20 Fatos fascinantes e pouco conhecidos sobre a nobreza do passado

Curiosidades
há 2 anos

Vestidos brilhantes com crinolinas, cavalheiros galantes de fraque, servos e uma abundância de comida deliciosa na mesa — a vida das mulheres abastadas dos séculos XVIII e XIX pode parecer um verdadeiro conto de fadas para uma pessoa romântica moderna. No entanto, tudo não era tão magnífico assim e vamos te mostrar alguns motivos.

  • A vida da alta sociedade no passado não era considerada um passatempo divertido, mas um trabalho árduo: no meio da temporada de bailes, os “trabalhadores” só conseguiam dormir algumas horas por dia. Quartos abafados e espartilhos excessivamente apertados também eram motivo de aflição, e noites de dança muitas vezes se tornavam a causa de muitas doenças em beldades de famílias nobres.
  • Ao final de uma sequência de danças ativa, a aparência das garotas mudava: devido ao terrível abafamento, no final da noite, toda a maquiagem ficava borrada. Blush e batom pingavam na gola do vestido, que na época nem sempre era passível de lavagem.
  • Nem mesmo as joias aguentavam: devido aos movimentos intensos, correntes e colares se desmanchavam e acabavam no chão. Um pintor da corte lembra que muitas vezes a música nos bailes era abafada pelos estalos vindos do chão. Eram pedras e pérolas espalhadas e pisoteadas pelos dançarinos.
  • O mesmo destino dos colares de pérolas esperava os acessórios que imitavam pintas, originados na França no século XVIII. Eles não apenas escondiam várias imperfeições da pele, como também ajudavam os cavalheiros a entender sem palavras as intenções da sua companheira.
  • Essas joias no rosto diziam muito aos homens. Posicionadas sob o lábio inferior, enfatizavam a modéstia da garota; colocadas no lugar de covinhas nas bochechas, indicavam que sua dona sonhava com uma vida divertida e despreocupada; usadas perto dos cantos da boca, salientavam o desejo da jovem de ter um relacionamento romântico.
  • Porém, nem sempre era possível passar uma boa indireta: os acessórios costumavam cair durante os bailes.
  • Considerava-se de bom tom enviar convites uma semana antes da festa. Livros de etiqueta advertiam: “Nada pode ser mais ofensivo do que saber sobre um evento para o qual você não foi convidado”. Era quase impossível recusar um convite: os anfitriões podiam se sentir ofendidos por uma resposta negativa, o que no futuro levava até à exclusão da “lista de pessoas da alta sociedade”.
  • Mesmo as beldades mais nobres às vezes desafiavam a sociedade com seu comportamento e trajes provocantes, e algumas delas até eram expulsas dos eventos.
  • Por exemplo, a princesa Elizabeth Trubetskaya se destacou por dar os melhores bailes e festas de maneira pouco honesta: para atrair mais nata da sociedade, a princesa impedia os bailes dos concorrentes comprando todas as flores da região.
  • Como podemos ver, boa parte da realeza se entretinha de maneiras diferentes. A imperatriz Elizabeth Alekseievna tinha um diário secreto. Podia parecer que aquele era um simples caderno de anotações de uma senhora comum, onde ela escrevia sobre os lugares por onde passeava, sobre os bailes ou coisas do tipo. Entretanto, era um verdadeiro diário romântico, no qual Elizabeth descrevia todas as situações em que teve a oportunidade de ver seu amado.
  • Enquanto as damas que sonhavam em romper com os costumes tradicionais chocavam o público com suas travessuras ambíguas, a maioria das representantes da alta sociedade mostrava sua individualidade por meios menos radicais, como joias.
  • No final do século XIX, um modelo de colar justo entrou na moda. Por seu formato, muitas vezes era chamado de “coleira de cachorro”, embora fosse geralmente complementado por outros colares caindo no busto. A tendência provou ser duradoura, saindo de moda apenas nos anos de 1910.
  • Outro sinal de pertencimento à alta sociedade era o hábito da aristocracia de organizar cafés da manhã que tendiam a acontecer entre as 12h e as 14h. Os homens normalmente discutiam assuntos financeiros, e as damas costumavam fofocar.
  • Os cafés da manhã eram seguidos por jantares frequentemente realizados em restaurantes caros. As pessoas levavam a sério cada refeição e ficavam à vontade para comer pratos fartos.
  • Antigamente, as mulheres plus size faziam sucesso porque acreditava-se que “uma dama que gostava de comer era um ser muito especial, uma pessoa digna de respeito, preciosa e muito rara, com uma tez maravilhosa, olhos vivos e escuros, belos dentes e um sorriso encantador”.
  • Boa pare dos representantes da aristocracia também gastava uma fortuna em teatros. Assistir a uma peça, mesmo para uma pessoa rica, custava um bom dinheiro. Era especialmente prestigioso ter seu próprio camarote: a posse de um dizia muito sobre o alto status de seu dono.
  • Várias mulheres costumavam se produzir antes de ir ao teatro no intuito de impressionar o público com sua beleza, vestidos e joias. No entanto, as regras proibiam olhar para os espectadores admirados através das lentes de um lornhão, por isso as representantes da nobreza às vezes se contentavam apenas com o que estava acontecendo no palco.
  • As garotas eram instruídas a não manter os olhos nos atores por muito tempo e nem assistir de perto as cenas de amor no palco. Contudo, a própria presença de um lornhão como acessório elevava sua autoridade aos olhos dos outros, porque às vezes o aparelho era incrustado de pedras preciosas.
  • Com o tempo, os homens passaram a usar esse item, pois também preferiam olhar as pessoas de status social mais baixo.
  • Para melhorar sua saúde, que por vezes sofria nos bailes, a nobreza do passado ia para os resorts no exterior, como Baden-Baden (Alemanha), Karlovy Vary (República Checa) ou a Riviera Francesa.

O que mais te surpreendeu na vida das damas dos séculos passados?

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