Historia de superação incrível!
Aos 62 anos, mulher brasileira compartilha como enfrentou as barreiras ao se tornar cadeirante
Atualmente aposentada, Filomena Petcov, de 62 anos, é formada em Recursos Humanos e conta, através da internet, a trajetória da sua vida e como é ser uma mulher cadeirante. Ela esbanja confiança, autoestima e amor-próprio — e, dessa maneira, inspira muitas mulheres que estão a conhecendo através de seus relatos.
Ao longo dos anos, ela sofreu algumas dificuldades e decidiu compartilhar conosco a sua história — e como a Poliomielite afetou a sua vida — além de nos conscientizar sobre o assunto.
Conhecemos a história da Filomena através do nosso grupo do Facebook, no qual ela contou um pouco sobre um lindo episódio que viveu graças ao seu marido. Sendo assim, o Incrível.club a chamou para uma pequena entrevista que pode motivar várias pessoas, incluindo você. Vamos nessa!
Como me tornei cadeirante
Filomena, nossa entrevistada, contraiu Poliomielite — mais conhecida como Paralisia Infantil em nosso país — por não ter sido vacinada quando era criança. Aos 2 anos, ela começou a usar uma órtese em uma de suas pernas, enquanto a outra perna, menos afetada, a sustentava para caminhar. Há seis anos, ela sofreu uma queda e quebrou a patela da perna em que não usava a órtese e, aos poucos, foi perdendo o equilíbrio e a firmeza, sendo assim, precisou fazer o uso de muletas no seu dia-a-dia.
“Através de pesquisas, acabei descobrindo que uma nova doença progressiva, degenerativa e incapacitante acometia aqueles que tinham sequelas de Pólio, denominada Síndrome Pós-Pólio”, contou. Filomena então sentiu a necessidade de usar cadeira de rodas, pois, para ela, o objeto pouparia a parte do seu corpo que não estava mais respondendo da devida maneira — além de outros fatores, como a segurança e a comodidade.
Como aconteceu o processo de adaptação
Sabemos que processos adaptativos não são nada fáceis para algumas pessoas, mas Filomena diz que foi um processo “normal” para ela. “Não me pegou de surpresa, pois há muito tempo já estava sentindo fadiga ao andar. Foi uma decisão necessária”, disse.
No Brasil, cadeirantes sofrem com a falta de infraestrutura de algumas cidades, com calçadas e ruas esburacadas. Muitas vezes, os equipamentos, os prédios e os transportes públicos também não são projetados para atendê-los. Mas Filomena também olha para o lado positivo, a cadeira de rodas fez com que não vivesse tensa ao se locomover sempre olhando para o chão e seus obstáculos. “Não me canso mais para andar. Agora olho para frente, para os lados, para cima e me tornei mais autônoma para ir e vir”, afirmou.
Apoio da família
Ah, família — tem tantos significados para inúmeras pessoas. Mas a primeira coisa que nos vem a cabeça quando escutamos a palavra é: pessoas que nos acolhem da maneira que somos, sem questionar nenhum motivo e que nos enchem de amor, carinho e apoio — e, para a nossa entrevistada, não foi nada diferente.
“Desde criança minha família me apoiou em tudo, me ajudou nos momentos em que mais precisei. Meu esposo me conheceu usando órtese e posteriormente muletas, então ir para uma cadeira de rodas, foi apenas uma nova etapa que tivemos que enfrentar e ele aceitou naturalmente”, declarou.
Falando em amor e família, Filomena e seu marido estão juntos há mais de 35 anos e não houve um momento pelo qual ele não a apoiou, já que, por ser cadeirante, ela depende muito dele. O amor dos dois é tão grande que ele nunca a enxergou como uma pessoa com deficiência, pois, mesmo que ele tenha clareza das suas limitações físicas, não deixa de apoiar a sua amada a encarar desafios e encorajá-la a buscar o que ela sempre deseja.
“O destino foi muito generoso, colocou meu marido no meu caminho através de um amigo em comum, aquele que seria meu companheiro para o resto vida”, contou.
Autoestima
Se paramos para pensar, a autoestima é um assunto um tanto delicado e algumas pessoas pensam que se trata apenas da aparência física, quando, na verdade, vai além disso — como o jeito em que enxergamos a nós mesmos, nossas capacitações, ciclos de amizade, entre outras coisas.
“Eu sempre fui uma pessoa de bem com a vida, me aceito como sou, e ter me tornando cadeirante de uma hora para outra não abalou minha autoestima. Só tive medo de que a cadeira me limitasse em tudo que descobri que posso fazer, ter vida social”, disse.
Ainda falando sobre o tema autoestima e inspiração, decidimos perguntar a Filomena o que, de fato, significa a autoestima para ela. “É me sentir bonita, desejada, realizada como profissional que fui, como mãe, esposa, amiga mesmo sentada em uma cadeira de rodas”.
Um conselho para as leitoras
Pelo menos uma vez na vida, temos a má sorte de escutarmos algo que nos coloque para baixo, ou que afete a nossa autoestima, também acontece de nos autossabotarmos e não enxergamos o nosso verdadeiro valor. Sendo assim, pedimos para Filomena dar um conselho para quem tem esse tipo de pensamento.
“No mundo, ninguém é perfeito. Todos, em algum momento de nossas vidas, sofremos algum tipo de discriminação, de limitações, de recusas. Algumas imperfeições são aparentes, outras, são internas. Se aceitem do jeito que são. Se amem mais, sintam-se capazes de realizar, sintam prazer em tudo o que podem conquistar, por mais simples que seja aos olhos dos ditos ’normais’”, declarou.
Os melhores momentos da minha vida
Muitos não acreditavam no potencial que Filomena tinha em realizar o seu maior sonho de vida: ser mãe. Mesmo com as suas limitações, ela não desistiu, buscou ajuda profissional que, no fim, não precisou, pois ela engravidou de forma natural de dois meninos. “Passei a exibir meu corpo de gestante para todos que não acreditavam”.
Outra grande conquista da nossa entrevistada foi trabalhar em grandes empresas multinacionais sendo muito bem-acolhida, da forma que esperava. Foi através de uma das companhias onde trabalhava que ela realizou outro de seus sonhos: ter formação de nível superior — Recursos Humanos. “Nesses momentos, eu percebia que conseguia tudo, que era uma pessoa normal e realizada”, relatou.
O que a estampa de flores significa para mim
Quando perguntamos a Filomena o que a estampa de sua cadeira significava, encontramos uma linda história que ela nos contou brevemente. “Significa acolhimento, que a cadeira é uma extensão do meu corpo e com ela posso ser mais independente, mais feliz, com menos dores. Sou uma privilegiada por ter um marido que ao saber que me tornaria cadeirante, quis me ver bonita e a capa com a estampa era apenas um detalhe”.
História da cadeira com estampa e o que o amor representa
No tópico anterior, podemos observar uma foto na qual Filomena está na praia, observando o mar — porém, para ela, essa fotografia tem um grande significado, pois o seu marido decidiu comprar a capa para a cadeira já pensando em algo que poderia elevar ainda mais a sua autoestima e o seu amor.
Como falamos acima, no Brasil, existe uma grande dificuldade em relação a suporte e comodidade a pessoas com mobilidade reduzida — e a praia é um desses locais com zero adaptação para andar na areia e ir até o mar. “Estávamos observando toda essa dificuldade e chegamos à conclusão de que a cadeira seria minha fiel companheira. Nesse momento, ele achou que a estampa com flores vermelhas combinaria com a cor do meu cabelo, com o verão, com a praia, com o mar”, nos contou.
Ainda falando em amor, ela nos disse o que essa palavra curta, mas, ao mesmo tempo, tão linda representa. “Tudo o que mais importa para termos uma vida saudável e feliz. Ter um marido que leva o café na cama todos os dias. Uma vez por mês, ele vira um cabeleireiro ao pintar meu cabelo de vermelho. Buscou desenhos das minhas tatuagens (cadeirante e Frida). Me convenceu a usar vestido curto, mostrando o aparelho na perna. Isso, para mim é o significado de amor”.
Uma mensagem do meu coração para os leitores
Filomena nasceu em uma família numerosa, com 13 irmãos — hoje, infelizmente, alguns deles não estão mais vivos e ela sentiu muito por tê-los perdido bruscamente. Cresceu sem o amparo de seus pais e passou por esse momento traumático ainda jovem, o que pesou imensuravelmente em sua vida.
“A gente sente que perde o chão e o rumo. Conheci muitas pessoas na vida, os melhores se tornaram amigos e de amigos de tão maravilhosos que são, acabaram ascendendo ao status de irmãos planetários”, desabafou.
Por ter passado tantos momentos difíceis em sua vida, ela valoriza muito a amizade, a linda família que construiu e não deixa de acreditar que o mundo precisa se reinventar na questão da solidariedade — e, consequentemente, ser mais fraterno, justo, amoroso e mais humano e empático em todos os aspectos. “Não tem vida fácil, é difícil para todo mundo e mais ainda para quem tem deficiência. Para mim, foi difícil, mas eu estou aqui”, garantiu.
A história dela é linda, não é mesmo? Você conhece um exemplo de superação como a Filomena? Conte para a gente! E não deixe de participar do nosso grupo! Vai que a sua história aparece por aqui. 😉
Comentários
Muito bom e sempre anima a gente.

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