Como os pilotos sabem exatamente quando começar a pousar
Imagine que está tudo cinza e nublado. Você está no seu assento e não consegue ver nada. De repente, o avião sai da nuvem e pousa na pista. Espere, como isso aconteceu? O piloto não conseguia ver nada.
O sistema que a maioria dos aeroportos usa para pousar é chamado de Sistema de Pouso por Instrumento. Para pousar com segurança no lugar certo, o avião deve seguir uma determinada trajetória.
Vamos projetá-la no ar. Então: existem dois caminhos para um avião voar: um vertical e um lateral.
Eles se cruzam em um ângulo reto e criam uma cruz no meio. É exatamente por aí que o piloto precisa voar para chegar ao ponto certo no solo.
No painel de instrumentos, um piloto tem um display que mostra se o avião está mantendo os caminhos vertical e lateral exatos necessários.
Se algo estiver errado, o avião pode ser facilmente ajustado de acordo com o instrumento. Assim que a aeronave sai das nuvens, o piloto também pode ver o solo com seus próprios olhos e pousar com segurança.
Talvez você já tenha notado que às vezes os aviões tomam banho com água. Dois caminhões de bombeiros param em ambos os lados da aeronave e disparam onze mil litros de água nele na chegada. Isso cria um belo arco de água seguido por um arco-íris. Se chama “saudação de água” ou “chuva de afeto”, e é um feito para... bem, mostrar afeto.
É feito para saudar os aviões que adicionaram um novo destino à sua rota e acabaram de pousar pela primeira vez.
Também pode ser usado para dar as boas-vindas a um novo avião ou para homenagear o último voo de uma determinada aeronave.
Mas, provavelmente, a ocasião mais emocionante é a da despedida de um capitão que acaba de terminar seu último voo. Você pode pensar que é apenas um desperdício de água, mas isso não é verdade. Incêndios não acontecem o tempo todo, então os bombeiros raramente usam seus equipamentos.
A saudação de água também se torna uma verificação ocasional do equipamento para garantir que tudo está funcionando corretamente.
Pode acontecer que você tenha comprado o assento próximo à janela, mas entra no avião e seu assento não tem janela, ou ela fica bem longe.
Bem... por que as fileiras e as janelas não combinam, em primeiro lugar? Pois é, é assim mesmo. Na verdade, todos os aviões são projetados para que os assentos e as janelas se alinhem. No entanto, quando uma companhia aérea compra uma aeronave, pode colocar alguns assentos adicionais, reduzindo um pouco o espaço entre as fileiras.
Dessa forma, eles têm mais assentos, mais passageiros e vendem mais passagens. Mas você ganha menos espaço para as pernas e possivelmente perde a janela.
Se você já voou, provavelmente notou aqueles pequenos buracos nas janelas. Uma janela de avião tem três vidraças de acrílico. Esse pequeno orifício fica no acrílico do meio e serve para regular a enorme diferença de pressão dentro e fora da cabine.
Dessa forma, o painel externo pode lidar com a carga. Se o painel externo quebrar, o do meio, mesmo que com um orifício, será capaz de manter a janela intacta. Além disso, esse buraco evita que as janelas embacem.
Talvez você tenha percebido que sempre se entra no avião pelo lado esquerdo. Em primeiro lugar, o capitão geralmente se senta desse lado. Dessa forma, é mais fácil para o capitão alinhar o avião com a ponte de embarque e desembarque do terminal.
Além disso, a aeronave é abastecida e carregada com a bagagem do lado direito. Se os passageiros entrarem pela esquerda, a tripulação pode seguir fazendo o seu trabalho sem ser perturbada.
Se você já voou à noite, deve ter notado que um avião tem luzes piscando nas asas. Bom, no total, existem vários tipos de luzes, então vamos ver para que servem todos eles.
Na frente do avião, à meia altura da roda do nariz, há luzes de táxi e de decolagem.
Luzes de táxi são usadas quando o avião está no solo. Elas apontam a linha reta e iluminam a pista de taxiamento.
A luz de decolagem é mais forte e acende quando o avião está prestes a decolar. Abaixo, também há luzes de Runway Turnoff. Elas iluminam o caminho em um ângulo mais amplo para que o piloto também possa ver as saídas e curvas da pista.
Em ambos os lados do avião, há luzes de varredura da asa e do motor. Elas são usadas para verificar se há algum dano às asas ou algum gelo após voar através das nuvens.
Na parte inferior do avião, há uma luz vermelha brilhante piscando que é chamada de luz anticolisão. É usada para mostrar que o avião está se movendo e é perigoso se aproximar dele.
Deve ser ligada logo antes de dar partida no motor e desligada apenas quando o motor parar de funcionar.
Sob as asas, estão as luzes de pouso. Elas são mantidas ligadas até que o avião alcance a altura de três mil metros.
Então, ao se aproximar do solo, elas são ligadas a três mil metros novamente para tornar o avião mais visível.
Finalmente, as luzes vermelhas e verdes nas pontas das asas são chamadas de luzes de navegação. Na verdade, existem três delas. Tem outra, branca, na cauda do avião. Da perspectiva do piloto, a luz do lado direito é verde, a luz do lado esquerdo é vermelha. Elas têm um ângulo de abertura de cento e dez graus. A luz branca na cauda tem um ângulo de abertura de cento e quarenta graus.
Então, juntas, elas fazem toda a volta de trezentos e sessenta graus.
Essas luzes são usadas para que pilotos ou outros aviões possam determinar em que direção uma aeronave está voando.
Há também luzes estroboscópicas de alta intensidade. Elas são três luzes brancas que piscam: uma em cada asa e uma na parte de trás do avião.
Elas são ligadas quando o avião está na pista, de modo que a aeronave fica visível para outros aviões que precisam usar a mesma pista. Por fim, há luzes que iluminam o logotipo da empresa no avião.
Existem duas maneiras possíveis de um avião descer: a descida direta e a indireta. Os instrumentos no painel mostram a altitude do avião. Digamos que seja vinte e sete mil pés, aproximadamente oito mil metros.
O piloto também sabe a velocidade, que é de 300 nós, pouco mais de quinhentos e cinquenta quilômetros por hora.
Agora, é preciso descobrir quanto da distância é necessário perder para chegar.
Se o aeroporto estiver próximo ao nível do mar, a aeronave precisa descer exatamente noventa milhas náuticas, que são cento e setenta quilômetros. Se dividirmos vinte e sete mil por trezentos, teremos as noventa milhas náuticas.
Esta é a distância mínima necessária para a descida, que é uma linha reta do avião até a pista.
Bom, imagine agora que estejamos voando para o aeroporto de Sucre, na Bolívia. Ele está localizado a 10.000 pés, aproximadamente 3.000 m acima do nível do mar.
Portanto, 27.000 menos 10.000 = 17.000 pés. Então, o piloto só terá que descer 17.000 pés, em vez dos 27.000 pés, aprox. 8.000. Neste caso, a distância mínima também é menor e é igual a 17.000 dividido por 300, que é igual a cerca de 57 mn em vez de 90 mn.
No entanto, ainda mais matemática é necessária porque você não pode descer com essa velocidade o tempo todo. Parte dela deve ser perdida.
Em média, os pilotos reduzem a velocidade para 200 nós. Eles perdem cerca de 10 nós por milha náutica. Portanto, se a velocidade é de 300 nós e precisamos chegar em 200, temos que perder 100 nós. Se dividirmos os 100 por 10 nós, saberemos que temos 10 milhas náuticas para reduzir a velocidade.
Bom, eles também levam em consideração o vento, mas vamos deixar isso de lado para que não fique complicado demais. Afinal, não estamos em uma aula de matemática.
Então, essa distância adicional necessária para perder a velocidade é somada à distância direta calculada.
Assim, 90 milhas (aprox 144 km) mais 10 mi (16 km) dá 100 mi (160 km).
Se levarmos em conta o vento, coisa que os pilotos normalmente fazem, essa distância também soma à total. Portanto, o piloto deve iniciar a descida a 100 milhas (160 km) da pista.
A cada 3.000 m, o piloto deve verificar se eles estão no caminho certo e ajustar a velocidade vertical de acordo até que finalmente pousem.
Mas pode acontecer que o controlador não dê permissão para descer quando já é necessário começar a descida, por causa do tráfego. Isso significa que o piloto continua avançando sem descer, afastando-se do perfil de descida. Quando ele finalmente obtém a permissão, já está fora.
Então, você não pode chegar ao aeroporto se não forem feitos os ajustes necessários. Há duas coisas a serem feitas neste caso. Primeiro, o avião pode ser inclinado para baixo. O piloto leva o avião abaixo do perfil de descida o mais rápido possível.
Dessa forma, ainda pode haver espaço e tempo suficiente para desacelerar o avião novamente antes de pousar.
Outra forma é solicitar mais quilômetros de pista. Se o piloto perceber que não há como perder altitude e velocidade suficientes para pousar, ele não voa diretamente para o aeroporto.
Ele pode dar algumas voltas para aumentar a distância para ter mais tempo de reduzir a altitude e a velocidade. E então, finalmente, pousar.