8 Armadilhas do cérebro que nos impedem de ganhar mais dinheiro
Às vezes, nosso cérebro gosta de aprontar umas “pegadinhas” conosco. Estamos falando das chamadas distorções cognitivas, que filtram nossa consciência e nos impedem de enxergar o mundo como ele realmente é. Algumas delas afetam nossa carreira profissional e até mesmo nossa vida financeira. E não de uma forma positiva.
O Incrível.club sempre gosta de abordar conhecimentos que nos ajudam a ver coisas familiares sob uma nova perspectiva. À primeira vista, todos esses fenômenos parecem ser bem naturais, mas ainda assim, podem influenciar muito nossas vidas. E as 8 armadilhas da consciência que você verá a seguir são evidências diretas disso.
1. Correlação ilusória
Imagens marcantes com as quais nos deparamos na vida tendem a permanecer em nossa memória por muito tempo. Elas não apenas permanecem, como afetam nossas escolhas posteriores, construindo interconexões (criando uma dependência de correlação) entre coisas completamente diferentes entre si. É por esse motivo que tal efeito é chamado de ilusório. Por exemplo, durante uma entrevista, um chefe pode associar a imagem de um candidato à vaga à de um ex-funcionário relapso. E apenas pelo fato de os dois terem uma forma parecida de falar. O resultado disso pode ser a dispensa de um ótimo profissional com base na correlação ilusória.
Como você pode ver, isso pode interferir em processos de recrutamento e de busca por um novo emprego. Podemos ainda ser levados a perder contratos vantajosos e enxergar nossos colegas de trabalho e subordinados de uma forma muito subjetiva.
2. O efeito terceira pessoa
O impacto desse efeito psicológico se expressa no fato de que uma pessoa acredita que a publicidade, a propaganda e outros métodos de persuasão afetam a maioria das outras pessoas, mas que ela mesma é uma exceção a essa regra, e que suas opiniões se baseiam exclusivamente na experiência de vida e em dados concretos — e, por isso, são mais confiáveis. Em consequência, ela subestima o grau de influência das fontes de informação sobre si mesma. Isso pode interferir negativamente na tomada de decisões, afetando o crescimento profissional e a renda.
Suponhamos que, inicialmente, você criticava as pessoas que se mudavam definitivamente para a Europa, mas depois de ler alguns blogs interessantes sobre o assunto, sente o desejo de começar a também fazer as malas.
3. Efeito Dunning-Kruger
Esse paradoxo consiste no fato de que as pessoas com pouca habilidade costumam cometer erros e nem sequer se dão conta deles. Caso alguém informe sobre o erro cometido, o mais provável é que a pessoa não compreenda, já que não faz ideia de qual opção seria a correta. Sua autocrítica não é desenvolvida, e isso leva ao surgimento de ideias exageradas sobre as próprias capacidades. Preso dentro de suas ambições, o indivíduo pode assumir atividades que estão fora de seu alcance.
Já as pessoas que são realmente muito qualificadas, pelo contrário, tendem a subestimar as próprias habilidades, considerando que os outros são mais competentes. Por conta disso, acabam perdendo boas oportunidades de trabalho por falta de coragem de tentar.
4. Efeito de contexto
O entorno influi na maneira como percebemos a realidade. Quando o ambiente é agradável e confortável, tendemos a perceber a informação obtida ali de forma mais positiva. E quando as circunstâncias são negativas, acontece o contrário. Por exemplo, talvez não estejamos satisfeitos com nosso salário nem com as atividades desenvolvidas no trabalho, mas aceitamos continuar no emprego porque o escritório é moderno e aconchegante, a equipe de trabalho é amigável, e a empresa fica perto de nossa casa. Porém, o que é realmente mais importante entre tudo isso?
5. Princípio de Pollyana
O fenômeno psicológico foi batizado dessa maneira em referência à personagem principal de um livro de Eleanor Porter. Segundo a obra, as pessoas tendem a aceitar, no primeiro momento, as mensagens positivas, sejam dirigidas a elas ou relacionadas a elas de forma indireta. Tal percepção leva ao fato de que uma pessoa pode enxergar o mundo sob uma ótica exageradamente favorável.
A capacidade de perceber a crítica adequadamente e aprender com ela é uma característica muito útil, já que, quando nos guiamos corretamente por ela, podemos crescer tanto pessoal quanto profissionalmente.
6. Subestimar a inação
Esse erro de nossa mente consiste no fato de que as pessoas tendem mais a prever resultados das ações adotadas, e não de sua inação. Na compreensão da maioria de nós, apenas as ações podem levar a determinado resultado, e não a falta de atitude. Assim, subestimamos as consequências do tempo de inatividade de qualquer tipo, e podemos obter resultados jamais esperados.
As esperanças de que as coisas importantes, porém desagradáveis, se resolverão por conta própria, têm poucas chances de se tornarem realidade. Porém, adiá-las afeta negativamente nossa carreira e a recompensa financeira.
7. Efeito do investimento perdido
Essa distorção cognitiva consiste no seguinte: quanto mais dinheiro é gasto, mais difícil será parar de gastar. Por exemplo, um jogador em um cassino muitas vezes não consegue parar de jogar por pensar no dinheiro já apostado. Assim, ele continua bancando as apostas na esperança de recuperar tudo. Mas isso só leva ao fato de que o valor do prêmio hipotético aumenta, mas sem nenhuma garantia de que será possível ganhá-lo.
No âmbito profissional, esse efeito se expressa no fato de que podemos estar envolvidos em projetos que já mostraram não ser rentáveis, mas sentimos pena pelos esforços e dinheiro já investidos. Portanto, continuamos sem mudar nossas atitudes.
8. O efeito do momento atual
Muitas pessoas têm dificuldades de relacionar o nós de hoje com o nós de amanhã. Então com frequência nos permitimos fazer hoje aquilo de que gostamos. Ao mesmo tempo, podemos descuidar do fato de que nossos desejos momentâneos são contrários aos nossos planos para o futuro.
No nível profissional, isso pode ser afetado por não realizarmos as ações que nos levariam gradualmente aos nossos objetivos. Dia após dia, adiamos o que poderia ser feito hoje.
Você já notou algum desses efeitos sobre si mesmo? Comente!