8 Dicas para escolher peixe congelado saudável

Dicas
há 1 ano

A Organização Mundial da Saúde recomenda aumentar a ingestão de peixe, já que o alimento reduz o risco de desenvolver câncer. Mas como escolher um produto saudável e de qualidade?

Muitos mitos e boatos envolvem o consumo de peixe, e eles podem acabar nos impedindo de fazer a escolha certa. Para verificar isso, o Incrível.club reuniu as perguntas mais comuns e as respectivas respostas certas para que você possa levar para casa um peixe saudável e saboroso.

1. Refrigerado ou congelado?

O peixe refrigerado, que é apresentado nos supermercados de uma forma atraente, é obtido a partir do alimento fresco, que é congelado após a pesca sob determinada temperatura. É preciso saber três coisas sobre ele:

  1. Quase todos os peixes refrigerados vêm da aquicultura: o peixe é criado em cativeiro.
  2. É frequente encontrar, sob a aparência de peixe fresco refrigerado, o peixe descongelado.

Por isso é melhor se informar, ao comprar o produto, sobre o lugar de pesca. Quanto mais longe, maior é a chance de você estar comprando um peixe descongelado com cara de refrigerado. É sempre melhor comprar peixe refrigerado local.

2. Como distinguir o peixe congelado do fresco com base em seu sabor e composição?

Uma empresa norueguesa de pesquisas realizou uma série de experiências e anunciou que o peixe congelado não é diferente do fresco em relação ao teor de vitaminas e outras substâncias importantes. O sabor do peixe congelado pode ser mais seco, mas ele certamente não terá parasitas, algo que não é tão certo assim quando o assunto é peixe fresco. Obviamente, estamos falando de um alimento congelado e armazenado do jeito certo.

O aspecto estranho do peixe, como o da foto acima, por exemplo, não indica necessariamente que ele seja de má qualidade, pois muitas vezes o alimento é congelado em blocos nas embarcações, o que compromete a aparência. Porém, um peixe grudado no outro pode indicar que o alimento foi descongelado e, em seguida, novamente congelado. Para atestar o frescor do peixe congelado, coloque nele uma faca previamente aquecida e, depois, cheire o objeto. Caso sinta um forte odor desagradável, é porque o alimento foi congelado em mal estado.

Para manter os nutrientes importantes ao máximo, é preciso descongelar o peixe na geladeira, cozinhando-o logo depois.

3. Peixe inteiro ou em filés?

Segundo dados de uma entidade internacional de proteção aos oceanos, cerca de 20% de todos os peixes encontrados no mercado são falsos, e os filés são ainda mais fáceis de serem alterados. Por exemplo, é comum ver badejo barato sendo vendido como se fosse filé de bacalhau. Ou truta salmonada sendo vendida como salmão. Por isso, se tiver a possibilidade de escolher, prefira peixes inteiros, que dificilmente são falsificados.

Se ainda assim você quiser comprar filés, opte por aqueles com pele. Mas antes, verifique qual a aparência normal da pele daquele peixe. Por exemplo, a pele do bacalhau é cinza-esverdeada, com uma listra escura e longitudinal.

4. Qual o tamanho ideal da camada de gelo e o que ela diz?

Segundo a lei vigente em boa parte dos países, a camada de gelo não deve responder a mais de 5% do peso total do peixe, mas às vezes a informação indicada na embalagem não condiz com a realidade. Assim, bata o peixe numa superfície dura. Se a camada de gelo apresentar fissuras, é porque tem mais de 5%.

A aparência externa do gelo pode dizer muito sobre a qualidade do peixe. Se a superfície do gelo apresentar sinais de derretimentos e rachaduras, é porque ele foi congelado e descongelado várias vezes. Uma camada amarelada indica que o peixe não é fresco.

5. O que conferir na embalagem?

Em muitos países do mundo, a partir de setembro de 2017 a embalagem dos peixes congelados precisa trazer a informação sobre o local de pesca e de beneficiamento do produto. Essa informação é especialmente importante para quem vai comprar filés, pois se a localização do beneficiador ficar muito longe do lugar de pesca, indica que o peixe foi transportado congelado, depois descongelado para o preparo de filés, e novamente congelado. O valor nutritivo de um peixe nessas condições é bem questionável.

Além disso, a embalagem precisa informar a composição do alimento, e é melhor escolher o produto que não tenha nada além de água e peixe. A substância E-452 indica que o peixe tem polifosfatos, que retêm a umidade do produto.

6. Como identificar os polifosfatos no peixe?

Muita gente já se viu nessa situação: após descongelar um filé de peixe, em vez do quilo comprado, sobram 500 ou 600 gramas. O aumento artificial do peso não é possível com ajuda da camada de gelo, e sim com polifosfatos que mantêm a umidade dentro dos músculos. A presença dessas substâncias, quando não indicada na embalagem, pode ser notada por meio de um intenso brilho no filé. Quando frito, o peixe com polifosfatos solta bolhas e adquire uma coloração acinzentada.

7. Que substâncias prejudiciais o peixe pode ter?

Além de fosfatos, o peixe pode conter outras substâncias químicas prejudiciais. Especialmente o peixe panga costuma ser rico em surpresas desagradáveis, já que é criado no rio Mekong (foto), que está na lista dos rios mais poluídos do mundo. As análises do peixe no Vietnã revelam, sem considerar os polifosfatos, um alto nível de mercúrio, a presença de amoníaco e do antibiótico enrofloxacina. Além disso, no peixe foram achadas animas biogênicas, substâncias formadas a partir do armazenamento inadequado.

8. Que peixe é melhor não comprar?

Além do peixe do Vietnã, há outros tipos, tanto entre os pescados na natureza quanto entre os de criadouro, cujo consumo deve ser reduzido ao mínimo. O problema do peixe selvagem é o contágio por mercúrio. Aliás, o peixe é um dos principais responsáveis pelo contágio de pessoas com esse metal. E outro dado interessante é que os animais mais velhos contêm mais mercúrio, sendo que entre as espécies mais arriscadas estão perca dourada, peixe-espada, tubarão, cavala, atum e peixe-relógio.

O problema com a aquicultura é a pobre combinação de elementos nutritivos, em decorrência das peculiaridades da dieta e do habitat do peixe. Por exemplo, o salmão de cativeiro contém menos gorduras saudáveis que o selvagem. Sem falar que é alta a possibilidade de os animais terem recebido doses de estimulantes do crescimento e antibióticos. Os peixes mais criados em cativeiro são salmão, carpa, bagre, dourado, tilápia, peixe panga, linguado e robalo.

Depois de todas essas informações, vem a pergunta: então, que peixe comer, afinal? As melhores opções são arenque, merluza, badejo e sardinha. Entre os salmonídeos, prefira peixe branco, salmão vermelho e salmão do Atlântico. As espécies mencionadas não são criadas em cativeiro em praticamente lugar nenhum, e na lista dos peixes contaminados por mercúrio, aparecem nas últimas colocações.

E você, de que tipo de peixe mais gosta? Comente!

Imagem de capa eastnews, depositphotos

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