Modelo que perdeu os lábios em ataque de pitbull compartilha sua jornada de recuperação
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Transgressora e inovadora. Um ícone da liberdade. Assim foi a pintora mexicana Frida Kahlo, uma mulher em muitos aspectos à frente de seu tempo. Ainda hoje, as imagens de Frida seguem estampando camisetas, canecas e uma série de outros objetos como uma espécie de tributo a uma mulher cujas ideias, em alguns casos, fazem mais sentido hoje do que no tempo em que viveu. Recentemente, dia 6 julho, foi celebrado seu 111º aniversário de nascimento.
No Incrível.club, apresentamos sua história.
Portadora de poliomielite, seus pais a encorajaram a praticar diversos esportes, como parte do tratamento contra a doença. Essas modalidades, como é de se imaginar, não eram muito populares entre as garotas na época.
Os problemas de saúde aproximaram Frida do pai, que trabalhou muito intensamente por sua reabilitação. Ele também tinha seus problemas — no caso, ataques epiléticos —, e era Frida que o socorria durantes as crises. O sofrimento de ambos, como é de se imaginar, acabou criando um vínculo fortíssimo entre pai e filha.
Frida frequentou a famosa Escola Nacional Preparatória da cidade do México, que contava, na época, com cerca de 35 mulheres para um total de 2 mil alunos. Seu objetivo era estudar medicina.
A artista sofreu um gravíssimo acidente em 1925 enquanto viajava em um ônibus. Como consequência, quebrou a coluna em 3 partes, além de fraturar 2 costelas, a clavícula, o osso pélvico e a perna direita — esta, quebrada em nada menos que 11 partes. No mesmo acidente, uma peça de ferro atravessou seu útero, motivo pelo qual nunca pôde ser mãe.
Antes do triste acidente, Frida não dava a mínima para as artes plásticas. Mas, ao ter de ficar de cama durante tanto tempo, acabou abraçando a pintura e transformando-a no eixo central de sua vida.
Frida pertenceu ao Partido Comunista Mexicano, que tinha o pintor Diego Rivera como um de seus militantes e lá se conheceram. Eles nunca haviam se falado até que Frida resolveu apresentar o próprio trabalho a Rivera, que ficou impressionado e recomendou que seguisse pintando.
Diego e Frida se casaram em 1929. E eles próprios chamavam ironicamente a união de “o casamento do elefante com a pomba”. Ele, grande e obeso e ela, pequena e magra.
Como muitas vezes acontece nas relações entre dois gênios, a história de Diego e Frida foi cheia de amor e ódio e de infidelidades de ambos os lados. Um dos piores casos foi a traição, por parte de Diego, com a irmã de Frida, Cristina. Depois disso, Frida deu o troco com uma série de traições, tendo casos tanto com homens quanto com outras mulheres. O resultado mais que esperado foi uma separação. Um ano depois, no entanto, Frida e Diego reataram o casamento.
O líder soviético viveu exilado por um período na casa de Frida em Coyoacán, um distrito na Cidade do México — o local que, aliás, abriga o Estádio Azteca, onde o Brasil conquistou o tricampeonato mundial de futebol, em 1970.
Em 1953 ocorreu a única exposição da artista em seu país enquanto ainda era viva. A essas alturas, ela já estava hospitalizada havia um ano devido a problemas de saúde e os médicos a proibiram de participar da exposição. Mas uma mulher forte como Frida não se daria por vencida facilmente e ela acabou indo à exposição de ambulância.
Depois de ter de amputar uma perna em consequência de uma gangrena, Frida tentou se suicidar várias vezes, recorrendo, para isso, ao uso de opiáceos.
Após sua morte, em 13 de julho de 1954, as cinzas de Frida foram levadas a uma casa-museu dedicada à vida e à obra da artista. Ali, também se pode encontrar sua última obra, um quadro intitulado “Viva la vida” que acabou, décadas depois, servindo de inspiração para o maior hit da banda inglesa Coldplay. O vocalista Chris Martin conta que se inspirou exatamente nessa obra para dar nome ao disco.
Em sua obra, Frida se autorrepresentava de maneira ambígua, andrógina, exagerando algumas características masculinas, como sobrancelhas e um buço que mais parecia um bigode. Por isso, ela acabou sendo considerada uma heroína feminista de seu tempo, tendo revolucionado a maneira como se representava a figura feminina.
Como já dissemos, a banda Coldplay deu o nome de um quadro de Frida a seu maior sucesso. Mas não foram só os ingleses que reverenciaram a pintora. A banda Red Hot Chilli Peppers se inspirou em Frida para compor a canção “Scar tissue”. A letra trata das cicatrizes da vida.
A obra intitulada “Autorretrato — El marco” foi o primeiro quadro de um artista mexicano a ser comprado pelo Museu do Louvre, em Paris.
A fabricante de brinquedos Mattel criou uma boneca Barbie inspirada em Frida como homenagem à artista mexicana. A sobrinha dela, que possui seus direitos de imagem, não gostou da ideia e entrou na Justiça contra a Mattel. Como resultado, a boneca deixou de ser vendida.
Embora tenha sido considerada por artistas como André Breton como uma representante do movimento surrealista, Frida nunca concordou com esse rótulo. Ela dizia que não pintava sonhos, mas apenas representava, nas telas, sua própria vida e sofrimento.
Frida Kahlo morreu cedo, com apenas 47 anos. Teve uma vida curta, mas, como se pode ver, bastante intensa, considerando todo o sofrimento pelo qual passou.
Esse sentimento está vivo no que, dizem, foram suas últimas palavras:
“Pés, pra que os quero se tenho asas para voar?”
Você conhecia a história da vida de Frida Kahlo?
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