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O câncer de pâncreas frequentemente se desenvolve de forma silenciosa, com sintomas sutis ou facilmente negligenciados. No entanto, algumas alterações — como icterícia (pele e olhos amarelados), problemas digestivos persistentes ou perda de peso inexplicável — podem indicar algo mais grave. Este artigo detalha os principais sinais de alerta e explica por que o diagnóstico precoce é crucial para o tratamento.
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Em alguns casos, o câncer de pâncreas pode estar associado à formação de coágulos sanguíneos. Esses coágulos geralmente se desenvolvem em veias profundas de grande calibre — especialmente nas pernas — condição conhecida como trombose venosa profunda (TVP). Porém, também podem ocorrer em veias menores por todo o corpo. É possível até que alguns coágulos se dissolvam e depois reapareçam em outra região do organismo.
A icterícia se caracteriza pelo amarelamento da pele e da parte branca dos olhos. Também pode causar urina escura e fezes esbranquiçadas. Este sintoma é mais comum em cânceres localizados na cabeça do pâncreas, onde um tumor pode bloquear o ducto biliar, canal que transporta a bile para o intestino delgado (duodeno).
Quando esse ducto é obstruído, a bile se acumula na corrente sanguínea em vez de chegar ao intestino. Como resultado, o excesso de bile é excretado na urina, tornando-a mais escura, enquanto as fezes ficam mais claras devido à falta de bile.
A bile é rica em pigmentos amarelos, que causam o amarelamento da pele. Essa mudança pode ser menos visível em peles morenas ou negras, mas geralmente é mais fácil de detectar no branco dos olhos. Muitas pessoas com câncer de pâncreas apresentam icterícia no momento do diagnóstico. Na maioria dos casos, vem acompanhada de dor, embora alguns possam ter icterícia sem dor alguma.
A dor abdominal ou nas costas — ou às vezes ambas — é um sintoma comum do câncer de pâncreas. O desconforto geralmente começa como uma dor difusa ou sensibilidade na parte superior do abdômen, podendo irradiar gradualmente para as costas.
As experiências de dor variam muito. Algumas pessoas podem não sentir nenhuma dor, enquanto outras percebem que ela vem e vai no início, tornando-se mais persistente com o tempo. Pode piorar ao deitar e melhorar levemente ao inclinar-se para frente. Para alguns, a dor também pode se tornar mais perceptível após comer.
O acúmulo de bilirrubina que causa a icterícia também pode levar a outro sintoma potencial do câncer de pâncreas: coceira persistente na pele.
Esse tipo de coceira — conhecido como prurido — pode não ter uma causa aparente e frequentemente não melhora com o tempo. Se você sentir coceira contínua sem uma explicação clara, é importante consultar um médico, pois existe a possibilidade de isso ser um sinal de condição subjacente, como o câncer de pâncreas.
Náuseas ou vômitos podem ocorrer em casos de icterícia ou quando o pâncreas está inflamado — ambas as condições têm o potencial de desequilibrar quimicamente o organismo.
Em alguns casos, o próprio tumor ou a inflamação ao redor pode obstruir parcialmente a passagem de alimentos do estômago para o intestino delgado, causando enjoos. Como consequência, é comum surgir perda de apetite, o que contribui para a perda de peso involuntária.
A perda de peso inexplicável pode ser um sinal de câncer pancreático. Como o pâncreas ajuda na digestão e regula o açúcar no sangue, o tumor pode interferir nessas funções, levando à dificuldade de absorção de nutrientes e resultando em perda de peso — mesmo que o paciente esteja se alimentando normalmente.
Os olhos são capazes de muito mais do que apenas enxergar — eles também podem ser mensageiros silenciosos de problemas de saúde que passam despercebidos. Sinais como visão embaçada repentina, saliências amarelas nas pálpebras ou pálpebras caídas podem indicar condições sérias, como distúrbios circulatórios, colesterol elevado ou danos neuromusculares. Ignorar esses alertas pode ser perigoso, pois eles podem ser os primeiros indícios de doenças mais graves.