Scheila Carvalho remove ácido hialurônico do rosto e se choca com o resultado: “Meu olhar abriu”

Quando se trata de inspiração, poucas coisas são tão poderosas quanto o amor, responsável por algumas das obras românticas mais marcantes do mundo. Mas nem toda arte nasce desse sentimento, muitas vezes, a dor e da tristeza é o sentimento que move os artistas, que transformam emoções difíceis em obras incríveis. Por isso, reunimos a história de 7 artistas que usaram sua arte como forma de lidar com a própria dor
“Expectativa / Realidade”
Esse filme retrata a dor causada pela idealização do amor. É um ótimo filme justamente por desconstruir a ideia romântica da “alma gêmea”. Afinal, por mais que alguém pareça perfeito, não significa que o relacionamento terá futuro. Michael H. Weber e Scott Neustadter, coautores do roteiro, sempre quiseram escrever uma comédia romântica, mas somente após Scott sofrer com o término de um relacionamento, ele teve a ideia de (500) Dias Com Ela. Como o próprio filme diz, esse não é um filme de amor, mas uma história de aprendizado sobre um amor idealizado.
O motivo de mencionarmos esses dois filmes ao mesmo tempo não tem nada a ver com a história que eles contam. Também não são a sequência um do outro e, possivelmente, não se passam no mesmo universo. A conexão está por terem surgido de um relacionamento fracassado entre seus respectivos diretores. Sofia Coppola e Spike Jonze foram casados por algum tempo e, embora seus filmes contem os dois lados da história, nenhum deles coloca o outro como vilão. Um exemplo de como, apesar da dor e do rompimento, o amor e o apreço podem perdurar.
Você já pensou em “e se” tivesse acoantecido? Pois bem, esse é o tema central do filme de Celine Song, que conta a história de duas pessoas e do amor que compartilhavam desde a infância e que se reencontram anos depois, já adultos e com a vida feita. Song menciona que a ideia por trás desse filme nasceu quando ela precisou atuar como tradutora do seu marido e seu amor de infância, uma situação claramente mostrada desde o início do filme até o final. É uma história agridoce de aceitação, pois algumas pessoas sempre terão um lugar em nossos corações, mesmo que não possam permanecer em nossas vidas.
Um dos maiores temas da arte de Frida Kahlo é seu relacionamento com o também pintor Diego Rivera. Especificamente, diz-se que Kahlo criou a pintura Las dos Fridas (As duas Fridas) como resultado do seu rompimento com Rivera. Nele, podemos ver como há duas versões da mesma pessoa, uma com o coração partido e exposto, a outra com o coração inteiro, mas ainda conectada à sua outra versão. É claro que, quando se trata de interpretação, sempre há várias leituras, mas podemos ver isso como um lembrete de que ainda somos a mesma pessoa após o rompimento, mesmo quando a dor nos transforma.
É claro que nem toda obra inspirada no luto nasce de um rompimento amoroso. Às vezes, também se origina da perda de um ente querido, como no caso de a A Tragédia, de Pablo Picasso. Essa obra faz parte do famoso “Período Azul” de Picasso, caracterizado por uma série de pinturas com tons azuis que transmitem melancolia e, acima de tudo, a tristeza. Esse período, tão representativo de sua obra, nasceu com a morte do seu melhor amigo, Carlos Casagemas, e é a maneira de o artista expressar seu estado de espírito após a tragédia.
Na música pop moderna, há poucos nomes tão conhecidos quanto Taylor Swift. Um dos seus álbuns mais emblemáticos é 1989 (lançado em 2014 e posteriormente relançado em 2023), que funciona como um álbum autobiográfico no qual podemos ouvir músicas tratando de vários aspectos da sua vida, incluindo seus relacionamentos fracassados e o impacto deles sobre sua vida. Músicas como Say Don’t Go falam sobre a dor de estar com alguém, mesmo que o relacionamento não tenha futuro, e outras músicas como Clean nos falam sobre o processo de aprender a deixar ir, bem como o renascimento que existe após o fim de um relacionamento.
O trabalho de Amy Winehouse em geral é inspirado pela amargura da sua vida, mas é em Back to Black que se pode reconhecer uma forte influência da dor deixada pela infidelidade. Inspirado em seu relacionamento turbulento com Blake Fielder-Civil, esse álbum trata da perda, da dependência emocional e da luta interna para seguir em frente apesar da dor. Amy consegue transformar sua dor e decepção com o ex-marido em uma obra-prima musical, um álbum icônico não apenas em sua carreira, mas na história da música.
Apesar da dor e do sofrimento em que se inspiraram, essas 7 obras de arte são o exemplo perfeito de que o luto não precisa ser o fim de nossa história. Pegar essa dor e transformá-la em algo belo é um ato de resiliência que diz ao mundo que ainda estamos vivos, que não desistimos e que só precisamos de tempo para nos curar, seguir em frente e criar algo maravilhoso que cause impacto nas pessoas.
A história da arte não poderia ter sido escrita sem a intervenção de artistas inovadores e transgressores, que ousaram desafiar as tendências estéticas, os costumes de sua época e até mesmo o seu próprio estilo. Cada desafio artístico e conceitual trouxe novas abordagens, criando obras emblemáticas que conseguiram romper padrões. Confira no próximo artigo, 15 obras de arte polêmicas que deram o que falar.