Como a esclerose múltipla funciona, como ela se manifesta e o que fazer para identificá-la
Somente no Brasil, aproximadamente 35 mil pessoas convivem diariamente com essa doença. Infelizmente, a esclerose múltipla ainda confunde a ciência. Não se sabe ao certo por que ela surge e a cura, por sua vez, ainda está distante. No dia 30 de agosto celebra-se o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla e a data tem como objetivo aumentar a visibilidade da doença, de seus pacientes e dos desafios que eles precisam superar em suas vidas.
Por isso, o Incrível.club reuniu algumas explicações para compartilhar com você. Confira só!
O que é a doença?
É um distúrbio autoimune que atinge o cérebro, sistema nervoso central e medula espinhal por causa de um defeito do sistema imunológico. Ele confunde células normais e saudáveis com possíveis células invasoras. E então tenta se defender, atacando-as.
Nesse ataque, ocorre dano à bainha de mielina, uma camada que protege os nervos. Essa camada é composta por uma substância responsável por fazer com que o impulso nervoso mova-se nos neurônios.
Como isso afeta o corpo?
A perda de mielina resulta em interferir na transferência dos impulsos elétricos. Esse processo recebe o nome de desmielinização. Ele afeta de forma direta a comunicação de todas as áreas do corpo com o sistema nervoso, resultando em dificuldades sensitivas, motoras, cognitivas e cerebelares.
Para que seja possível levantar um talher, por exemplo, o cérebro (sistema nervoso central) envia um comando (estímulo elétrico) que atinge o sistema nervoso periférico (nervos) e chega à mão, e assim o movimento ocorre.
Cerca de 35 mil brasileiros são portadores da doença
Na maioria dos casos, a doença atinge pacientes entre os 20 e 40 anos, com a predominância do sexo feminino. Pessoas de pele branca e que vivem em zonas temperadas também são as mais acometidas. No mundo, estima-se que 2,5 milhões tenham a enfermidade, porém a maioria ainda não descobriu seu caso.
Fatores agravantes
Mesmo que ela não seja herdade, é possível atingir algumas pessoas que já possuem predisposição genética. Existem, também, fatores ambientais que possuem relevância, como é o caso da falta de exposição ao sol durante dos primeiros anos de vida e o tabagismo.
O que a esclerose múltipla não é:
É muito importante apontar o que não é a doença porque a falta de informações sobre ela e seus sintomas é um dos principais fatores que geram desinformação e preconceito. Sem contar que também dificulta o diagnóstico precoce, fator importantíssimo para que a enfermidade não se agrave. Então, ela:
- Não é uma doença mental;
- Não é contagiosa;
- Não está sujeita à prevenção;
- Não tem cura e seu tratamento apenas diminui os afeitos e desacelera sua evolução.
Sintomas mais comuns
Então, agora precisamos saber, de fato, quais seus principais sintomas:
- Fadiga;
- Alterações fonoaudiológicas;
- Transtornos visuais;
- Problemas de equilíbrio e coordenação;
- Espasticidade: rigidez de um membro;
- Transtornos cognitivos: os comprometimentos mais frequentes são os de memória e da execução das tarefas;
- Transtornos emocionais: é possível que haja sintomas de ansiedade, depressão, transtorno de humor, irritabilidade e bipolaridade.
Como o diagnóstico é feito?
Caso você suspeite de algo, a primeira coisa que deve fazer é procurar por um médico. De preferência na especialidade de neurologia. Esse é o profissional indicado para investigar e tratar pacientes com a doença.
Existe uma série de doenças inflamatórias e infecciosas que possuem sintomas parecidos e podem confundir, por isso, cuidado!
Nunca se automedique e sempre procure um médico!
Qual foi a última vez que você se consultou? Conhece alguém que já tenha passado por isso? Conte aqui nos comentários