20 Histórias dolorosas de pessoas que precisaram abandonar seus hobbies

Histórias
Há 1 semana

Alguns de nós já arrasaram na dança, mandaram bem no skate ou até se dedicaram a soltar o gogó. Mas, infelizmente, nem todo mundo conseguiu manter suas paixões vivas. Por diversos motivos, muitos acabaram deixando para trás os hobbies que tanto amavam. Neste artigo, reunimos histórias de pessoas que contaram por que tiveram de abrir mão daquilo que mais amavam fazer e nunca mais voltaram atrás.

  • Passei muitos anos fazendo sabonetes artificiais. Um dia, minha tia apareceu e perguntou: “Tem sabonetinho?”. Peguei algumas peças e comecei a falar os preços. Mas ela queria de graça, dizendo que era para presentear as amigas no Ano-Novo. Então, tive uma ideia: peguei os pedaços que sobravam das aparas e disse que não cobraria nada por eles. O rosto dela mudou na hora. Tentei explicar que as sobras também eram de qualidade, mas minha mãe chegou e começou a me criticar, como se eu tivesse a obrigação de dar a ela o melhor de graça. Em suma, decidi largar o hobby no mesmo dia. Será que todo mundo acha que os materiais para minha arte caem do céu? © Overheard / Ideer
  • Comecei uma nova atividade, uma espécie de yoga leve. Tentei fazer yoga tradicional antes, mas não deu muito certo. Desta vez, gostei. No terceiro encontro, tentei fazer a posição do vaga-lume e caí com tudo sobre meu braço esticado. Por sorte, caí de um agachamento, e não da altura total do meu corpo de pé. Bem, não voltei mais à yoga; agora, a aeróbica na água é a minha praia. © Tricochka / Pikabu
  • Eu me dedicava à cerâmica. O último projeto que fiz foi um conjunto de jarra e tigela com uma camada de esmalte craquelado. Mas, enquanto finalizava a queima, ouvi algumas pessoas rindo das minhas peças. Nunca mais voltei para a cerâmica e passei a pintar com aquarela. Formávamos grupos de quatro pessoas na casa do professor e tínhamos aulas de três horas. Admito que as outras mulheres eram semiprofissionais ou tinham, pelo menos, diplomas em artes. Elas eram muito mais talentosas. Eu gostava das aulas, mas percebi que não aprendíamos muito. Basicamente, eu pagava 10 dólares por hora para pintar com aquarela enquanto o professor fofocava com as “verdadeiras” artistas e me ignorava. © Elsa Jean Murray / Quora
  • Tive de abandonar o skate. Quando criança, eu me saía super bem. Mas, um dia, enquanto andava com amigos, errei ao aterrissar depois de um salto, caí e ouvi um estalo: minha prancha havia quebrado. Cair nunca foi um problema para mim, pois sempre acreditei que, se você se levantar e tentar novamente, o medo não se fixava no subconsciente. Mas, dessa vez, não havia como repetir o salto, minha prancha estava quebrada e eu não tinha outra. E aí foi isso. Depois desse dia, nunca mais consegui subir em um skate: foi como se algo na minha mente tivesse ativado o botão do “não”. Uma vez tentei superar esse bloqueio e voltar a andar, mas falhei de novo. Então, entreguei meu skate a uma criança na rua e esqueci para sempre meu antigo hobby. © TheDirtSyndicate / Reddit
  • No segundo ano, me inscrevi sozinha em aulas de dança. Meus pais foram comprar um vestido de baile para mim, mas voltaram com um terno. Não gostei. Eles disseram: “O vestido é para uma noite, mas o terno será útil”. Fui para o vestiário e percebi que todas as outras meninas estavam com vestidos lindos, enquanto as mães faziam seus penteados e maquiagens. Depois da apresentação, minha mãe disse que eu dançava mal e que ela estava perdendo dinheiro pagando as aulas. Abandonei as aulas de dança. © Overheard / Ideer
  • Fiz aulas de dança por 10 anos quando era pequena, mas tive de abandonar por causa dos estudos. As aulas da escola regular e da escola de dança coincidiam, e comecei a ficar para trás nas coreografias por conta das faltas, até que precisei deixar a dança de vez. Já se passaram 14 anos, perdi toda minha flexibilidade, mas ainda sonho com a leveza dos movimentos e com a facilidade de fazer um espacate. © Overheard / Ideer
  • Com o tempo, tocar violão sozinho ficou entediante. Não sei cantar, e não tive oportunidade de me juntar a uma banda. Também parei com a fotografia, mas nem lembro por que perdi o interesse. Agora estou pensando em desistir de estudar japonês, porque ultimamente tenho me envolvido com a cultura pop coreana. © н15×1н0м1к1 / Reddit
  • Eu costumava costurar o tempo todo. Minha filha, quando criança, era magrinha e comia pouco, então eu mesma precisava costurar roupas adequadas para ela e ajustar os uniformes esportivos ao tamanho dela. Agora tenho 70 anos, e minha visão já não é como antes. Parei de costurar porque não consigo mais passar a linha na agulha. Sinto muita falta dessa atividade. © Dyan Richardson / Quora
  • Eu passava várias horas por dia jogando videogame. Um dia, sentei novamente diante do computador e percebi que, por alguma razão, todas as missões estavam em uma área que exigia um longo voo de grifo para chegar. Em poucos minutos, algo dentro de mim explodiu: “Que tédio! Por que eu ainda faço isso?”. Assim, de repente, desapareceu meu amor pelos videogames. © RibsNGibs / Reddit
  • Colecionei bonecas por cerca de sete anos. Comecei aos 36 anos, mas meu foco sempre foi apenas admirar as bonecas. No início, só queria encontrar aquelas que eu sonhava ter na infância. Depois, o hobby me envolveu completamente. Não gosto de acumular coisas desnecessárias em casa, então sempre limitei a coleção a 10 ou 15 bonecas. Comprava novas e vendia as que não me interessavam mais. Hoje, parei um pouco com esse hobby por questões financeiras e porque perdi um pouco o interesse. Já vendi quase todas, mas ainda entendo bastante do assunto e consigo identificar o fabricante ou a edição de uma boneca sem dificuldade. © Parsohod / Pikabu
  • Eu tinha uma vizinha, uma garota complicada que sempre tirava notas medianas. Um dia, ela disse: “Quero aprender a tocar violino”. Os pais a matricularam na escola de música, mas viviam ameaçando parar de pagar pelas aulas. Ficavam felizes por ter esse “instrumento de pressão”. Porém, em algum momento, lá pelo oitavo ou nono ano, a “mola” não aguentou a pressão e voltou à posição original. Era sempre a mesma história. A menina dizia que não queria ir para a casa de campo. “Então não vamos pagar a escola de música!”, a mãe gostava de repetir. Resultado: a violinista acabava capinando a horta, colhendo cerejas, carregando água. Basicamente, ela trabalhava como um tratorzinho durante toda a temporada. O mesmo acontecia em casa. Ensinar a trabalhar é uma coisa, mas jogaram todo o serviço sujo nas costas dela.
    — Estou cansada!
    — Então não vamos pagar a escola de música!
    — Não quero usar o casaco velho da avó!
    — Então não vamos pagar a escola de música!
    Se a vizinha já não era das mais gentis, naquela época ela virou quase um Darth Vader: magra, com uma voz robótica e sem vida. O som do violino vindo do outro lado da parede foi se tornando cada vez mais raro. Depois que a vizinha surtou, quase não a vi mais. Dizem que, algum tempo depois, ela conseguiu abandonar os maus hábitos, terminou a faculdade e ainda vive na cidade. Mas o violino não faz mais parte da vida dela. Até hoje, lembro o que são legato e pizzicato e como aquela delinquente nata me explicava apaixonadamente sobre uma música que achava entediante. © Diplaktika / Pikabu
  • Em 2010, lançaram uma revista que vinha com uma miniatura de cachorro em cada edição. Cada brinquedo tinha uma plaquinha no colar que indicava a raça do animal. Por exemplo, um coração significava que era uma raça de cães pequenos. Apaixonada por cães, decidi que completaria a coleção inteira. Fui uma aluna exemplar, ajudava minha mãe em casa, tudo para bancar meu novo hobby. O tempo passou. No quiosque onde eu comprava meus “tesouros”, informaram que aquele seria o último número, a 60ª edição. Não haveria mais novas raças. Fui para casa, organizei meus cachorrinhos em fila e contei: exatamente 60. Meta cumprida, eu tinha a coleção completa com a qual havia sonhado por meses.
    Quando meu aniversário de 16 anos se aproximou, minha mãe me presenteou com uma viagem aos Emirados Árabes Unidos, e eu fui aproveitar o verão lá com minha avó. Ao voltar para casa, fui para meu quarto e, ao olhar o armário, percebi que minha coleção tinha sumido. Tremendo, fui até o quarto dos meus pais e perguntei à minha mãe onde estavam meus cachorros. “Eu levei aqueles brinquedos para o orfanato. Para que você quer isso? Já é uma moça adulta, não brinca mais com besteiras. Não perca tempo com isso”, disse ela. © Overheard / Ideer
  • Parei de praticar escalada porque odiava praticar na natureza. Mas sempre me obrigavam a participar dos encontros. Era uma pressão social real: todos exigiam que eu melhorasse minhas habilidades, que enfrentasse trilhas mais difíceis, enquanto eu só queria curtir tranquilamente na parede da academia. © OSUfirebird18 / Reddit
  • Eu jogava World of Warcraft por 4 horas por dia, e ainda mais nos fins de semana. Eu era o principal healer do meu clã. Um dia, minha esposa perdeu a paciência. Ela veio até mim e disse: “Dá uma olhada nisso aqui”. Olhei e parei de jogar naquele mesmo dia. Na mão dela estava uma tabela com o tempo que eu tinha passado no jogo. Minha esposa fez bem em intervir; era uma verdadeira dependência. Meu clã se desfez pouco depois da minha saída, e as pessoas que eu considerava meus amigos cortaram contato comigo quando parei de jogar. © DoomOne / Reddit
  • Desde os 15 anos, me diziam que hobbies e interesses eram “coisa de criança”. O que importava de verdade era estudar, trabalhar e ter responsabilidade para lidar com as obrigações domésticas. Tive a chance de ir para uma escola de música, mas me desencorajaram dizendo que isso atrapalharia meus estudos. Quando mencionei estudar artes, minha mãe riu alto, dizendo que isso era “infantil”. Comprei uma guitarra e tentei aprender sozinho, mas ela acabou sendo “esquecida” durante uma mudança. Da adolescência, só restaram meu diploma, certificados de competições, miopia e escoliose. Hoje, com 34 anos, faço aulas de canto e guardo isso em segredo, só minha esposa sabe. Começar tão tarde é difícil, e lamento não ter tido a oportunidade de frequentar aulas de música na infância, nem que fosse por um curto período. Não era questão de dinheiro, que não faltava, mas sim da visão de mundo limitada que minha mãe tinha. Agora, meu filho faz luta e escalada: e foi ele que escolheu decidiu! Tentamos várias coisas e mantivemos o que ele gostou. Também comprei um teclado “para ele”, mas quem toca sou eu, é claro. © Anônimo / Pikabu
  • No sétimo ano, eu jogava no time de futebol da escola. De tempos em tempos, precisávamos participar de avaliações para que nosso time recebesse uma classificação oficial. Um dia, avisei o treinador com três dias de antecedência que não poderia comparecer por razões pessoais com justificativa. Depois disso, ele começou a me ignorar, me forçava a treinar até o limite e inventava exercícios estranhos. Isso durou um ano inteiro. Acabei deixando o time e nunca mais joguei futebol. © Callie Wagers / Quora
  • Eu costumava fazer crochê com frequência. Procurava padrões diferentes, seguia esquemas personalizados e cheguei a criar várias peças. No entanto, nunca consegui realmente amar essa atividade. Com o tempo, só fazia o que era realmente necessário. Sinto muita pena de ter abandonado o crochê, um hobby que passou de geração em geração na minha família. © mishyfishy135 / Reddit
  • Experimentei vários esportes. Na infância, fiz ginástica rítmica, depois joguei vôlei e pratiquei natação, mas nada me agradou muito. Já adulta, tentei fitness, pilates, ioga e até dança, mas nenhuma dessas atividades me trouxe verdadeira alegria. Eu pedalava na academia pensando: “Quando isso vai acabar?”. Odeio suar, sentir calor, ter dores musculares, e ainda precisar tomar banho, recuperar o fôlego e lavar as roupas depois. Por tudo isso, desisti do esporte. Sei que é bom para o corpo, mas simplesmente não consigo me obrigar. Em compensação, desenvolvi meu intelecto: li centenas de livros, assisti a ótimos filmes e ouvi muita música. Adoro resolver palavras cruzadas e participar de jogos intelectuais. Mas esporte? Definitivamente não é minha praia. © Overheard / Ideer

As histórias que lemos aqui mostram como é fácil perder as paixões que um dia nos fizeram felizes. Mas também é possível encontrar inspiração e experiências calorosas em momentos inesperados, por isso não deixe de conferir esta seleção.

Imagem de capa Overheard / Ideer

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