9 Particularidades de pessoas que têm altas probabilidades de viver por muitos anos
Costuma-se dizer que uma pessoa é longeva quando supera os 100 anos, mesmo que, para alguns, esse não seja o limite. Os geneticistas estão estudando de perto os casos desse tipo para compreender o que diferencia os longevos das pessoas “comuns”, e realmente encontraram algumas características que podem fazer a diferença.
O Incrível.club adora as novas teorias médicas, especialmente se podem ajudar a prolongar a vida. Neste post, selecionamos para você uma lista de características que as pessoas longevas geralmente têm em comum. Algumas delas são inatas, outras são aplicáveis a qualquer um de nós, pois requerem apenas mudanças de hábitos.
1. Predisposição genética
“Minha avó tem 92 anos. Me presenteou com um quadro em que estou com meu gatinho favorito”.
Os genes são a primeira coisa pela qual os cientistas se interessam quando se trata das pessoas longevas. E, mesmo que não tenham encontrado “genes da longevidade” específicos, existem algumas semelhanças entre essas pessoas. A maioria dos que superaram a barreira dos 100 anos é constituída por pessoas que têm parentes próximos que também viveram uma longa vida. Por exemplo, na família de Jeanne Calment há cinco gerações de pessoas longevas.
Além disso, os cientistas descobriram uma série de mutações genéticas similares que foram encontradas em pessoas que viveram durante 100 anos ou mais. Talvez por isso a idade biológica desses elementos seja de 10 a 30 anos menor que a cronológica.
2. Alimentação moderada
Um peso normal e uma nutrição modesta são as duas coisas que diferenciam todos os longevos dos demais. Os japoneses, entre os quais está a maior porcentagem de pessoas centenárias, têm a opinião popular de que é preciso “encher-se” em 80%, ou seja, é preciso levantar-se da mesa com um pouco de fome, e não totalmente satisfeito. Os longevos conhecidos de outros países confirmam essa teoria: nem todos comem de uma maneira perfeitamente saudável, mas o índice de massa corporal de cada um deles está ligeiramente abaixo da média.
3. Dietas mediterrânea e japonesa
A expectativa de vida mais longa é a dos habitantes do Japão, e a mulher mais velha do mundo viveu no sul da França. Os nutricionistas reconheceram que esses lugares do Planeta são os mais benéficos em termos de dieta. Os japoneses comem muito peixe e frutos do mar, enquanto os franceses consomem o azeite de oliva e muitos legumes, verduras e frutas. Tudo isso é muito mais saudável que as carnes vermelhas assadas, os molhos gordurosos e outros pratos que são populares em muitos países, como é o caso do nosso.
4. Atividade social
Os longevos se destacam pela ausência das mudanças mentais características das pessoas de sua idade. Não sofrem de Mal de Alzheimer nem têm outros tipos de dano cerebral. Muitos cientistas acreditam que, junto com a genética, a preservação do cérebro garante sua atividade na sociedade. Por exemplo, a americana Gertrude Weaver deu aulas para aposentados mesmo depois de completar 115 anos. A maioria dos longevos continua trabalhando e participando de atividades sociais até uma idade muito avançada.
5. Exercícios regulares
A atividade física constante realmente ajuda a prolongar a vida significativamente, e aqueles que superaram os 100 anos são uma confirmação desse fato. A maioria deles fazia esportes desde sua juventude e manteve esse hábito na velhice. Jeanne Calment, por exemplo, andou de bicicleta e praticou esgrima até os 100 anos.
6. Atividade intelectual
Com a idade, manter a atividade intelectual se torna mais difícil. No entanto, aqueles que vivem muito tempo e permanecem em sã consciência continuam fazendo isso até uma idade muito avançada. Quase todos os centenários mantiveram uma consciência clara até a morte: os pesquisadores registraram que, até mesmo aos 115 anos, muitos deles podiam resolver problemas matemáticos e ler livros muito complexos. A falta de atividade intelectual acelera o envelhecimento do cérebro e contribui para o desenvolvimento de problemas em seu trabalho.
7. Comunicação com pessoas mais jovens
Os cientistas descobriram que, na idade adulta, a comunicação com os jovens tem um efeito positivo no estado psicológico e permite que a pessoa se sinta mais jovem. Aqueles que trabalham muito ou se comunicam com os mais novos muitas vezes se sentem melhor que seus contemporâneos.
Além disso, a comunicação com a geração mais jovem faz com que a pessoa se sinta mais útil e importante. Falando em longevidade, Marie-Simone Capony, que viveu 113 anos, nunca teve filhos, mas criou seus sobrinhos e sobrinhas, trabalhou como bibliotecária até uma idade muito avançada e amava conversar com as pessoas.
8. Rica vida espiritual
Quase todos os centenários costumam acreditar em Deus e são devotos de algum tipo de religião. Os cientistas confirmam: o desenvolvimento da espiritualidade realmente pode prolongar a vida, independentemente se a pessoa é católica, budista ou tenha alguma outra religião. Isso porque não é a religião em si o que ajuda, mas sim a comunidade espiritual em que a pessoa está inserida. Aqueles que participam ativamente na vida de sua comunidade ou organização religiosa por regra geral têm um círculo de contatos bastante amplo. Por sua vez, aqueles que têm proximidade com pessoas que tenham os mesmos objetivos se sentem mais felizes, experimentam menos estresse e têm menos probabilidades de sofrer doenças cardiovasculares.
9. Trabalho ao ar livre
Muitos dos que viveram 100 anos ou mais faziam trabalho físico e passavam muito tempo na natureza. Os cientistas descobriram que em uma região da Grécia, onde a agricultura e o pastoreio de ovelhas eram os tipos de atividades predominantes, havia muito mais longevos que em outras partes do País. A mesma situação ocorria em outros países, como na Itália.
O mais provável é que o exercício regular, o contato com a natureza e a nutrição moderada ajudaram essas pessoas a se manter em forma e a viver mais tempo que seus compatriotas. Além disso, trabalhar na terra reduz o estresse, melhora o bem-estar e aumenta a autoestima. E para conquistar isso, não é necessário mudar radicalmente a rotina de atividades: basta adotar a jardinagem como passatempo, por exemplo.
Bônus: depois dos 80, o risco de desenvolver câncer e doenças cardíacas diminui
Ao estudar os centenários os cientistas chegaram a uma descoberta curiosa: é possível que, a partir de um certo ponto, a idade em si seja o fator que mais ajuda a viver mais tempo. As pessoas mais longevas não morrem de câncer ou de um ataque cardíaco, mas sim de causas naturais. Aqueles que superaram a marca dos 80 anos desenvolvem tumores malignos ou doenças do sistema cardiovascular com muito menos frequência. E são precisamente essas as duas causas mais comuns de morte de pessoas no mundo.
Ter uma vida longa é o sonho de muitos de nós. Mas, a julgar pela experiência daqueles que têm 100 anos ou mais, tornar isso realidade depende de nós mesmos em 50%. Você tem amigos ou familiares que tiveram uma vida bastante longa? Como eles viveram? Comente!