Segundo estudos, a realidade virtual pode curar algumas fobias
As fobias são mais comuns do que você imagina. Algumas pessoas têm medo de altura, outras de lugares fechados, mas existem aquelas que têm um medo incontrolável de aranhas. Até mesmo a presença de uma aranha pequena é capaz de enlouquecer essas pessoas, impossibilitando qualquer possibilidade de reação normal. No entanto, graças aos avanços tecnológicos relacionados com a inteligência artificial, os pesquisadores descobriram que a simulação de espaços pode ajudar a curar desordens psicológicas como as fobias.
Hoje, o Incrível.club vai mostrar como a realidade virtual pode transformar e até mesmo eliminar algumas fobias. Acompanhe!
Tentativas e fracassos
Até 1992, para tratar uma fobia eram usados estímulos que provocavam ansiedade nos pacientes; era uma espécie de imitação do sentimento de medo. Esses testes fracassaram porque para que um experimento funcionasse os pacientes deveriam recriar uma situação real. Ou seja, quem tinha medo de altura tinha que se imaginar em um edifício muito alto. Contudo, os esforços imaginativos não eram suficientes para chegar em resultados significativos.
A nova era da tecnologia e da psicologia
Em novembro de 1992, a Universidade Clark Atlanta foi a primeira a usar a realidade virtual para combater transtornos psicológicos. Desde então, esses mesmos cientistas realizaram testes para medir a eficácia da nova tecnologia.
A ciência ligada à realidade virtual consegue ser muito mais efetiva porque está no plano do real, de maneira que a mente é enganada completamente pelas imagens demonstradas. Nesse sentido, a ansiedade causada pelo momento é completamente pura.
As simulações podem mudar os seus medos
A realidade virtual se baseia em criar uma simulação 3D de algum entorno específico. Hoje em dia, a Universidade Duke realiza sessões de terapia virtual para curar transtornos de ansiedade. O tratamento é oferecido àqueles com medo de altura, de elevador, de tempestades, de avião e até mesmo para as pessoas que têm medo de falar em público.
Na Universidade do Texas os cientistas estão explorando a eficácia do método na hora de eliminar o medo de aranhas. Foi realizado um teste com 77 pessoas aracnofóbicas e elas foram submetidas a níveis cada vez mais altos de ansiedade, de 1 a 14, até chegarem ao ponto máximo de pavor por estarem na frente do animal. A maioria das pessoas chegou até o nível 10, já considerado bastante alto.
É importante entender como o corpo responde ao medo
Por meio da exposição virtual o paciente se vê mergulhado em uma situação de medo muito parecida ao real. Um terapeuta acompanha a pessoa durante todo o teste. É importante considerar que algumas pessoas sofrem de fobias realmente terríveis, e o encontro com o foco do medo pode ser realmente paralisante.
Neurobiólogos da Universidade de Stanford estão tentando entender como funciona a mente exposta aos piores pesadelos. Sua missão é explorar as origens da ansiedade usando a realidade virtual. Se eles conseguirem penetrar nos mecanismos cerebrais, será possível desenvolver novos e mais avançados dispositivos virtuais, capazes de eliminar completamente as sensações de temor.
Alguns testes e “adeus” ao medo
O The Lancet publicou uma nova pesquisa realizada no Reino Unido com 49 adultos que tinham medo de altura. Durante um mês os pacientes foram expostos a 30 minutos de realidade virtual coreografada com situações de vertigem. Os resultados finais se mostraram bastante postivos. Um dos participantes compartilhou o seguinte relato sobre a sua experiência:
“Acabo de terminar as minhas sessões, foram 4 no total. A semana passada, depois da minha terceira sessão, fui a Westgate (um shopping center). A diferença na minha capacidade mental de lidar com a altura foi incrível. Antes, eu nem chegava perto das grades. As sessões de realidade virtual me fizeram refletir sobre o meu medo de altura e parecem ter me ajudado muito. É por isso que eu acho que vale a pena tentar”.
Os resultados se mostraram bastante animadores, vamos esperar os próximos avanços. E você, tem alguma fobia? Conhece alguém que poderia se interessar por esse tema? Compartilhe a sua opinião sobre o uso da realidade virtual para casos assim nos comentários.