A história da rainha Rania: como uma moça de uma família de refugiados conquistou o amor de um príncipe e do mundo
No mundo existem mais de 40 monarquias, e é provável que boa parte das pessoas não conheça todas elas. Mas os nomes de alguns representantes de dinastias importantes não saem das páginas dos jornais. Entre eles está o da rainha consorte Rania Al Abdullah. A esposa do rei da Jordânia tem o estilo, o caráter, a persuasão e os recursos para realizar tudo que deseja.
Nós do Incrível.club soubemos como Rania encontrou seu príncipe, e as razões de não só ele, mas todo o reino, amá-la.
Jovem moça fugindo da guerra
A história da Cinderela do Oriente Médio começou longe do país onde ela viria a se tornar rainha consorte. Rania nasceu em Cidade do Kuwait, capital do Kuwait, em uma família formada pelo pai pediatra e pela mãe dona de casa. A família tinha recursos e investiu na boa formação da filha. Depois de terminar a escola, a garota foi continuar seus estudos no Egito.
A jovem Rania já não podia voltar mais para a sua casa, no litoral do Golfo Pérsico. Uma guerra começou em seu país natal, e seus pais fugiram como refugiados para a Jordânia. Do Cairo, a futura rainha consorte foi para a capital jordaniana, Amã. A antiga estudante agora era uma adulta formada e ambiciosa. Seu primeiro trabalho foi em um grande banco do país, que pertencia à família real. Depois, ela passou a trabalhar no escritório local da Apple. Enquanto planejava construir a sua carreira, outro destino a esperava.
Amor à primeira vista
Rania tinha 21 anos quando encontrou seu futuro marido. Um conhecido a convidou para um almoço, organizado pela irmã de Abdullah II, e o então príncipe também estava na lista dos convidados. Ele chegou ao evento cansado, pois tinha acabado de participar de exercícios militares, mas quando entrou no salão esqueceu de tudo isso. Em suas palavras, a beleza de Rania o conquistou à primeira vista.
Abdullah não poupou esforços no cortejo digno de realeza de sua nova conhecida: em seus encontros eles voavam de helicóptero, praticavam esqui aquático e dirigiam motocicletas potentes. No início, o príncipe ficou encantado com a beleza de Rania. Mas, depois, um dos amigos do casal real contou que a verdadeira atração estava no fato de que ambos estavam na mesma sintonia. Rania era igual ao monarca pela maneira de pensar.
No início, Rania tinha um certo receio de aparentar estar muito apaixonada, mas o príncipe era acostumado a lutar pelos seus objetivos. Passado meio ano, a questão do casamento já estava decidida. Para fazer o pedido na casa dos pais da noiva, Abdullah foi acompanhado de seu pai, rei na época. Em junho de 1993 o casal preparava-se para a cerimônia, que se tornou um feriado nacional. O vestido da noiva foi costurado pelo designer Bruce Oldfield, que trabalhou com a princesa Diana.
De esposa a rainha consorte
A origem da noiva não incomodou ninguém: o trono deveria ser assumido pelo tio de Abdullah, e o príncipe não havia sido preparado para lidar com a carga dos cuidados do Estado. Ele vivia à vontade com a sua esposa. Passados 6 anos, o rei da Jordânia mudou de ideia em relação a passar o trono ao seu irmão, e proclamou Abdullah como seu herdeiro. Duas semanas depois ele tornou-se Sua Majestade, e, aos 28 anos, Rania recebeu o título de rainha consorte.
“Rainha dos corações” oriental
Talvez Rania não possa ser considerada uma típica mulher do Oriente Médio. Ela não trabalha nem um pouco a menos que seu marido. Assim que se tornou rainha consorte, imediatamente dedicou-se às questões sociais, cuidando de escolas, hospitais e fundações de caridade. Para Rania, o melhor investimento é o feito em educação. Em suas palavras, conhecimento, criatividade e talento são a garantia do sucesso de qualquer país.
Na agenda da primeira-dama da Jordânia há tanto recepções palacianas quanto visitas a bairros pobres, por isso Rania é frequentemente comparada à princesa Diana.
Esposa e mãe com o trabalho mais legal do mundo
A primeira-dama da Jordânia acredita que a sua principal vocação é ser esposa e mãe. O casal criou e educou dois filhos e duas filhas. E para ficar atualizada com a geração dos pequenos, Rania leu todos os livros de Harry Potter. Ela também escreve, e uma de suas obras entrou para a lista de best-sellers do New York Times. A rainha consorte sempre buscou lembrar aos filhos que eles devem ser gentis com aqueles que são menos afortunados na vida.
A família real está sempre à vista de todos, mas as vezes, como admite a própria Rania, eles conseguem escapar das atenções. E então, ela, o marido e as crianças vão fazer um piquenique. O rei da Jordânia, segundo sua esposa, prefere relaxar praticando mergulho e descobrir os recifes do Mar Vermelho, e depois fazer um churrasco na praia.
O principal tesouro da Jordânia
Rania é considerada por muitos como a mulher mais bonita do mundo e a principal musa para Giorgio Armani, e muitos concordam com ele. Ela também recebeu vários outros títulos não oficiais, como ícone do estilo, maior e mais elegante beleza do mundo e Jacqueline Kennedy do Oriente Médio. Também é considerada como uma das mulheres mais influentes do planeta.
Ela cria as próprias regras de moda: ao contrário do que muitos pensam acerca das proibições rígidas no Oriente Médio, não usa apenas vestidos fechados, e frequentemente veste calças e aparece com a cabeça descoberta. Rania também se comunica abertamente na internet. Sua página no instagram tem mais de 5,5 milhões de seguidores, e em 2011 a Forbes a reconheceu como a rainha das redes sociais.
Mãe, esposa, rainha e ainda coronel do exército da Jordânia, Rania sempre foi capaz de exercer tarefas contraditórias. Talvez não seja por acaso que o princípio que a guia em qualquer situação seja procurar um equilíbrio entre o que fala o coração e o que aconselha a consciência.
Apesar da semelhança da história de Rania com o conto de fadas da Cinderela, ela não cruzou os braços e apenas aproveitou a vida da realeza quando se tornou rainha consorte.
E você, o que acha, para quem a vida é mais complicada: para as celebridades que estão sempre no centro das atenções ou para as pessoas “normais”?