13 Momentos em que a amizade se tornou algo muito diferente do que esperávamos
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Quase metade das crianças e jovens brasileiros (ou 47%) já sofreram algum caso de bullying, segundo o IBGE. Os dados são de 2016 e indicam um aumento em relação ao estudo anterior, de 2012, quando cerca de 35% haviam tido esse tipo de problema. O problema é considerado tão preocupante que, em 2017, especialistas do UNICEF, entidade da ONU ligada à proteção dos direitos da criança, promoveram uma campanha contra o abuso na escola, com o objetivo de acabar com ele de uma vez por todas.
O Incrível.club pesquisou sobre as melhores maneiras de lidar com o problema e traz a seguir 7 dicas para os pais, desenvolvidos para ajudar a criança a lidar com casos de bullying praticado por outros alunos da escola.
Segundo pesquisas, apenas entre 20 e 30% das crianças que sofreram bullying contaram aos adultos sobre o problema. Isso acontece muitas vezes porque o aluno nutre um sentimento de culpa pelo abuso. Na adolescência, a autoestima dos jovens é extremamente vulnerável. Os jovens acabam achando que há algo de errado neles mesmos que justifique a perseguição. O segundo motivo para não contar sobre as agressões é uma sensação de que o bullying não é algo muito importante.
Quando os pais não ligam para os problemas da criança, considerando-os pouco relevantes, o pequeno não terá nenhum motivo para se abrir novamente.
O que fazer:
Na infância, Angelina Jolie tinha problemas com os colegas de turma, não era boa aluna e era grossa com os professores. Já rapper Eminem, aos 9 anos, foi agredido tão violentamente por um valentão da escola que perdeu parcialmente a visão, terminando num hospital. Lady Gaga, Jessica Alba, Megan Fox, Kurt Cobain, e até o galã Zac Efron. Todos eles sofreram com abusos e incompreensões por parte de outros alunos da escola.
Mas todos eles conseguiram voltar as energias àquilo que realmente amavam, preenchendo o tempo livre e esquecendo dos problemas. Taylor Swift lembra que começou a compor músicas por se sentir solitária, e Kristen Stewart, aos 13 anos, parou de estudar para se dedicar à atuação.
O que fazer:
Hoje, as redes sociais e a Internet de forma geral são como uma área de liberdade absoluta para a maioria dos adolescentes, e para eles, a comunicação online não é menos importante do que aquilo que acontece na vida real. Especialistas em segurança na web advertem que o bullying cibernético continua sendo uma das principais ameaças à segurança infantil.
Mais de 50% das crianças e dos adolescentes, ao menos uma vez, enfrentaram ameaças na Internet, e apenas uma em cada 10 contou aos pais.
O que fazer:
O bullying não é um processo que envolve apenas agressor e vítima. Pais do agressor, colegas e professores muitas vezes fazem parte desse ambiente e podem ser cruciais na hora de ajudar seu filho a se livrar das agressões.
É importante entender que o abuso não se revela apenas em intimidações e humilhações, mas também representa uma forma de estabelecer uma espécie de hierarquia em grupo.
O que fazer:
Nos Estados Unidos, mais de 5% dos estudantes do ensino médio já faltaram a aulas por sentirem que corriam perigo na escola ou a caminho dela. Em situações assim, a criança não apenas ficará com faltas, mas também terá seu desempenho acadêmico comprometido. Ela pode querer ficar só com os amigos, afastando-se de casa por muito tempo. Essas são tentativas da psique humana de se preservar do efeito traumático dos fatores externos.
A principal tarefa dos pais é não apenas interromper o ciclo de abuso escolar, mas também ensinar o filho a reagir corretamente em situações de agressão, controlando as próprias emoções.
O que fazer:
Geralmente, as crianças tímidas e inseguras se convertem em vítimas do abuso na escola. Afinal, elas tendem a ser solitárias, medrosas, deprimidas e a ter dificuldade em encontrar uma linguagem em comum com os colegas. Com a idade, o ambiente em que está a pessoa se torna mais tolerante. Mas nem por isso é preciso esperar que a formatura chegue para resolver o problema.
Um estudo que levou 20 anos sendo desenvolvido comprovou que crianças sociáveis que conseguiam se organizar com os colegas sem a ajuda dos adultos e resolver os próprios problemas têm mais chance de se formar e encontrar um bom emprego antes dos 25 anos em comparação com aquelas que possuem habilidades sociais menos desenvolvidas.
O que fazer:
Acredita-se que mudar a criança de turma ou de escola não é uma boa opção, pois a situação tende a se repetir no novo ambiente. É melhor ensinar seus filhos a se comportar corretamente em situações de conflito, para que eles possam aprender a se defender das agressões. Mas, como já falamos, nem tudo depende do pequeno. O abuso ocorre em ambientes nos quais não existe uma comunidade de interesses, os profissionais não se envolvem adequadamente no processo educativo, e onde a diferença social é muito marcada.
Portanto, se houver uma boa alternativa na forma de uma escola mais adequada ao perfil de seu filho, onde os professores se mostrem dispostos a ter uma boa comunicação com os pais, mudar de ambiente pode ser uma ótima ideia.
O que fazer:
Você passou por situações difíceis na sua época de escola? Conseguia chegar a soluções pacíficas para os problemas? Como aborda esse assunto com seus filhos? Deixe seu comentário!