8 Coisas que tiveram um início sem graça, mas agora dominam o mundo
Enquanto você caminha pela rua, está tudo calmo e silencioso, mas de repente um Tesla passa. O motor suave e silencioso o surpreende totalmente. Um grande exemplo de tecnologia avançada e futurista que vemos hoje. Mas essa não é uma ideia tão nova, e na verdade havia carros elétricos fabricados há mais de 100 anos! Em 1830, o escocês Robert Anderson desenvolveu uma carruagem motorizada que funcionava com eletricidade. Ele estabeleceu as bases para o automóvel elétrico. No entanto, na época, não havia como recarregar a bateria. Mas finalmente, em 1859, a recarregável foi inventada. Fabricantes na Europa e nos EUA começaram a desenvolver suas próprias versões do primeiro veículo elétrico comercial. O cavalo e a carruagem continuaram sendo o meio de transporte preferido. Mas a revolução automobilística havia começado!
No início, o carro elétrico teve uma forte concorrência de diferentes tipos de veículos movidos por meios alternativos, como gasolina e vapor. Mas os motores a vapor eram impraticáveis, pois necessitavam constantemente de um suprimento inesgotável de água e podiam levar até 45 minutos para ligar em climas frios. Os primeiros a gasolina eram muito barulhentos, difíceis de operar e produziam muitos gases sujos. A disponibilidade de petróleo durante o início dos anos de 1900 era muito baixa, tornando o combustível caro. Como a eletricidade se tornou prontamente disponível no período, os veículos elétricos rapidamente cresceram em popularidade. Até mesmo Thomas Edison entrou na onda e desenvolveu sua própria bateria de níquel-ferro, que era mais resistente e carregava duas vezes mais rápido que as baseadas em chumbo-ácido. Nova York, Boston e Londres tinham frotas de táxis elétricos. E em 1912 um terço de todos os veículos nos EUA eram movidos a energia!
Porém, havia um problema, pois a eletricidade só estava disponível nas cidades, restringindo os pontos de carregamento. Assim, era impossível dirigir para o interior ou outra cidade. Novos campos de petróleo logo foram descobertos, tornando o custo do combustível muito mais baixo. E logo os automóveis movidos a gasolina assumiram o controle com seus modelos recém-desenvolvidos que eram mais fáceis de operar. O elétrico ficaria então de lado pelos próximos cem anos.
A mídia social decolou em 2004 e rapidamente se tornou um evento que mudou o mundo. Começando com apenas alguns aplicativos e expandindo rapidamente para centenas, ela conecta bilhões de pessoas de todo o mundo. Mas o conceito foi inventado muito antes. Na Holanda do século 17, as pessoas carregavam um “album amicorum”, ou “livro de amizade”. Elas trocavam esses livros em eventos significativos, anotando piadas e enigmas, compartilhando notas e histórias. Basicamente qualquer comunicação escrita ou desenhada que fazemos hoje. Era algo muito popular, especialmente para os alunos das universidades, e em alguns casos foi proibido durante o horário de aula, assim como acontece com os telefones hoje!
A energia solar está crescendo rapidamente como fonte de energia alternativa. Hoje, há cerca de 92 bilhões de painéis em todo o mundo e essa é a terceira fonte renovável mais utilizada. Mas ela só começou a ser usada em larga escala recentemente, na década de 1980. Porém, em 1839 Edmond Becquerel descobriu o “efeito fotovoltaico” quando tinha apenas 19 anos. Esse é o processo de produzir uma corrente elétrica quando exposta à luz ou energia radiante. Mais tarde, em 1883, isso foi implementado em um condutor de trabalho que produziu os primeiros painéis de energia solar. Mas não foi para a frente, pois os painéis tinham apenas 1% de eficiência no armazenamento de eletricidade — hoje esse número é de 22%.
Ao se aproximar de uma máquina de venda automática para pegar alguns de seus doces favoritos, você ficará surpreso ao saber que esse complicado dispositivo tem sido usado na história da humanidade por centenas de anos. Já no século 1, um matemático e engenheiro grego conhecido como o Herói de Alexandria o inventou. E não por causa de figos ou qualquer outra coisa que se comesse naquela época, mas por água.
Entre as muitas civilizações ao redor do mundo, cada uma conseguiu desenvolver uma invenção útil semelhante: o banheiro. Compreensivelmente, as variações têm sido usadas já há 5 mil anos. Não exploraremos os designs anteriores e mais simples. Mas o primeiro com descarga foi criado em 1526, por Sir John Harrington. Com o encanamento interno ainda a ser desenvolvido, a água era trazida manualmente. O balde exigia até 28 litros de água para funcionar com eficiência. E se ela fosse escassa, o banheiro teria que ser usado cerca de 20 vezes antes de alguém dar descarga. Mas essa importante criação não seria feita comercialmente até a revolução industrial do século XVII, quando melhores encanamentos e drenagens se tornaram disponíveis.
Em 1925, um inventor escocês criou a televisão. As pessoas zombaram da ideia ridícula quando ele a demonstrou em Londres. E não foi considerada uma oportunidade comercial ou financeira. Em 1946, apenas 6.000 aparelhos haviam sido vendidos nos Estados Unidos. Ainda era considerado algo estranho as pessoas se sentarem alegremente em sua sala de estar para observar uma grande caixa de madeira. Mas apenas alguns anos depois, em 1951, esse interessante cubo de compensado cresceu em popularidade. Logo as vendas subiram para 12 milhões! Hoje, são cerca de 1,7 bilhão de aparelhos de TV em todo o mundo. Nada mal para uma caixa de madeira!
A máquina a vapor é uma das invenções mais influentes da história da humanidade. O uso da força produzida pela pressão dele para empurrar um pistão dentro de um cilindro desempenhou um papel vital na revolução industrial. Mais eficiente que o carvão e 75% mais barata de operar, essa energia foi crucial para o transporte de muitas mercadorias em todo o mundo com navios e trens. Ela tornou mais rápidas as viagens pelo oceano, estabelecendo recordes mundiais com cada novo navio a vapor lançado. A ideia era depender menos da mão de obra humana nos processos de fabricação, que só tinham sido planejados alguns anos antes do início da revolução industrial. A máquina a vapor havia sido inventada 1.600 anos antes, pela mesma pessoa que criou a de venda automática.
O Concorde foi o avião de passageiros mais rápido já usado na história da humanidade. Ele mantinha uma velocidade de quase 2.000 km/h por hora a uma altitude de mais de 18 mil metros. Voava quase duas vezes mais rápido que os jatos comerciais de hoje. Viajar de Nova York para Londres atualmente em um Boeing 747 leva cerca de 6 horas e 45 minutos. E o tempo mais rápido do Concorde foi de 2 horas e 50 minutos! Projetado e construído durante as décadas de 1950 e 1960, decolou pela primeira vez em 1969. Como voava a uma altitude maior em relação a outros jatos comerciais, não precisava seguir as mesmas rotas. Ali, os ventos não conseguiam impedir sua direção, garantindo um caminho reto mais suave. Quando os passageiros olhavam para as aeronaves mais baixas, a impressão era de que elas estavam voando para trás, tamanha a diferença de velocidade.
Com apenas 100 assentos disponíveis, havia um custo significativamente maior envolvido. O preço médio de uma passagem girava em torno de US$ 12.000. E ao voar mais rápido que a velocidade do som, produzia um estrondo, o que causou reclamações de pessoas no solo. Os custos de manutenção dos jatos eram muito altos. E o processo após cada voo levava 22 horas para cada hora no ar. Havia pós-combustores especiais para garantir que os Concordes decolassem da pista a tempo. Isso causava um enorme gasto de combustível — uma tonelada por assento. Ainda assim, esses custos não eram um problema no início, e o Concorde apresentou lucro constante. Mas depois de 27 anos, a novidade de voar em velocidades supersônicas passou. E as pessoas preferiram alternativas mais baratas. Em 2003, aconteceu o último voo de um Concorde. Mas hoje, com motores avançados e corpos de aeronaves mais leves, é acessível enviá-lo de volta aos céus. E uma empresa nos EUA está atualmente trabalhando para trazê-lo de volta em 2029.