A evolução dos galãs de novelas: como o padrão de beleza foi mudando ao longo dos anos

Arte
há 9 meses

Não é de hoje que o mundo dos famosos tem sido palco dos chamados galãs. Há muito tempo, eles vêm conquistando o coração do público, graças a sua beleza, seu carisma e talento. Desde os astros do passado que faziam nossas mães e avós suspirarem, até os gatinhos da atualidade que enchem nossos olhos, cada época trouxe sua própria geração de bonitões. Por isso, decidimos fazer uma jornada pela evolução dos galãs brasileiros ao longo dos anos, relembrando alguns dos nomes mais marcantes que viraram sinônimo de charme. Acompanhe!

Anos 60 e 70: Os pioneiros

Desde os anos 60, as novelas brasileiras fazem parte da vida de muita gente. Os folhetins, desde sempre tão populares, foram os principais responsáveis por instituir o conceito de galã no Brasil: o herói que rouba o coração de uma mocinha apaixonada. Foi nessa época que Tarcísio Meira, protagonista da primeira telenovela diária do país, começou a despontar para a fama e enchia a tela do público com seu talento e beleza marcantes. Não à toa, o ator é comumente referenciado com o “maior dos galãs”.

Já na década de 70, outros famosos brilhavam na TV e, assim como Tarcísio, chamavam a atenção dos espectadores por sua aparência. Cláudio Cavalcanti e Francisco Cuoco estrelaram diversas tramas durante esse período, conquistando uma legião de fãs com um visual clássico, másculo e pinta de valente.

Anos 80: O surgimento dos eternos galãs

Entre o fim dos anos 70 e o início dos 80, uma nova geração de talentos dava seus primeiros passos. Foi então que Antonio Fagundes e Tony Ramos começaram a roubar a cena e, rapidamente, se tornaram ídolos nacionais. Na mesma época, Fábio Jr., que também fazia sucesso como cantor, virou mocinho de novela.

Na década de 80, os galãs de meia-idade começaram a fazer sucesso. Bastava um olhar de Reginaldo Faria ou de Herson Capri para que muita gente se derretesse em frente à TV. Mas foi o saudoso José Wilker, com sua fala mansa e jeito único de interpretar, que arrebatou o coração do Brasil em Roque Santeiro.

Anos 90: Galãs para todos os gostos

Na primeira metade dos anos 90, quem não saía da cabeça dos noveleiros era Carlos Alberto Riccelli. Muita gente gostaria de estar no lugar de Vera Fischer, que viveu seu par romântico na inesquecível minissérie Riacho Doce. O galã tinha jeito de surfista e encantava o público com seus cabelos loiros, assim como Guilherme Fontes. Os personagens mais sérios e maduros, em contrapartida, ficavam a cargo de José Mayer, figurinha carimbada nas produções da época.

Marcos Palmeira e Eduardo Moscovis ganharam espaço em diversos folhetins nesse período e, com suas belezas tipicamente brasileiras e personagens mais rústicos, arrancaram suspiros de muitos admiradores. Já Mauricio Mattar era tão requisitado que praticamente não saiu do ar durante toda a década.

Anos 2000: O impacto das gerações MalhaçãoChiquititas

Entre o final dos anos 90 e o começo da década de 2000, Edson Celulari e Rodrigo Santoro viraram os queridinhos da vez. Mas ninguém parecia estar preparado para a beleza de Reynaldo Gianecchini, que estreou em Laços de Família roubando todos os holofotes para si. Era impossível ficar indiferente ao sorriso daquele jovem rapaz, pivô de um conflito entre mãe e filha na ficção.

Na virada do milênio, os galãs jovens de olhos claros eram os favoritos do público. Nomes como Fábio Assunção, Thiago Lacerda e Marcello Antony estampavam capas de revistas adolescentes e, até mesmo, de cadernos escolares — porque admirar a beleza deles apenas na tela da TV não era suficiente!

É difícil desassociar a imagem de Marcos Pasquim do “Pescador Parrudo” Esteban, seu memorável personagem em Kubanacan. Na novela, o ator costumava aparecer em cena sem camisa, o que já era suficiente para levar muitos espectadores à loucura. Na contramão, Luigi Baricelli e Murilo Benício se destacavam com personagens mais discretos, mas igualmente belos.

Nos anos 2000, muitos atores que começaram a carreira em Malhação conseguiram provar que eram muito mais que rostinhos bonitos. Depois de brilharem na novelinha adolescente, conseguiram papéis de destaque em produções do horário nobre. Os personagens eram outros, mas a beleza era a mesma! Claudio Heinrich, Henri Castelli e Cauã Reymond, astros de diferentes gerações da Malhação, são alguns dos bonitões mais marcantes dessa época.

Bruno Gagliasso, Kayky Brito e Jonatas Faro ainda eram adolescentes quando participaram da novelinha Chiquititas. Apesar da pouca idade, os atores conquistaram o público e, logo depois, ganharam espaço como galãs de produções da Globo. A transição do público juvenil para o adulto não parece ter sido difícil, já que os fãs que os acompanhavam na trama infantil cresceram junto com eles.

Anos 2010: Uma nova geração

Entre o fim da década de 2000 e o começo dos anos 2010, era o rosto de Rodrigo Lombardi que permeava o imaginário dos fãs. Depois de estrelar Caminho das Índias, o ator carimbou seu nome de vez no hall dos galãs da TV. Eriberto Leão e Caio Castro, protagonistas de outras produções na mesma época, não ficavam para trás.

Os galãs de meia-idade voltaram a fazer sucesso na década de 2010. Quem não se encantou pelo Comendador José Alfredo, emblemático personagem Alexandre Nero em Império? Já Gabriel Braga Nunes dividia o coração do público: não sabíamos se repudiávamos as maldades de seu personagem em Insensato Coração ou se caíamos de amores pelo seu charme. Domingos Montagner, com uma beleza tipicamente nordestina, também fez o maior sucesso em Cordel Encantado.

Enquanto Marco Pigossi e Rafael Cardoso chamavam a atenção do público com um visual clássico de galã — loiros de olhos claros -, Rafael Zulu abria um importante espaço para a diversidade. A beleza do rapaz cativou o público da novela Fina Estampa. Quando ele dava aquele sorrisão, nós só admirávamos!

Os irmãos Bruno Gissoni, Rodrigo Simas e Felipe Simas são a prova viva de que a genética é realmente poderosa. Além de compartilharem o talento para a atuação, o trio foi brindado com uma boa dose de beleza. Não à toa, foram escalados como galãs em muitas produções durante os anos 2010.

Anos 2020: Diversidade e galãs “desconstruídos”

Entre o final da década de 2010 e o início dos anos 2020, mais uma nova geração de bonitões foi ganhando espaço na telinha. Nicolas Prattes, Sergio Guizé e Chay Suede têm estilos completamente diferentes um do outro. Ainda assim, não conseguimos decidir qual dos três é o nosso preferido. E você, é capaz de escolher?

Enfim, chegamos à década atual! E se, anos atrás, as belezas másculas e tradicionais eram o que definiam os galãs, hoje, podemos dizer que as coisas mudaram um bocado. Johnny Massaro, Jesuíta Barbosa e João Guilherme são exemplos de bonitões da atualidade que desconstroem a ideia antiga e estereotipada de como um ídolo masculino deve se portar ou se vestir.

Johnny Massaro, que já namorou um homem, fez questão de assumir sua sexualidade ao público. Jesuíta, por sua vez, gosta de encarnar os mais diversos personagens e já provou sua versatilidade ao interpretar uma drag queen, Shakira do Sertão, em Onde Nascem os Fortes. João Guilherme, um dos queridinhos da garotada, não tem vergonha de aparecer em público com unhas pintadas ou usando peças de roupa pouco tradicionais, como blusas no estilo cropped.

Também é preciso reconhecer a diversidade cada vez mais presentes nas nossas novelas, o que vem se refletindo, consequentemente, na escolha dos galãs. Samuel de Assis, Diogo Almeida e Paulo Lessa são apenas alguns dos bonitões talentosos que vêm conquistando seu espaço na TV — e, claro, em nossos corações.

Não é apenas o padrão de beleza masculino que vem mudando ao longo dos anos. As mulheres consideradas as mais belas do passado também são muito diferentes das beldades da atualidade.

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