A cidade onde as pessoas vivem no subterrâneo + 8 lugares inexplorados
As condições nesta ilha misteriosa podem nos ensinar como podemos viver em Marte um dia! A Ilha Devon é, até hoje, a maior ilha desabitada do nosso planeta, localizada no arquipélago ártico canadense. E é fácil ver por que as pessoas acham impossível morar aqui: o solo fica congelado durante todas as estações. A parte oriental é coberta por uma espessa calota de gelo durante todo o ano. Os verões aqui duram menos de 50 dias e, quando falo em verão, quero dizer que o solo fica sem neve e as temperaturas ficam ligeiramente acima de 8 °C. Como quase não há plantas crescendo aqui, não há animais que possam ter se adaptado a essas condições. É por isso que os cientistas comparam esta ilha com o que seria viver em Marte.
Em 2001, começou um projeto aqui na Ilha de Devon, procurando descobrir como as pessoas poderiam viver e trabalhar em outros planetas, particularmente em Marte. Se chama Projeto Haughton Mars e proporcionou aos cientistas da NASA oportunidades únicas de estudo. Existem poucas opções aqui em termos de logística e transporte, e a comunicação com pessoas que moram fora da ilha também é um pouco mais difícil. Os especialistas acreditam que, se conseguirmos encontrar soluções para viver nessa ilha, também será possível em Marte. Pense nisso como um campo de treinamento espacial com a base aqui!
As Ilhas Pitcairn podem ser encontradas no meio do Oceano Pacífico. Se você é fã de aventuras e destinos remotos, este é o seu lugar. Mas você vai precisar se preparar para a viagem, já que nenhum avião chegou a este lugar. A única maneira de chegar às Ilhas Pitcairn é fazendo uma viagem de barco de 32 (trinta e duas) horas. Não é de admirar que apenas 50 pessoas vivam aqui.
Sua história também é muito interessante: um grupo de pessoas se estabeleceu aqui no século 18 após uma missão marítima fracassada. Até hoje, todos os moradores da ilha são descendentes desse grupo inicial. A vida não é fácil aqui. Se precisam consultar um médico, por exemplo, precisam viajar para a ilha de Fiji ou para a Nova Zelândia.
Agora vamos para o México, onde a tecnologia recente permitiu aos cientistas explorar alguns cenotes fascinantes, que antes eram desconhecidos. Eles também são chamados de sumidouros e nos permitem ver corpos d’água subterrâneos.
Uma equipe de arqueólogos, mergulhadores de cavernas, fotógrafos subaquáticos e biólogos se reuniu para explorar e documentar a extensa rede de sumidouros localizada na Península de Yucatán. Um dos melhores pontos está localizado sob a pirâmide principal no sítio arqueológico de Chichen Itzá. No total, os cientistas irão explorar cerca de 6.000 cenotes espalhados por toda a região.
Todo o projeto é importante não apenas pelas descobertas geológicas, mas também pela conexão com o povo maia e sua cultura. Esses achados recentes revelaram que, para os maias, esses sumidouros não eram simples fontes de água. Eles ditaram a maneira de como fizeram suas construções e tiveram um grande impacto em suas vidas espirituais também.
A montanha mais alta do mundo é o Monte Everest, claro, e ele já foi explorado por cientistas e turistas e não tem muitos segredos. O misterioso Gangkhar Puensum, por outro lado, é a montanha não escalada mais alta do nosso planeta. A razão por trás dessa situação incomum não é por causa de sua distância ou condições adversas. Pelo contrário, pois é contra a lei local escalá-lo!
Ele está localizado no território do Butão, no sul da Ásia, e o nome da montanha se traduz como “Pico Branco dos Três Irmãos Espirituais”. A tradição local diz que os picos das montanhas não devem estar disponíveis para os humanos e devem ser deixados para os espíritos superiores. As montanhas nesta região só podem ser escaladas até 6.000 metros, mas o Gangkhar Puensum chega a 7.500 metros. Por esse motivo, não há registro oficial de nenhum humano atingindo o pico. Quase todas as expedições anteriores foram inexplicavelmente interrompidas no meio do caminho.
O próximo local inusitado deve estar na lista de desejos de qualquer apaixonado por viagens: a ilha de Madagascar! Para começar, estima-se que cerca de 90% das espécies de plantas e animais que aqui se encontram não podem ser vistas em nenhum outro lugar do mundo. Mas há uma pequena parte da ilha que tem intrigado turistas e cientistas: a floresta de pedras. Ela pertence ao Parque Nacional Tsingy de Bemaraha e apresenta formações calcárias únicas. Elas se parecem com milhares de torres pontiagudas que se estendem por centenas de metros no ar. A distância entre essas formações pode variar de alguns centímetros até o comprimento de uma rua. Por mais bonito que seja, é muito difícil chegar aqui: você leva alguns dias para chegar a partir da cidade mais próxima. Depois de chegar ao parque, é bem complicado de explorar também. Pode levar um dia inteiro para percorrer apenas 800 metros. A própria palavra “tsingys” se traduz em “onde não se pode andar descalço.”
Para visitar a vila mais remota do mundo, você precisa se preparar para uma viagem e tanto. Dos Estados Unidos, por exemplo, a rota mais fácil envolve um voo de 15 horas até a Cidade do Cabo, na África do Sul, seguido de uma viagem de barco de seis dias até Tristão da Cunha. Ou você pode fazer um cruzeiro de um mês pelo Oceano Atlântico Sul, o que ficar melhor. Planejar com antecedência é essencial, já que apenas nove visitas de barco são feitas à ilha por ano. Ela tem apenas 11 quilômetros de comprimento e fica bem no meio do Oceano Atlântico Sul, se estendendo por apenas 98 quilômetros quadrados. Aqui moram pouco mais de 200 residentes, e todos vivem da agricultura. Eles têm serviço de internet, mas é muito lento. Seus habitantes falam um dialeto do inglês que é usado pelo menor número de pessoas no mundo.
A cidade de Coober Pedy, na Austrália, é parcialmente subterrânea. Tudo começou em 1915, quando depósitos de opala foram encontrados na região. Até hoje a cidade ainda é a maior mina de opala do mundo. As pessoas que moram aqui descobriram que seria mais confortável ficar no subsolo, já que as temperaturas acima do solo podem chegar a 51 °C. Portanto, as instalações agora têm lojas e galerias subterrâneas. Coober Pedy também abriga o primeiro hotel subterrâneo 4 estrelas do mundo!
A Ilha Sentinela do Norte, localizada perto da Índia, é outro lugar bastante remoto. Não pelo tempo que leva para chegar lá ou pelo clima. Mas porque é o lar da tribo mais misteriosa do mundo. A população que vive aqui é estimada entre 50 a 400 pessoas e é conhecida por não ter nenhum contato com o mundo exterior. Isso ocorre principalmente porque os locais não gostam muito dos visitantes e tendem a afugentá-los, prejudicando até mesmo os turistas. Então, para proteger a eles e suas vontades óbvias, a ilha é monitorada pelas autoridades indianas locais. Acredita-se que o povo da tribo não tenha imunidade contra doenças modernas, portanto, entrar em contato com pessoas estrangeiras pode ser fatal para os habitantes locais.
Nestas ilhas francesas, não existem habitantes nativos. As Ilhas Kerguelen fazem parte das terras antárticas e abrigam apenas cientistas que visitam, alternadamente. Em qualquer época do ano, não há mais de 100 pessoas aqui, e a maioria são engenheiros e pesquisadores. Não há avião para te levar até essas ilhas e poucos turistas já visitaram. A ilha é coberta por geleiras e o solo aqui não é favorável para plantas ou animais. Mas se você está curioso para saber como é esse lugar, precisará de tempo e dinheiro para concluir a viagem. Você só consegue chegar na ilha de navio, que chega às margens de Kerguelen apenas quatro vezes por ano. Não é barato ficar nestas ilhas e com certeza você não encontrará hotéis de 5 estrelas aqui. A viagem sai de Réunion e leva cerca de 28 dias para chegar até a primeira ilha. Metade do tempo será passado no mar, então esteja preparado para percorrer mais de 9.000 quilômetros do Oceano Índico.