Algo Estranho Foi Encontrado em Titã — a Maior Lua de Saturno

Curiosidades
há 9 meses

Olhe para cima, encontre aquele pontinho amarelo... É Titã. Ela é a maior lua de Saturno e a segunda maior lua de todo o nosso sistema solar. E pode ser o único lugar em nosso sistema solar com água líquida... além da Terra.

Além disso, possui uma atmosfera que serve de escudo contra a radiação solar e os raios cósmicos, assim como a Terra. Se a vida fosse uma casa, a Titã teria muitos dos tijolos que você precisa para construí-la.
Aperte o cinto, você está indo para lá. Demora muito para chegar em Titã, mas você sabe, a magia da imaginação...

Chegamos, ela é um pouco maior que a nossa lua e muito mais pesada. É até mesmo maior que Mercúrio.
Isso significa que sua gravidade ainda é muito fraca: você se sentirá 7 vezes mais leve aqui do que na Terra. Na academia local na Terra você pode levantar 70 kg, em Titã você pode levantar mais de 450 kg. Ha! Parece bom.

A superfície é principalmente composta de gelo, tem pequenas montanhas, crateras e alguns crio-vulcões. Basicamente o mesmo que um vulcão normal, mas em vez de lava, essa besta cospe água, gelo, amônia e metano.
Tem lagos e nuvens... mais ou menos como um desfiladeiro na Terra. Mas aqui há apenas uma pequena diferença: tudo está coberto por uma espessa neblina e às vezes cai granizo de metano congelado.

Na Terra, usamos metano como combustível, porque ele queima. Mas em Titã, não há oxigênio. Não dá pra fazer fogo neste pedaço de rocha!

Ausência de oxigênio significa que você precisa colocar uma máscara de oxigênio. Mas você não precisa usar um traje espacial inteiro como na nossa Lua, pois Titã tem uma atmosfera mais forte.

Mas você trouxe um moletom, certo? Vai ficar bem frio em breve, como 185 graus negativos. O mais frio que já esteve na Terra foi 90 graus negativos, e isso foi no Polo Sul.
Aqui é tão frio assim, porque está muito longe do sol. Quase 1,4 bilhão de quilômetros. De qualquer forma, essa névoa densa e essa atmosfera impedem os raios de sol de aquecer a superfície. Parece meio extremo, mas a vida também é! Ela pode sobreviver em quase qualquer lugar.

Pegue a bactéria Deino... alguma palavra longa em latim. Ela pode sobreviver à radiação e a temperaturas extremamente baixas. Ela ainda sobreviveu um ano inteiro no espaço sideral do lado de fora da Estação Espacial Internacional.
Titã seria moleza em comparação a isso, especialmente se a gente cavasse um pouco. Muitos cientistas acreditam que existe um oceano inteiro sob a superfície de Titã. A gravidade de Saturno dá ao núcleo de Titã um pequeno aumento de calor e, além disso, há amônia naquele oceano.
É como a versão de anticongelante de Titã. Contanto que a água permaneça líquida, a vida tem uma chance muito forte de sucesso. Então, o que há lá embaixo?

Os cientistas encontraram evidências reais de que já pode haver vida em Titã. Aqui, verifique o que nos mostra este microscópio.
Este é o C3H2. Ele foi descoberto por este estranho grupo de coisas que parecem antenas que existem no deserto do Chile.
Ele usou 66 antenas, todas apontadas para o mesmo lugar no céu. Esta molécula C3H2 pode atuar como um bloco de construção do DNA, o código da vida! Algumas pessoas acreditam que essas moléculas existiam em nosso planeta bilhões de anos atrás, exatamente quando a vida começou!

Os cientistas também a encontraram em primeira mão, com uma sonda que realmente pousou em Titã. Acontece que aquelas antenas do deserto estavam certas!
Titã então saltou para o topo da lista de lugares onde poderíamos viver um dia, desculpe Marte. A NASA tem um novo projeto: a missão Dragonfly. O plano é enviar um drone para lá e explorar Titã ainda mais.

Ainda faltam cerca de 6 anos para a missão, e o foguete chegará à lua de Saturno 9 anos depois disso, então teremos que esperar um pouco antes de fazer as malas e seguir para Titã.

Depois que o drone da missão Dragonfly pousar na superfície da Titã, ele vai girar como uma espécie de helicóptero duplo. Vai ter 8 hélices, cada um com um metro de largura.
Como a gravidade é fraca, isso é mais do que suficiente para dar ao drone uma boa velocidade de cruzeiro. Ele será capaz de voar cerca de 3 quilômetros direto para cima e decolar e pousar verticalmente, como um helicóptero normal.

O principal problema de tudo isso são as baterias do drone. Os cientistas inventaram um gerador que converte a energia da radiação térmica em energia elétrica, seja lá o que isso signifique. Uma carga de bateria deve ser suficiente para várias horas de voo contínuo.

O Dragonfly vai carregar muitos equipamentos de pesquisa, então não é como aqueles drones que as pessoas fazem voar pelo parque em um domingo. Vai ter o peso de cerca de 3 avestruzes...
Terá duas brocas, um monte de sensores, uma coisa espectral para descobrir quais produtos químicos estão por lá ... E também terá seu próprio canal meteorológico, com um monte de instrumentos para medir temperatura, nuvens e outras coisas.
E como qualquer gadget atual, ele terá uma câmera. Prepare-se para algumas belas fotos da paisagem épica de Titã.

A noite em Titã dura cerca de 8 dias terrestres, quando o drone estará relaxando na superfície, recarregando e analisando amostras. É muito tempo, mas na verdade, essa é uma coisa boa.

A distância entre Titã e a Terra causa um pequeno problema — um atraso na comunicação. Quando um sinal é enviado para o Dragonfly a partir do controle da missão, este sinal tem que viajar meio Sistema Solar, o que leva mais de uma hora!
Em contraste, o atraso do sinal para de Marte pode ser de apenas 10 minutos, e o atraso do sinal para a Lua tem apenas cerca de um segundo.

Os cientistas esperam que o Dragonfly forneça mais informações sobre se podemos viver em Titã ou não. Alguns especialistas esperam encontrar uma “sopa primordial” lá. Essa sopa, ou caldo, possui um monte de coisas necessárias para criar vida.
Tivemos essa mesma sopa na Terra há cerca de 4 bilhões de anos, e cada organismo vivo que já existiu... evoluiu a partir desse caldo de elementos orgânicos.

Se o projeto Dragonfly for um sucesso e Titã se mostrar habitável, ele terá mais uma missão — encontrar um bom lugar para nos estabelecermos por lá.
Mas, criar uma colônia autossustentável em outro planeta seria definitivamente a coisa mais difícil que os humanos já fizeram. Primeiro obstáculo: produção de energia, provavelmente a partir de algum tipo de usina nuclear. Em seguida, vem o abrigo, para humanos e suas máquinas.

Esses novos edifícios em Titã terão que nos proteger do frio extremo e do mau tempo.

Em seguida, água potáveloxigênio. Precisamos inventar uma maneira de coletar ou de fazer ambos. Depois, estufas para o cultivo de alimentos.
Também precisaríamos minerar combustível para o transporte. Felizmente, Titã está cheia de metano, que é um ótimo combustível. Um grande problema, porém é a gravidade. Por ser tão fraca em Titã, quem vive lá pode perder muita massa muscular, dificultando o trabalho e até mesmo a vida.
E tem aqueles criovulcões irritantes atirando coisas em momentos aleatórios... Ou talvez precisemos de uma ideia mais drástica e ousada. Que tal mudar a atmosfera de Titã para que possamos respirar nela e não tenhamos que usar diversos chapéus e luvas!?!

Para fazer isso, precisaríamos terraformar a superfície de Titã... por um longo tempo. A atmosfera de Titã precisaria ser enriquecida com oxigênio para respirarmos, e seria ótimo se fosse um pouco mais quente por lá. O próximo passo seria criar uma biosfera, o que significa plantas.

Poderíamos transformar Titã em uma selva florescente com plantas levadas da Terra. Mas, por causa da pressão e da gravidade, elas seriam completamente diferentes das plantas terrestres.
Elas poderiam todas crescer muito, ou talvez elas diminuíssem para um tamanho minúsculo... nós realmente não sabemos. Em primeiro lugar, precisamos ter certeza de que a vida é mesmo possível em Titã.

Os cientistas pensaram recentemente que poderia haver vida em Vênus. O planeta é mais ou menos do mesmo tamanho que a Terra, e os cientistas até o chamam de irmã gêmea da Terra. Eles descobriram um gás em Vênus, a fosfina. Supostamente, teria sido feito por organismos vivos.

Contudo, isso não se confirmou! Existe alguma fosfina flutuando, mas bem menos do que pensávamos. Olha, a ciência em outros planetas é algo complicado, gente! Sempre cometemos erros como esse.

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