12 Histórias com reviravoltas tão chocantes, dignas de roteiro de filmes

A jovem que foi cruelmente apelidada de “menina lobo” nunca deixou que os rótulos maldosos definissem quem ela era. Apesar do bullying, ela manteve a esperança e acreditou que também merecia ser feliz. Com o tempo, encontrou o amor da sua vida — e mostrou ao mundo como a autoconfiança e a força interior podem mudar até as histórias mais dolorosas.
No dia 5 de agosto de 1999, a família de Supattra viveu um momento que mudaria suas vidas. Como a maioria dos pais ao receberem um novo bebê, Sompon e Samrerng estavam cheios de alegria e expectativa.
Mas a felicidade logo se misturou com surpresa, preocupação e incredulidade quando os médicos informaram que a filha recém-nascida tinha uma quantidade incomum de pelos. A princípio, imaginaram que não era nada fora do comum — até verem a menina na incubadora. O corpo de Supattra estava quase todo coberto por uma camada de pelos grossos, uma condição tão rara que nem mesmo os médicos mais experientes do hospital tailandês tinham visto algo parecido antes.
Mais tarde, os médicos descobriram que a garota tinha uma condição de pele excepcionalmente rara, conhecida como síndrome de Ambras. Trata-se de um distúrbio tão incomum que, ao longo dos anos, apenas cerca de 50 casos semelhantes foram documentados em todo o mundo.
Quando Supattra — ou Natty, como é chamada — nasceu, e sua mãe se preparava para deixar o hospital, os médicos hesitaram em liberá-la, temendo que a mulher pudesse abandonar o bebê. Mas Sompon foi firme ao garantir que jamais deixaria a sua filha. “Tivemos sorte dela ter nascido na nossa família”, afirmou com convicção.
Desde muito pequena, Natty cresceu cercada pelo carinho de uma família amorosa. No entanto, nem todos ao seu redor compreendiam sua condição — e ela teve de enfrentar olhares cruéis e comentários maldosos de desconhecidos e colegas ao longo da infância.
À medida que Natty crescia, seu rosto continuava coberto por uma espessa camada de pelos — resultado da síndrome de Ambras, condição incurável. Métodos tradicionais, como remoção a laser, não surtiram efeito para desacelerar o crescimento dos cabelos. Na escola, ela enfrentava zombarias por conta de sua aparência diferente.
Ainda assim, a garota não conseguia entender por que era motivo de piada. Aos seus olhos, ela era apenas uma menina comum, com um pouco mais de pelos. Como ela mesma disse: “É assim que eu sou”.
No começo, a professora de Natty, Kuljira Posaeng, contou que outras crianças chegaram a se assustar com sua aparência de primeira, o que tornou os seus primeiros dias de aula bem difíceis. Mas, com o tempo, Supattra mostrou que era como qualquer outra garota. Ganhou elogios por sua dedicação e bom desempenho nos estudos — e acabou se tornando uma das alunas mais queridas da escola.
Seus professores a descreviam como uma menina alegre que adorava cantar, dançar e atuar. Seus pais sempre a trataram com igualdade, sem nunca fazê-la se sentir diferente ou menos importante. Tinham orgulho da filha e a levavam para todos os lugares, sem jamais sentirem vergonha ou constrangimento de sua aparência única.
Natty aprendeu a aceitar sua condição, reconhecendo que não havia cura. Ela abraçou o crescimento natural dos pelos no seu corpo, mantendo-os da mesma forma como foram desde o nascimento — passando a raspar o rosto apenas quando entrou na adolescência. À medida que amadurecia, autoestima e identidade passaram a ter ainda mais importância para ela, e foi nesse processo que ela também descobriu o amor.
Ela contou: “Começou com uma amizade, depois viramos um casal”. Conversar com ele a deixava feliz, e estar juntos fazia tudo parecer natural — um sentimento que ela jamais previu: “Foi um tipo de amor que não esperava que acontecesse comigo”.
Supattra compartilhou fotos ao lado do parceiro mostrando o rosto sem os pelos faciais, o que fez algumas pessoas especularem que ela havia sido curada. No entanto, seu pai esclareceu que Natty apenas decidiu se depilar para destacar sua nova aparência. Agora, seus olhos, rosto, boca, lábios e bochechas estão claramente visíveis, com apenas a testa coberta pelo cabelo.
Tendo encontrado o amor e a felicidade, Natty está determinada a encarar a vida com positividade e a causar um impacto real na sociedade. Ela acredita que todas as pessoas são bonitas e únicas — e quer inspirar todos a abraçar sua individualidade e brilhar com confiança.
Você aceitaria ser definido apenas pela sua aparência pelo resto da vida? Assim como Supattra, Jesús Aceves vive com uma condição rara que cobre seu rosto de pelos — e, por isso, ficou conhecido como o “Homem Lobo”. Mas por trás do rótulo existe um homem que luta por dignidade, oportunidades e respeito. Conheça aqui sua história que nos convida a refletir sobre como o preconceito ainda aprisiona e limita tantas vidas.