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Você já se perguntou como é a vida dos cães policiais? Como eles são escolhidos para o trabalho e o que acontece quando eles se aposentam? A rotina desses cães pode ser surpreendente e bem diferente do que muitos imaginam por aí.
O Incrível.club foi conhecer um pouco mais sobre como funciona o treinamento e o trabalho realizado pelos cães policiais em Porto Alegre/RS, e conversou com o responsável pelo Canil Central da capital dos gaúchos. E no fim deste post há um bônus com curiosidades para você. Confira!
Quando os policiais vão escolher os seus cães ainda filhotes, eles observam as reações de cada um, priorizando aqueles que buscam alguma interação, brincam ou estão sempre atentos, pois esses são os primeiros sinais de que eles poderão se adaptar bem ao trabalho.
Nesse momento, é essencial ter em mente que o cão deve ter um perfil para exercer determinada função policial e para que ele seja encaixado em uma sessão de trabalho adequada, como: faro (farejador de drogas e explosivos), patrulha (policiamento de rua e abordagens) e guarda e proteção. Além disso, também há a sessão de “cão de choque”, na qual os cães atuam em situações de confronto.
E é justamente por essa razão que os treinamentos são bastante específicos. No caso dos cães de choque, por exemplo, eles precisam receber um vasto treinamento para lidar com situações de estresse, como bombas, som alto e agentes químicos.
Normalmente, o treinamento é iniciado a partir dos 45 dias de vida do cão, de maneira extremamente lúdica, com brincadeiras que visam direcionar o cão para o trabalho policial, como jogar bolinhas, brincar com sisal de mordedura, entre outras. Além do que, os condutores também passam por um curso de formação que os capacita física e mentalmente para o trabalho de treinamento e condução desses cães.
Uma curiosidade contada pelo sargento Cabreira é que embora os cães possuam uma grande capacidade olfativa, eles também possuem uma alta capacidade de filtrar o ar. Logo, ao contrário de nós, os cães apresentam resistência aos efeitos do gás lacrimogêneo e spray de pimenta, que são assimilados sem problemas pelo seu organismo.
Vale lembrar que o perfil do cão, que é o que definirá para qual sessão ele será destinado, também, em parte, está relacionado com a sua raça. Por exemplo, um cão labrador dificilmente será um cão de guarda, já que ele se adapta melhor a sessão de faro e assim por diante.
Mas, durante a visita nós também conhecemos a Flora, o cão policial de responsabilidade do soldado Freitas, e os dois estão aprendendo muito um com o outro:
A Flora, da raça Pastor-belga Malinois é um cão policial de duplo emprego, ou seja, ela está em treinamento para atuar em duas sessões: na de faro e na de guarda e proteção. Por isso mesmo é que ela vem recebendo uma série de treinamentos diferentes para aprender a identificar odores e a executar funções de guarda, como sentar, latir e avançar sob comando.
Para Freitas, o trabalho que vem desenvolvendo com ela está pautado em 3 pilares: dedicação, carinho e brincadeira.
De acordo com o sargento responsável pelo Canil Central da Brigada Militar, não há uma raça específica, mas sim aquelas que a polícia percebeu que respondem melhor à rotina de trabalho de policiamento, como é o caso do Pastor Alemão e do Pastor-belga Malinois. Sendo que este último, atualmente é considerado mais versátil, com maior disposição física e intensidade de trabalho, oferecendo uma resposta mais rápida ao treinamento.
O tempo de serviço de um cão militar é de em média 8 anos e após completar esse período, eles são disponibilizados para adoção, que é normalmente feita pelo próprio condutor do animal. Em raros casos pode ser doado a um civil, mas reforçando, isso não é muito comum.
Em algumas situações, quando o condutor é transferido de cidade ou qualquer outro imprevisto, o animal passa a ser responsabilidade de outro militar. Nesses casos, geralmente o cão fica com o último condutor, mas também pode ocorrer do primeiro requerer a adoção do cão devido aos laços criados ao longo do tempo em que estiveram juntos.
Ao contrário do que muita gente pensa, os cães são dóceis e ainda passam por um trabalho de socialização, que faz a diferença na vida de jovens e crianças e também é um processo de aprendizado para os próprios policiais.
O Pirata é um cão policial que possui cegueira em um dos olhos, mas isso não serviu de obstáculo para executar suas funções. Um exemplo e tanto!
Outra curiosidade bacana que o sargento nos contou é que as grandes bandas e artistas internacionais normalmente não sobem ao palco antes dos cães policiais fazerem uma varredura. Um exemplo disso é o Paul Mccartney, que em um dos seus shows em Porto Alegre, fez questão que o camarim também fosse verificado e ainda quis conhecer os cães de perto depois da varredura.
Em conjunto com os seus condutores, os cães policiais realizam um trabalho imprescindível para a população e ainda conseguem nos surpreender com tamanha doçura. Alguns desses cães quando se aposentam chegam a receber homenagens e condecorações pelo desempenho em campo.
Os cães que muitas vezes vemos ao lado de policiais em operações diversas podem até parecer um tanto assustadores, mas quando não estão em serviço e para além dos treinamentos, possuem uma rotina social e de brincadeiras. E, claro, são muito fofos!
Você já conhecia algo sobre o trabalho tão importante desses cachorros especiais? Comente!