6 Ações que podem ajudar a reduzir a dor deixando o parto mais tranquilo para mãe e bebê

Crianças
há 1 ano

Se você está grávida ou pensa em ser mãe, já deve ter refletido sobre o nascimento do bebê, não é mesmo? A famosa dor do parto, mostrada no cinema, em séries e novelas de maneira bastante dramática e exagerada pode ser bem diferente quando acontece na vida real. Fato é que a nossa imaginação já está impregnada com as imagens de mulheres sofrendo para dar à luz e, por isso, é tão difícil pensar que esse pode ser um momento de profundo respeito e conexão consigo mesma.

Nós, do Incrível.club, fomos atrás de algumas pesquisas que mostram que a assistência humanizada e o uso de alternativas não medicamentosas baseadas em evidências podem reduzir a sensação de dor e sofrimento, fazendo com que este momento tão especial seja vivenciado de outra maneira, com mais apoio e menos julgamentos. No final, preparamos um bônus super importante. Confira a seguir!

1. Acupuntura ou acupressão

O uso de acupuntura ou acupressão (quando os pontos de acupuntura são pressionados pelos dedos, sem uso de agulhas) são alternativas utilizadas por algumas mulheres durante o trabalho de parto e há evidências de que esses métodos podem ser benéficos no manejo da dor. De acordo com este estudo, quem fez uso de acupuntura durante o trabalho de parto teve uso de anestesia 30% menor do que quem não fez uso da técnica. Segundo este outro, a acupuntura, em comparação com a acupressão, pode aumentar a satisfação com o controle da dor e reduzir o uso de analgesia. Além disso, a acupressão provavelmente reduz a necessidade de cesariana como desfecho.

No entanto, ambos os estudos afirmam que poucas terapias alternativas foram avaliadas com pesquisas adequadas em número suficiente de mulheres. Sendo assim, há uma evidência de que o seu uso pode fazer com que a dor seja melhor tolerada, mas mais estudos são necessários para que haja uma comprovação científica de fato.

2. TENS

TENS (abreviação em inglês para Neuroestimulação Elétrica Transcutânea) é um aparelho elétrico com alguns adesivos com eletrodos que ficam colados em pontos estratégicos da pele. Através dele, é possível modular a intensidade de estímulos elétricos, que agem aliviando a dor. A utilização desse aparelho é uma alternativa para aliviar a sensação de dor, não somente no momento do parto, como em outras situações também, já que esse é um recurso bastante utilizado por fisioterapeutas.

As mulheres que participaram deste estudo e que receberam a utilização do TENS em pontos de acupuntura foram menos propensas a relatar dor intensa durante o trabalho de parto e disseram que estariam dispostas a utilizar o aparelho novamente. Embora as evidências sejam baixas, o estudo conclui que as mulheres sempre deveriam ter a opção de utilizar o equipamento durante o trabalho de parto.

3. Aromaterapia

Se você é entusiasta de óleos essenciais, vai ficar feliz em saber que, de acordo com este estudo, o uso de aromaterapia diminuiu significativamente a dor e ansiedade das mulheres no primeiro estágio do trabalho de parto. O mesmo estudo sugere que o uso da aromaterapia reduz o estresse fisiológico e psicológico não só da parturiente como de toda a equipe de assistência e de todas as pessoas presentes no trabalho de parto.

O estudo ainda afirma que o uso de aromaterapia durante a gestação e no pós-parto pode ser útil para aliviar diversos sintomas, como náuseas e vômitos, aliviar o estresse, a fadiga e o cansaço, melhorar o humor da mãe, reduzir a dor pós-cesárea, além de prevenir casos de ansiedade e depressão. Outra ótima notícia!

4. Massagens

De acordo com este estudo, a utilização de massagens, compressas quentes e métodos manuais térmicos durante o momento de parir não só podem ter um papel favorável na redução da dor, como também na diminuição da duração do trabalho de parto. De qualquer forma, como as pessoas reagem de maneira muito pessoal à dor, algumas mulheres vão se beneficiar muito desse tipo de técnica, enquanto outras não vão se sentir confortáveis em utilizá-las durante o trabalho de parto, preferindo não serem tocadas — e devem ser respeitadas em sua individualidade.

O estudo ainda aponta que as mulheres que ficaram confortáveis em receber esses cuidados sentiram-se menos ansiosas, tiveram aumento da sensação de controle e maior satisfação com a experiência do parto e nascimento. Definitivamente, uma boa notícia, não é mesmo?

5. Hidroterapia

A imersão em água durante o trabalho de parto é outra prática que vem sendo amplamente difundida, seja em ambientes hospitalares ou caseiros. De acordo com este estudo, o uso de hidroterapia reduz em 9% a necessidade de analgesia peridural, embora tenha pouco efeito sobre o tipo de parto.

Além disso, o estudo conclui que a imersão durante o trabalho de parto e nascimento não aumenta o risco de efeitos adversos ou maléficos para mães saudáveis e bebês que tenham vindo ao mundo dessa forma.

6. Apoio contínuo e suporte emocional — Doula

Este estudo analisa a oferta de suporte contínuo para mulheres em trabalho de parto por meio da presença das doulas. As doulas são mulheres com um treinamento especializado em oferecer informações de qualidade durante a gestação, apoio contínuo e suporte emocional durante o trabalho de parto e, também, assistência no pós-parto e nos primeiros cuidados com o bebê.

O estudo citado concluiu que a presença dessas profissionais no momento de dar à luz pode melhorar uma série de resultados para a mãe e para o bebê, como aumento das taxas de parto natural espontâneo, menor duração do trabalho de parto, redução de cesarianas e partos instrumentais, redução do uso de anestesia, aumento do índice de Apgar para os bebês, diminuição de sentimentos negativos em relação ao parto, aumento do sucesso da interação mãe-bebê e da amamentação, entre outros. Além disso, o estudo não encontrou qualquer evidência que sugerisse que a presença das doulas no trabalho de parto e nascimento trouxesse algum tipo de dano ou prejuízo.

Bônus: apoio da família é essencial para experiência positiva

Por último, mas não menos importante, vamos falar sobre o óbvio — e que por isso mesmo, não precisa de nenhum estudo ou comprovação científica. O apoio e suporte emocional do parceiro e da família são essenciais para que a gestante se sinta segura e acolhida nesse momento tão especial e, também, cheio de incertezas que é o parto e os cuidados com os recém-nascidos.

Portanto, se você tem uma gestante na família, mesmo que não esteja presente fisicamente durante o parto e os primeiros dias de vida do bebê, é aconselhável que ofereça seu apoio e evite as críticas e julgamentos, principalmente nos primeiros dias após o parto.

Você já passou pela experiência da gestação e do parto? Já conhecia ou fez uso de algum desses recursos para aliviar a dor? Conte sua experiência aqui nos comentários, estamos interessados em conhecer a sua vivência.

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