18 Pessoas que sentiram na própria pele como crianças são capazes de acreditar em qualquer coisa
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Durante a infância e ao ler livros de história, muita gente tentava imaginar como eram as grandes personalidades do passado. Hoje, o cinema nos oferece a chance de dar vida a essas figuras históricas. Mas será que as representações na tela condizem realmente com os fatos? Reunimos nove personalidades históricas que, por influência dos filmes, acabamos imaginando de uma forma bem diferente do que elas realmente eram.
A saga de Hugh Glass, vivida por Leonardo DiCaprio em O Regresso, é tão impressionante que parece ficção, mas tem raízes na realidade. Suas aventuras começaram por volta dos 30 anos, quando ele atuava como pirata na costa do Texas, EUA. Após fugir com um companheiro, nadou quase 3 km e percorreu mais de 1.600 km até St. Louis, mas acabou sendo capturado por indígenas Pawnee. No entanto, conseguiu ganhar a confiança da tribo com presentes e foi acolhido como um dos seus.
Embora o filme retrate sua história com intensidade, os ferimentos causados pelo ataque do urso foram ainda mais brutais na vida real. Diferente da trama, Glass não buscava vingança pela morte de um filho, mas sim recuperar seus pertences. Quando finalmente encontrou os homens que o abandonaram, decidiu poupá-los — uma vez por misericórdia e outra porque um deles havia se alistado no Exército, segundo a lenda.
Joana d’Arc é uma heroína nacional e padroeira da França. Em pouco tempo, conquistou a admiração e o respeito da sociedade, tornando-se um símbolo marcante da defesa da nação francesa.
No cinema, ela costuma ser retratada como uma jovem loira de olhos claros. No entanto, diversas fontes históricas indicam que a Donzela de Orleans tinha cabelos negros e olhos escuros, destoando da imagem popularizada pelas telonas.
Júlio César foi um dos maiores generais e estadistas romanos, desempenhando um papel fundamental na transição da República Romana para o Império. Sua influência moldou a história de Roma de maneira decisiva.
No filme Asterix nos Jogos Olímpicos, ele foi interpretado pelo renomado ator Alain Delon, cuja aparência difere bastante da real. Registros históricos indicam que César possuía uma testa alta, nariz proeminente e rosto alongado, características bem distintas da imagem idealizada que muitas adaptações costumam apresentar.
Henrique VIII é mais lembrado por suas seis esposas e seu lendário apetite. No entanto, seu reinado marcou profundamente a história da Inglaterra, com a ruptura com Roma, a Reforma e a Dissolução dos Mosteiros, consolidando a independência do país. No filme A Outra Bolena, o rei é retratado com cabelos escuros e porte mediano, mas, na realidade, Henrique VIII tinha cabelos ruivos e uma constituição robusta, bem diferente da versão apresentada na tela.
A última governante do Reino Ptolemaico do Egito é lembrada por sua beleza, mas seu verdadeiro destaque ia muito além da aparência. Cleópatra era uma mulher extremamente inteligente e perspicaz, qualidades que trouxeram prosperidade e estabilidade a um país fragilizado e dividido. Além de sua influência política, ela ficou marcada por seus envolvimentos com Júlio César e Marco Antônio.
No cinema, Cleópatra costuma ser retratada como uma mulher deslumbrante, com traços perfeitos. No entanto, moedas e bustos da época revelam uma imagem um pouco diferente. De acordo com diversas fontes, ela possuía um nariz adunco, característica que talvez não se encaixe nos padrões modernos de beleza. Ainda assim, isso não a impediu de exercer seu poder e manipular figuras influentes a seu favor.
Xerxes I foi um rei persa e o quarto “Rei dos Reis” do Império Aquemênida, filho do grande rei Dario I. Como sucessor de seu pai, seus principais objetivos incluíam consolidar o poder no Egito e na Babilônia, além de submeter a Grécia, com o desejo de punir Atenas e outras pólis pela forte resistência durante o reinado de Dario. No filme 300, Xerxes é retratado como um homem careca e adornado com várias joias, mas a realidade histórica mostra uma figura bem diferente. Segundo fontes da época, ele tinha uma barba espessa e cabelos longos, características bem distintas da imagem criada pelos cineastas.
Nefertiti foi uma rainha da 18ª dinastia do Antigo Egito, esposa real do faraó Akhenaton. Juntos, eles promoveram o Atenismo, a primeira forma conhecida de monoteísmo, centrada no disco solar. Durante seu reinado, ela governou testemunhando e sendo uma das responsáveis por um dos períodos mais prósperos e bem-sucedidos da história egípcia. Ela não só deu à luz seis filhos, mas também apoiou seu marido em todas as suas iniciativas.
Por muitos anos, diversas atrizes tentaram retratar a grande rainha, mas deixaram passar um detalhe muito importante: Nefertiti não era de pele branca, como alguns acreditam. Além disso, é provável que ela tivesse cabelos grossos e cacheados sob seu cocar, algo bem típico da região.
Napoleão Bonaparte foi o primeiro imperador da França. Ele era frequentemente descrito como um homem de baixa estatura, com uma testa alta e olhos profundos. É interessante notar que o filme conta a história da carreira do grande comandante, que começou aos 24 anos, mas ele é interpretado por um ator que já tinha passado dos 30.
O filme A Múmia de 1999 e suas várias sequências e derivados são inspirados pela verdadeira história egípcia. O verdadeiro Imhotep foi um vizir, arquiteto e astrólogo durante o reinado do rei Djoser, que governou de 2630 a 2611 a.C. Imhotep é creditado como o criador do monumento de pedra mais antigo do mundo, uma pirâmide em Saqqara. Conhecido nas inscrições como o chefe dos videntes e escultores, ele também construiu uma reputação como médico altamente qualificado. Sua expertise na medicina o levou à sua deificação como um deus da cura, posição que ele manteve por séculos tanto no Egito quanto na Grécia.
Enquanto isso, Anck-su-namun era uma princesa egípcia, e não uma concubina. Seu verdadeiro nome era Ankhesenamun, e ela era filha do faraó Akhenaton e da rainha Nefertiti. Posteriormente, casou-se com o faraó Tutancâmon. Ao contrário da personagem Anck-su-namun em A Múmia, ela viveu por volta de 1300 a.C., enquanto a vida de Imhotep se deu no século 27 a.C. Dessa forma, embora Ankhesenamun tenha sido uma figura histórica real, ela não poderia ter conhecido Imhotep, muito menos se apaixonado por ele.
Os fatos históricos sempre nos surpreendem com eventos tão inusitados que parecem saídos de obras de ficção. Imagine presenciar uma chuva de animais caindo do céu ou descobrir que um rei usou táticas engenhosas para popularizar a batata entre seus súditos. E que tal uma jornalista que, desafiando as convenções de sua época, deu a volta ao mundo em menos de 80 dias? Esses são apenas alguns exemplos de acontecimentos verídicos que desafiam nossa imaginação.