Capoeira é f*oda! Maior orgulho
7 Motivos para crer que a cultura brasileira vai muito além de futebol e caipirinha
Provavelmente você já deve ter visto alguém jogar capoeira alguma vez na vida. Ou então, já deve ter participado de uma roda de samba num domingo ensolarado. São atividades comuns no nosso cotidiano e que talvez não damos a real importância que deveríamos. E aqui está o motivo para exaltá-las: são expressões culturais tombadas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Isso significa que essas atividades tiveram um reconhecimento do valor histórico, cultural e artístico, reforçando a nossa identidade e demonstrando o quanto o Brasil é rico culturalmente. Ou seja: não somos somente futebol e caipirinha.
O Incrível.club resolveu falar sobre a lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade criada pela Unesco. Alguns itens são tão curiosos que nem imaginaríamos que fossem exaltados. Depois de conhecê-los, você terá respostas na ponta da língua quando algum gringo perguntar sobre a cultura do nosso país. Veja:
7. Roda de capoeira
Essa expressão cultural afro-brasileira é uma mistura de luta, dança, toque de instrumentos e muita música. Segundo o Ministério do Turismo, a capoeira se transformou em uma identidade brasileira e já é praticada em mais de 160 países. Consequentemente, nossa cultura e idioma são exportados com o esporte.
A capoeira surgiu no final do século XVI, na região nordeste do Brasil. Após a colonização dos portugueses, escravos africanos foram enviados para um regime de trabalho forçado em grandes fazendas. Como uma forma de protesto, os escravos passaram a praticar a luta em terrenos baldios. Capoeira vem do tupi “Kapu’era”, que significa “mata que foi” — alusão às matas queimadas ou cortadas para plantações dos índios.
Em novembro de 2014, a roda de capoeira recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. Hoje, há campeonatos que destacam os melhores do país e do mundo, como os capoeiristas Gugu Quilombola, Bibinha Origem e Arthur Fiu.
6. Círio de Nazaré
A procissão da imagem de Nossa Senhora de Nazaré em Belém (PA) é considerada uma das maiores do mundo. Desde 1793, no segundo domingo de outubro, mais de dois milhões de pessoas participam da caminhada ao redor da padroeira dos marinheiros.
Muitos peregrinos aproveitam a festa da santa para pagar promessas. Altares são construídos por todos os lados e a festividade reúne a culinária e a cultura da Amazônia. Artesanatos fabricados com recursos naturais da região são também valorizados. O ato também dá espaço para expressões sociais e políticas. Em 2013, essa manifestação foi tombada pela Unesco.
5. Frevo de Recife
Um dos motivos para valorizarmos o carnaval de Recife, capital de Pernambuco, é o frevo tocado por lá. A mistura da música, da dança, da capoeira, do artesanato e de outros elementos que manifestam a inteligência e a capacidade de criação nessa vertente musical chamou a atenção da Unesco, que tombou essa expressão artística como patrimônio em 2012.
O frevo possui mais de 120 passos catalogados. Muitos aproveitam o bloco carnavalesco “Galo da Madrugada” para praticar os movimentos. Esse bloco é considerado pelo Guinness Book (Livro dos Recordes) como o maior do mundo desde 1995 por lotar as ruas de Recife com mais de 2,5 milhões de foliões.
4. Ritual indígena Yaokwa
Esse ritual é feito pelo povo indígena Enawene Nawe, situados no Mato Grosso. Os índios se dividem em grupos, onde cada um exerce uma função: uns vão à pesca coletiva e outros ficam na aldeia com as mulheres para preparar o sal vegetal, cuidar da lenha, limpar o pátio e organizar a entrega de comida entre eles.
O ritual dura sete meses, iniciando em janeiro. Durante a seca, parte do que foi produzido ou coletado da mata é ofertado aos Yakairiti — espíritos condenados a viver com uma fome insaciável. A cerimônia tem como objetivo satisfazer seus desejos e, em troca, acreditam que manterão a ordem social e cósmica. Curioso, não é?
3. Museu Vivo do Fandango
A Unesco exaltou também o Museu Vivo do Fandango por preservar a dança e a música presentes em comunidades no sul e sudeste do País. O fandango é um estilo musical de origem espanhola que foi trazido ao Brasil pelos colonizadores portugueses. Com vestes gaúchas, casais bailam ou sapateiam ao mesmo tempo que interpretam um jogo de sedução. Instrumentos artesanais de corda são utilizados na cerimônia.
2. Pintura corporal e gráfica dos povos indígenas Wajãpis
Essa cultura indígena, conhecida como arte Kusiwa, é mantida viva pelos mais de mil índios que moram em 48 aldeias espalhadas pelo norte da Amazônia. Eles costumam pintar o próprio corpo e objetos para expressar o que acreditam sobre a criação da humanidade. Alguns mitos relacionados ao surgimento do homem também são interpretados na leitura da pintura corporal. A tinta utilizada é extraída da planta amazônica chamada bija.
1. Samba de roda do Recôncavo baiano
Considerado como uma das principais expressões culturais do Brasil, o samba de roda do Recôncavo baiano reúne tradições transmitidas por escravos africanos. O culto aos orixás e caboclos, o jogo da capoeira e a chamada comida de azeite estão presentes nessa manifestação artística. Com o tempo, o samba de roda se espalhou pelo país, ganhou força e foi tombado como patrimônio pela Unesco.
O que você acrescentaria na lista e que poderia se tornar um patrimônio cultural tombado pela Unesco? Fala para a gente :)
Comentários
Os povos nativos são nossa maior riqueza
Samba de roda, samba de roda da vida...
A maior parte é dos povos nativos e negros, são os verdadeiros criadores das nossas culturas
Gostaria de aprender capoeira