22 Peculiaridades cinematográficas que revelam um diretor cult

há 1 ano

Você já deve ter notado que quase todos os diretores talentosos têm seus próprios truques especiais. Podemos vê-los em seus filmes o tempo todo, e é assim que o estilo único de um autor se forma.

No Incrível.club fizemos uma análise dos trabalhos de diretores famosos e compartilhamos os resultados com você.

Christopher Nolan

Em muitos de seus filmes, Nolan apresenta um objeto simples que, mais próximo do desenlace, torna-se quase o elemento principal da narrativa. Como aconteceu com o pião do filme A origem, o relógio em Interstelar e a foto em Amnésia.

Na era da tecnologia digital, Christopher Nolan permanece fiel à forma mais realista de filmar. O diretor usa apenas efeitos especiais em casos extremos para melhorar o resultado das cenas.
Assim, o famoso “Batpod” de Batman — O Cavaleiro das Trevas, foi construído em tamanho real e os episódios extraterrestres, como a cena da onda gigante em Interstelar, foram filmados na Islândia.

Uma das características mais famosas do diretor é a não linearidade do enredo. Os acontecimentos dos filmes podem ser interrompidos por flashbacks e flashforwards (A origem) e o filme pode seguir na ordem cronológica inversa (Amnésia). Além disso, as histórias podem ser desenvolvidas paralelamente e até o passado pode depender do futuro.

Wes Anderson

Nos filmes do diretor, a simetria é respeitada: em quase todos os quadros, os personagens de seus filmes são estritamente centralizados.

O diretor trabalha com uma forte presença de cores: sua paleta é predominantemente monocromática, os cenários de vez em quando parecem um pouco falsos, muitas vezes padronizados. Anderson sempre move a ação de seus filmes para o passado, prestando grande atenção ao figurino e a outros detalhes importantes.

Quentin Tarantino

A principal característica de Tarantino é um mar de sangue em todos os seus filmes. A violência no trabalho do diretor é tão excessiva que quase não gera piedade, enquanto o humor nos diálogos simples, mas incríveis, torna os filmes memoráveis.

É notória uma característica curiosa: começando com Pulp Fiction, em quase todos os filmes do diretor aparecem pés femininos. O próprio Tarantino disse que eles são seu fetiche particular.

Michael Bay

“O rei dos filmes de bilheteria” é facilmente reconhecido pelo ritmo acelerado de suas obras: em média, as tomadas em seus filmes mudam a cada 2-3 segundos. Para o olho humano, é uma verdadeira montanha-russa.

A combinação de cores favorita do diretor é “Teal & Orange”, uma mistura de tons quentes de laranja e azul. É universal, uma vez que dentro do espectro laranja está a pele humana. Além disso, Bay mostra imagens de fogo e pores do sol. A paleta é monótona, mas no contexto de quadros curtos, esse contraste é simplesmente necessário.

Além disso, os filmes de Bay são fáceis de reconhecer por causa das imagens deliberadamente desaceleradas (câmera lenta), discursos pretensiosos e muitas bandeiras americanas.

Woody Allen

Em muitos de seus filmes, Allen declara seu amor por Nova York e a ação acontece ali mesmo, na cidade onde ele nasceu e cresceu. Mas a partir dos anos 2000, ele começou a ter uma tendência à “inspiração geográfica”: Ponto final — Match point e Scoop — O grande furo foram filmados na Inglaterra, enquanto Meia noite em Paris foi rodado na França.

Começando com Noivo neurótico, noiva nervosa, em cada um dos seus filmes Allen usa o mesmo padrão nos títulos: a letra Windsor branca sobre um fundo preto. Ele também gosta de nomear atores em ordem alfabética, independentemente do grau de fama.

Mesmo que o próprio diretor atue no filme, ele sempre usa alguém para interpretar o papel de si mesmo. Sempre é um personagem um pouco neurótico, que às vezes faz coisas estúpidas. Em Meia noite em Paris é Owen Wilson, em Para Roma com amor, Jesse Eisenberg.

Tim Burton

Os “contos cinematográficos” de Tim Burton são híbridos de escuridão, magia, surrealismo e gótico. Neles há muitos personagens e monstros estranhos que vivem coisas incríveis e às vezes até místicas.

Muitos dos filmes de Tim Burton são temperados num esquema de cores frias, em que branco e preto parecem um pouco desbotados. E pelo menos um personagem no filme tem um rosto empoeirado e mórbido. Essa aparência dá ao personagem e ao ambiente uma atmosfera ainda mais sombria.

Ah, e em quase todos os seus filmes, Tim Burton trabalha com seus atores favoritos: Johnny Depp e Helena Bonham Carter.

Edgar Wright

O verdadeiro mestre da comédia visual, Wright consegue brincar com a câmera. Ações de rotina com sua montagem rápida adquirem uma aparência simples e nova.

Muitas vezes, Wright usa uma tela múltipla, dividindo a ação do filme em dois quadros. O diretor também realiza de maneira original a montagem, quebrando ou conectando acontecimentos.

Os filmes do diretor também podem ser reconhecidos por uma infinidade de referências a outros filmes, videogames e à cultura popular em geral. E Wright, como um verdadeiro amante da música, presta muita atenção às trilhas sonoras.

Guy Ritchie

Guy Ritchie é fácil de reconhecer pela chamada edição de clipe: a dinâmica alterna com a estática, o zoom e a imagem congelada. Assim, por exemplo, o enredo do filme Jogos, trapaças e dois canos fumegantes é apresentado em apenas 1 minuto e 20 segundos.

Um dos truques favoritos de Ritchie é a voz em off de um dos personagens. Isso cria uma atmosfera de confiança com o espectador e ajuda a navegar pelos acontecimentos.

Guy Ritchie pode ser chamado de gênio da comédia criminal, porque foi nesse gênero que fez seus melhores filmes. Ele coloca o submundo de Londres em primeiro plano, em que os heróis falam cockney (espécie de dialeto inglês) com um sotaque terrível, soltam piadas marginais e se metem em apuros constantemente.