13 Histórias super misteriosas, capazes de assustar qualquer um
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Há 28 anos, em 1992, foi lançado o filme Perfume de Mulher, produzido e dirigido por Martin Brest. A história fala sobre as aventuras do aluno Charlie Simms, que começa a trabalhar como assistente de um oficial do Exército que perdeu a visão, Frank Slade. Com o passar do tempo, o longa se tornou um verdadeiro clássico, e a cena em que Al Pacino dança tango é considerada uma das mais comoventes do cinema.
Depois de rever o filme, o Incrível.club decidiu descobrir mais curiosidades e detalhes pouco falados sobre as filmagens e os atores. Acompanhe!
O cerne do roteiro de ambas as produções é baseado no romance do jornalista Giovanni Arpino, A Escuridão e o Mel. Na verdade, apenas o protagonista do romance foi “copiado” — um homem cego que é acompanhado por um jovem rapaz.
Inicialmente o papel do tenente Frank Slade deveria ser interpretado por Jack Nicholson, mas ele recusou a proposta após ler o roteiro. Dustin Hoffman e Joe Pesci também foram cotados.
O curioso é que Al Pacino também recusou a proposta no começo, mas depois foi convencido por seu agente a mudar de ideia.
O papel do Charlie também não foi uma escolha fácil. Diversos atores fizeram o teste, como Matt Damon, Brendan Fraser e Ben Affleck. Por fim, Chris O’Donnell foi o escolhido. Aliás, todos eles, mais tarde, participaram juntos do filme Código de Honra.
Há quem diga também que Leonardo DiCaprio quase interpretou Charlie, mas talvez os produtores o acharam jovem demais para o personagem. Ele tinha apenas 18 anos na época.
Al Pacino levou seu papel muito a sério. Para representar um homem cego, passou bastante tempo conversando com pessoas que perderam a visão em razão de acidentes. Ele aprendeu diversas técnicas para se sentar na cadeira, encher um copo de água e coisas do tipo.
Durante todo o tempo de gravação, o ator se mantinha “cego” até mesmo quando a câmera não estava rodando: não olhava diretamente para os outros; não focava o olhar em nada e andava sempre com uma bengala. No final, acabou realmente se lesionando, pois tropeçou e caiu nos arbustos.
A exclamação icônica de Frank Slade — “Há!” — era um verdadeiro grito de guerra do exército, que foi passado para Al Pacino por um tenente de verdade. Sempre que o ator fazia algo certo, o oficial exclamava para ele: “Há!”
Durante o processo, Chris O’Donnell estudava Marketing na Universidade de Boston. No dia seguinte ao lançamento do filme, o rapaz ainda precisava terminar o trabalho de conclusão do curso e se preparar para três exames.
O diretor tentou manter Al Pacino e Chris O’Donnell separados fora das gravações. O objetivo era criar um clima de tensão entre os dois para que a interação dos personagens fosse mais convincente. Mas o consagrado ator não seguiu essa orientação e decidiu se aproximar do jovem e ajudá-lo durante o processo.
Mais tarde, O’Donnell disse que aprendeu muito com o “mestre do cinema” e que lembrará para sempre de um conselho dele: “Nunca se case com uma atriz, você sempre virá em segundo lugar na vida dela”.
Algumas cenas foram rodadas no luxuoso hotel Manhattan Plaza, que naquele momento pertencia a Donald Trump. Após alguns anos, Chris O’Donnell disse que no roteiro inicial havia uma pequena cena com a participação do bilionário e da sua então esposa. Mas depois resolveram cortá-la.
Uma outra parte do enredo se passava na Escola Emma Willard — o primeiro instituto de ensino superior somente para mulheres nos Estados Unidos. No filme, porém, o local era um internato para meninos. Mais tarde, nesse mesmo prédio foi gravado O Clube do Imperador.
Pelo papel do tenente Slade, Al Pacino finalmente ganhou o tão sonhado e único Oscar de sua carreira na categoria “Melhor Ator”. Até então, havia sido indicado seis vezes ao prêmio.
Aliás, no mesmo ano também foi indicado ao Oscar pelo seu papel em Sucesso a Qualquer Preço na categoria “Melhor Ator Coadjuvante”. Ele se tornou a primeira pessoa a ser indicada a dois prêmios Oscar no mesmo ano — ganhando um deles.
— Quer aprender a dançar tango?
— Agora? Seria um pouco estranho.
— Está com medo do quê?
— Não há erros no tango. Não é como a vida. É algo muito simples e, por isso, é uma dança tão maravilhosa. Se errar, basta continuar dançando.
— Michael acha que o tango é para pessoas loucas.
— Michael deve ser uma delas.
— Não há nada mais assustador do que uma pessoa sem alma, pois não há próteses para a alma.
— Eu gostaria de discordar de você, tenente.
— Você não está em posição de discordar. Eu tenho uma arma de calibre 45 carregada. E você tem acne.
Eu sempre soube o caminho certo. Sempre soube, mas nunca segui por ele. Sabe por quê? Porque seria difícil demais.
Mulheres... Enquanto as observamos, vivemos.
Você não é um homem ruim, tenente! Você apenas tem traumas.
Não me dê de ombros, eu sou cego. Mantenha a linguagem corporal para as garotas.
— O que foi, está morrendo de alguma doença incurável?
— Não, estou aqui, senhor.
— Sei exatamente onde está seu corpo. Estou tentando descobrir se há indícios de um cérebro na sua cabeça.
Você tem integridade, Charlie. Não sei se o mato ou se o adoto.
— O que há de errado com você?
— Comigo?
— Sim, o carro está andando com dificuldade, não sabe por quê? Acho que o mundo inteiro está apoiado nos seus ombros.
A vida é um tango, em que o principal são os movimentos. Se parar, a dança para. Se parar, a vida para.
Você gosta desse filme? O que achou da atuação do Al Pacino? Em sua opinião, o Oscar foi merecido? Comente!