9 Hábitos de higiene nada práticos da antiguidade
O Incrível.club decidiu entrar em um assunto escrupuloso, mas muito curioso: como eram os costumes diários nos séculos passados. Vejamos como era feita a higiene pessoal e como cuidavam da beleza em vários lugares do mundo. Você acha que poderia ter sobrevivido na Idade Média? Deixe sua opinião nos comentários.
Sanitários
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Nos tempos antigos, as fossas eram usadas como sanitários, além de buracos fora da casa. Com a chegada das primeiras civilizações, surgiram as primeiras latrinas no formato de poços de pedra, cheias de areia.
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Na Roma antiga, até construíram sanitários públicos luxuosos, onde as pessoas batiam papo enquanto faziam o ’número 2′. Muito filosófico...
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Na Idade Média, a população, em relação a esse aspecto, passou a adotar costumes mais estranhos, usando urinóis de cobre, cujo conteúdo era simplesmente derramado sobre a via pública. Os aristocratas também usavam esses potes, mas de porcelana, chamados "bourdalou". Por sinal, às vezes, em lojas de antiguidades são vendidos como se fossem potes para molhos. Esperamos que você não tenha comprado isso!
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Felizmente, no Renascimento, os europeus criaram o sistema de esgoto. Em 1590, o sanitário foi inventado como hoje o conhecemos. Desde então, as coisas melhoraram.
Contraceptivos
Em 1494, a expedição de Colombo voltou da América e trouxe para a Europa um presente inesperado: a sífilis. Alguns anos depois, quase todos os países europeus sofriam dessa doença. Houve muitas tentativas de inventar um sistema de proteção, mas a época oficial em que o preservativo surgiu neste mundo remonta ao século XVII. Aparentemente, o médico da corte de Charles II da Inglaterra criou para os reis uns tampões feitos de intestino do boi com gordura para logo lançar uma produção em pequena escala de sua ’tataravó da camisinha’.
Barbear-se
A fim de não proporcionar abrigo para os insetos parasitas e não deixar ao inimigo nenhuma chance de agarrar a barba durante uma batalha, a humanidade começou a se barbear. Para isso, vários utensílios foram usados: desde pinças a conchas, facas de sílex, argila e cera (para remoção de pelos), colocando fogo, infusões de ervas picantes. Mais tarde usaram punhais, machados e até sabres. O processo era frequentemente confiado aos barbeiros, porque nem todos ficavam tranquilos em executar uma tarefa que poderia acidentalmente cortar a garganta.
Absorvente íntimo
No antigo Egito, foram utilizados tampões feitos com um bastão de madeira coberto com papiro. Na Roma antiga, optaram por uma espécie de compressa de algodão, presa à roupa. Já na Europa medieval, as mulheres usavam uma bandagem de pano, que era mantida com alfinetes presos à saia. Até o século XX, o problema era resolvido com um tecido reutilizável. Mas a situação mudou durante a Primeira Guerra Mundial, quando as enfermeiras começaram a usar papel médico absorvente. Esse método foi copiado por todas as mulheres.
Acessórios para o cuidado bucal
A velha escova de dentes era uma barra de madeira semelhante a uma escova áspera em uma extremidade (para escovar) e pontiaguda na outra (para limpar), ou um pano com giz desintegrado ou simplesmente carvão de bétula. Na Europa, escovar os dentes por um longo período de tempo era considerado uma ocupação indecente, mas, após o tratado sobre "vermes dentários" (as cáries) no século XVII, a população ficou assustada. Em 1780, começou a produção em série de escovas e, no século XX, foram criados modelos com fibra sintética, em que as bactérias não se proliferam.
Desodorante
As substâncias que impediam o cheiro do suor foram inventadas na antiguidade (no Oriente e no Egito): óleos aromáticos especiais. Na Ásia, optaram pelo sal. Na Europa, no século XVI, apareceu o perfume, especificamente para fins de desodorização. O desodorante moderno foi inventado em 1880 nos Estados Unidos. Já em 1930, a empresa ARRID criou uma linha com aplicador de bola (roll on) e 5 anos depois apareceu o primeiro antitranspirante.
Alisador de cabelo
Nada mais para adicionar. O alisamento era feito com um ferro de passar roupa.
Fraldas
Na antiguidade, em vez de usar fraldas, as pessoas usavam erva seca, musgo, palha e cinzas como substâncias absorventes. Tudo isso era vendado com pedaços de pano ou pele animal (dependendo do clima). O protótipo de uma fralda moderna foi inventado pela editora da revista Vogue, Marion Donovan, quando ela estava atrasada para o trabalho, porque tinha de trocar seu bebê rapidamente. Mas a ideia de fazer uma fralda descartável era então considerada louca. Foi necessário esperar até 1961, quando surgiram as primeiras fraldas descartáveis Pampers.