Estes são os sintomas de uma alteração do coração que devem ser detectados a tempo em um bebê
As alterações mais comuns no desenvolvimento de um bebê, ainda durante a gestação, são aquelas que se relacionam com o coração. Em outras palavras, o coração não se forma como deveria, o que pode provocar graves problemas se não for detectado a tempo.
O Incrível.club quer sempre que todos mantenham uma excelente qualidade de vida. Por isso, acredita que lidar preventivamente com as possíveis patologias seja o caminho necessário para uma vida mais saudável. E isso pode começar pelo coração.
O que são cardiopatias congênitas
Na área da saúde, esses problemas de coração apresentados desde o nascimento são chamados de cardiopatias congênitas (cardiopatia significa “doença do coração” e congênito quer dizer “característico do indivíduo desde o ou antes do nascimento”). As cardiopatias congênitas são pequenas diferenças em um coração quando comparado com os que se formam de maneira normal. Ele é formado com orifícios ou obstruções alterados, que fazem com que o sangue circule onde não deveria ou não circule onde deveria.
As cardiopatias congênitas, sendo defeitos do coração, são apresentadas desde que esse órgão se forma no útero da mãe, ou seja, aproximadamente entre a 4ª e a 8º semana de gestação, quando o feto desenvolve seu órgão.
Bebês com cardiopatias no mundo
Estes são alguns dados interessantes que nos ajudarão a compreender a magnitude a nível mundial desse problema congênito:
- A cada ano, nascem em torno de 135 milhões de bebês;
- Um em cada 33 bebês nascidos tem uma anomalia congênita;
- 1/3 destas anomalias são de origem cardíaca (1,3 milhões de recém-nascidos sofrem de uma cardiopatia);
- Infelizmente, 90% desses recém-nascidos perdem a vida por um tratamento inadequado durante o seu primeiro ano de vida, principalmente devido à escassez de recursos;
- Somente na América Latina nascem aproximadamente 54 mil crianças com cardiopatias congênitas por ano;
- Dos 54 mil, 47 mil requerem tratamento especial;
- Somente 17 mil desses 47 mil bebês têm intervenção;
- Existem entre 40 a 50 tipos de cardiopatias diferentes.
Se seu bebê apresenta estes sintomas, preste atenção especial
Se seu bebê apresenta os seguintes sintomas, ele pode sofrer alguma alteração no coração:
- uma coloração azulada na pele, pés, lábios e unhas (o que recebe o nome de cianose);
- fadiga ao se alimentar;
- sudoração excessiva;
- mãos e pés muito frios;
- ritmo do batimento anormal (rápido, lento ou algum som junto);
- dificuldade para respirar.
Mesmo que esses sejam os sintomas mais comuns e, geralmente, detectados de maneira quase imediata, cabe mencionar que, por haver muitos tipos de cardiopatias, também existem muitas e diferentes manifestações para esse problema; os sintomas poderiam até mesmo ser silenciosos, ou não se apresentar em outras etapas do crescimento ou na idade adulta.
Como detectar
Como já dissemos, há muitos tipos de cardiopatias, portanto, existem muitas maneiras de se manifestar e também níveis de gravidade que poderíamos classificar em leves, moderadas ou graves. As alterações do coração que devem ser localizadas com o tempo são aquelas consideradas graves, as quais podem ser detectadas desde o útero, uma vez que o coração já se formou.
Está aqui um bom motivo para ter um bom controle médico durante a gestação. Se você tem esse controle e mantém as revisões do pré-natal constantes, é possível detectar, através de uma ecografia fetal, se o bebê pode ou não padecer de um problema grave do coração. Ao sabê-lo com antecedência, será muito mais simples todo o processo, desde os temores dos pais, até a correção do problema imediatamente ao nascer.
A tecnologia avançou tanto em favor da saúde que agora também é possível, mesmo sendo pouco comum, realizar a intervenção na gestação através do útero. No entanto, o estudo por excelência para as cardiopatias leva o nome de ecocardiografia e é realizado uma vez que se tenha a suspeita da doença.
Pode-se prevenir?
Infelizmente, as cardiopatias não são previsíveis e não se pode preveni-las, porque a ciência ainda não encontrou uma condição que determine por completo os defeitos do coração. Mas existem fatores que aumentam o risco de propiciar um problema do coração no bebê e que podemos evitar se os conhecemos:
- gestações precoces;
- gestações em mulheres maiores de 35 anos;
- antecedentes familiares;
- alterações cromossômicas, como a síndrome de Down;
- doenças virais na gestação;
- consumo de drogas ou fármacos.
Tratamento das cardiopatias congênitas
Novamente, voltamos à premissa de que existem muitas cardiopatias. A psrtir delas, dependerá o tipo de tratamento que será feito. Na realidade, existem cardiopatias que não são curáveis, e o que é possível fazer é usar medicamentos para suas consequências, com a finalidade de que o bebê possa viver com ela sem que afete, de maneira mais séria, sua qualidade de vida. Existem outras que se mantêm sob um controle de revisões para determinar se o defeito evolui para melhor ou para piora.
Em casos mais comuns, as cardiopatias requerem uma cirurgia para sua correção. Tais intervenções podem ser através de um corte no peito ou através de um catéter que se insere pela virilha e pelo qual chega-se ao coração, com a finalidade de fechar orifícios ou abrir obstruções para que o coração funcione como deveria. O certo é que muitas dessas cirurgias requerem uma ação urgente, uma vez que nasce o bebê e, paradoxalmente, quanto menor seja o paciente, mais complexa será a cirurgia.
Há situações mais extremas em que a única solução é um transplante de coração e as doações de corações em bebês não costumam ser muito comuns, não só pela falta da cultura da doação, mas sim pela baixa de mortalidade dos pequenos.
Fornecemos aqui apenas algumas sugestões e ideias. É importantíssimo que você sempre converse com seu obstetra ou pediatra caso suspeite que algo não está bem.
Acreditamos que o cuidado e a saúde dos pequenos e dos mais indefesos seja um dever humano de caráter mundial, de uma humanidade fraterna, solidária e informada. Seja através de doações, de informação ou até mesmo de um abraço, como você ajudaria pessoas que enfrentam de perto esse problema? Comente!