, mas recebeu o título de galã romântico após seus trabalhos na televisão. Você deve se lembrar que ele não se dedicou apenas às novelas, mas também se arriscou no humor com o grupo Os Trapalhões. Mário também cedeu sua voz para dar vida a dublagens de diversos personagens como o Professor Utônio, de As Meninas Superpoderosas.
Atualmente, Mário decidiu se afastar das novelas e se dedicar à dublagem: “Conheci o sucesso, o insucesso, mas tenho um equilíbrio muito grande. Faço filmes, séries, reality shows, só que estou por trás das câmeras. Sou feliz, isso é o que importa”.
Fátima Freire
Maria de Fátima Naves Freire provém de uma família repleta de personalidades reconhecidas pelo público, como seu pai, o cientista Newton Freire Maia, e seus primos, Selton e Danton Mello. Sua estreia se deu em 1975, em Cuca Legal, mas nos lembramos de muito mais, como Senhora, em 1975, Dona Xepa, em 1977 e A Gata Comeu, em 1985.
Sua última aparição foi em Pé na Cova, no ano de 2014, pois decidiu desfrutar do sossego com a família: “Claro que tenho saudades daquela época e dos personagens incríveis que interpretei. Foi uma fase boa e que guardo com carinho”. Mas completou: “Tenho meus negócios e administro um espaço de eventos. Descobri esse talento para lidar com os números”.
Lauro Góes
Dono de uma postura charmosa, Antônio Lauro de Oliveira Góes teve sua primeira apresentação televisiva em 1975, na novela Pecado Capital. Também foi reconhecido por sua atuação em À Sombra dos Laranjais e Nina.
Atualmente, Lauro se dedica aos roteiros e ao ensino das Artes Cênicas na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Maitê Proença
Dona de uma beleza atemporal, Maitê Proença dribla aqueles que pensam que seu sucesso proveio apenas disso. Sua estética refinada camufla uma inteligência singular, responsável pela criação de peças teatrais magníficas, além de seus belos romances e crônicas. “Um ator que não vai fundo nas suas emoções é um ator amputado do que ele tem de melhor”, afirmou.
Apesar de sua trágica infância, Maitê conquistou uma carreia admirável, sendo indicada ao prêmio de Melhor Atriz nos anos 2000 por sua atuação em Tolerância. Hoje em dia, a atriz se mantém ativa nas redes sociais e mantém o apreço pela saúde e beleza.
Elizangela do Amaral
Desde pequena, Elizangela já mostrava seu talento para o mundo. Aos 11 anos, apresentou o programa Essa Gente Inocente e, pouco depois, dominou as novelas, a começar por O Cafona, em 1971. Você pode pensar que, diante desse cenário, Elizangela fora inserida na fama por intermédio da família, mas esse não foi o caso.
Caçula no meio de três irmãs, sua mãe trabalhou como manicure e doceira para prover o sustento. O que, por sinal, não foi uma tarefa fácil, visto que ela optou por se mudar para a capital do Rio de Janeiro a fim de oferecer melhores oportunidades para as meninas. Hoje, Elizangela possui mais de 5 décadas de profissionalismo e uma extensa lista de premiações.
João Paulo Adour
Reconhecido por seu trabalho em As Três Marias, Gabriela e O Bem-Amado, João Paulo Adour optou por se afastar da carreira artística para concentrar-se nas finanças da família, uma vez que herdou uma fortuna considerável. Aos 77 anos, nos deixou devido a um infarto.
Angela Leal
Primeira atriz a interpretar Maria Bruaca na versão original de Pantanal, em 1990, Angela Leal é filha da ex-atriz Aurora e do promotor de espetáculos Américo Leal. Angela interpretou personagens diversos e mostrou que seu talento é ímpar.
O talento passado de mãe para filha pode até ser considerado coincidência, mas contradiz completamente o dito popular “O raio não cai duas vezes no mesmo lugar”. O talento foi tanto que não só “caiu”, como se misturou ao DNA da família. Em 1982, a atriz deu à luz sua única filha, Leandra Leal — que hoje também é uma excepcional e querida atriz.
Roberto Pirillo
Um galã muito requisitado nos anos 70, Roberto acumulou trabalhos memoráveis, como E Nós, Aonde Vamos?, O Primeiro Amor e Uma Rosa com Amor. Conquistou patamares internacionais por seu trabalho em A Escrava Isaura e consolidou sua carreira. Mesmo após os 70 anos, Roberto ainda faz atuações em teatro, mas também se dedica a dublagens.
Renée de Vielmond
Muito antes de ser par romântico de Rodrigo Santoro em Explode Coração, e da Ana Luísa em Paraíso Tropical, Renée roubou o coração do público por ser uma atriz refinada e devota ao personagem. No entanto, ela optou por uma aposentaria repentina que espantou e confundiu a todos. Fausto Silva inclusive, durante seu programa, cometeu uma gafe ao dizer: “Uma atriz extraordinária e inesquecível, falecida há algum tempo”.
Renée atualmente desfruta de uma aposentaria tranquila e longe dos holofotes, mas escolheu cuidar do acervo de José Wilker e de sua carreira acadêmica.