19 Histórias da vida que nenhum roteirista poderia inventar
Para escrever um roteiro brilhante, você não precisa de uma imaginação muito rica. Basta olhar ao seu redor e a própria vida lhe dará uma história cheia de detalhes tão intensos que fará com que você duvide de viver na realidade. Leia histórias reais, como a da mosca Javier e da avó que conheceu seu príncipe aos 72 anos, e você vai ver.
O Incrível.club compilou histórias de usuários de Pikabu, Quarto No. 6 e Ouvido casualmente, que mostram que a vida é a melhor roteirista.
- Conheci uma garota num site de encontros. Ela foi legal, não atrasou no nosso primeiro encontro. Passamos algum tempo no café e depois fomos dar uma volta. Passando pela delegacia, paramos em frente a um cartaz com “os mais procurados”. Ela apontou para uma das fotos e disse: “Esta é minha mãe”. E então começou a rir, parou e acrescentou: “Eu não estou brincando, ela é minha mãe de verdade, está se escondendo da polícia há seis meses.”
- Minha avó de 72 anos é muito ativa. Ele começou a aprender inglês no seu tempo livre, embora todos zombassem dela. Dois anos atrás, conheceu um homem da idade dela, da Noruega. Ele a visitou uma vez, mas ela não o apresentou à família por medo de passar por ridícula. Um ano depois, eles se casaram e ela foi embora. E ontem eles vieram nos visitar: um homem atraente e atleta, que parece bem mais novo, minha avó magra e bronzeada, vestida de jeans e uma blusa elegante, com um penteado moderno, olhos brilhantes, os dois sempre de mãos dadas. Ela já sabe falar inglês, está aprendendo norueguês e eles viajam muito. Passaram uma hora conosco e foram visitar os museus. E nós, incluindo minha mãe, ficamos completamente estupefatos, em silêncio pelo resto do dia.
- Devido ao trabalho, muitas vezes tenho que voltar para casa tarde, passando por ruas sem iluminação. O transporte público não circula depois das 21h00 e um táxi é muito caro. Além do spray de pimenta, eu sempre carrego uma máscara horrível de Halloween na minha bolsa. Quando vou para casa no escuro, eu a coloco e tenho um gravador pronto com a gravação de uma risada satânica. Até agora, ninguém me atacou, mas às vezes até quero que isso aconteça para ver a reação da pessoa.
- Quando adolescente conheci um garoto. Ele morava fora da cidade e nos víamos pouco, porque nossos pais não nos deixavam ir tão longe. Conversávamos pela internet, às vezes telefonávamos um para o outro. Então, o relacionamento acabou, mas não houve separação “oficial”. Após 4 anos de tédio, escrevi para ele, dizendo que deveríamos nos separar de uma maneira amigável. Nós rimos um momento lembrando daqueles tempos e decidimos nos encontrar. Estamos juntos há 6 anos, depois desse novo encontro, e há 10, se contarmos os 4 de contato interrompido.
- Um dia fomos dar um passeio na floresta. Lá, tropeçamos numa porta no chão que por curiosidade abrimos. E entramos. O que vimos nos surpreendeu muito, e tudo muito bem conservado: uma enorme TV, DVDs com filmes, uma adega cheia de bebidas caras, livros, charutos, móveis de couro, ar condicionado, janelas no telhado, fogão, ferramentas caras e fiação elétrica conectada a um gerador. O refúgio, aparentemente, havia sido abandonado por dez anos. Na minha opinião, era propriedade de um homem de bom gosto casado com uma mulher chata. Depois descobri que era o “covil” do nosso vizinho que se mudou para os Estados Unidos.
- Meu marido e eu nos conhecemos na sala de emergência. Cheguei com uma queimadura e ele tinha torcido a perna. Estamos juntos há 2 anos e durante todo esse tempo nos perguntamos: o que responderemos ao nosso filho se ele perguntar como nos conhecemos?
-
Eu peguei um táxi. Quando estávamos a caminho, perguntei ao taxista:
— “Esta mosca é sua ou posso colocá-la pra fora?”
— “Deixe, se não se incomodar”, ele respondeu. “Este é Javier, ele precisa ir para o aeroporto.”
- Há uns dois anos trabalhei numa loja de presentes caros. Nós tínhamos um cliente regular: um homem maduro e inteligente, que era médico. Ele comprou todos os palhaços de porcelana: desde os menores, avaliados em 30 dólares, até os que mediam meio metro e custavam mais de 300 dólares. Sabia-se que ele os comprava para presentear sua filha. Certa vez, perguntei onde ele os guardava, porque o homem havia comprado uma quantidade absurda deles. Acontece que sua filha tinha um quarto inteiro para guardar os palhaços em seu castelo na Inglaterra! Ela estudou lá e se casou com um conde. Acho que quando ele me contou, minha inveja adquiriu uma aparência física, assim como o orgulho do homem em ter um conde como genro.
- Minha amiga espirrou de tal maneira que seu tímpano estourou. Por muito tempo foi um exemplo de “azar” para mim, até que um dia eu desloquei meu queixo ao bocejar. Não admira que sejamos melhores amigas.
- Trabalho de caixa num supermercado. Em um dia atendo centenas de pessoas. Para mim, são todas iguais. Não vejo nada de impressionante. Por algum tempo, um cara legal veio com frequência fazer as compras e notei que gostava dele. Sempre sorrindo, mas particularmente tímido. Certa vez, quando eu estava meio pra baixo, entediada, querendo ir para casa ... esse cara veio. Atendendo-o, depois de dizer a frase padrão, acrescentei: “Você não vai precisar de uma caixa?”. E ele respondeu: “Sim, eu preciso”. Ele riu. Estou apaixonada por ele.
- Quando estava no colégio, um dia, depois das aulas, fui com minhas amigas à cafeteria onde vi meu pai com uma loira. Ela estava sentada de costas para mim, e meu pai tão absorto na conversa que nem me viu. Me deu tanta raiva, que me aproximei e joguei um copo de água gelada na cabeça da linda. Ela pulou gritando, mas vendo seu rosto, percebi que era minha mãe que tinha pintado o cabelo loiro.
- Caminhava pela rua, tudo normal até que parei no semáforo, olhei pensativamente para o outro lado da rua, e o que vejo? Uma avó num traje esportivo rosa brilhante, acompanhada de um galo na coleira.
- Uma conhecida da minha tia, após o divórcio, tornou-se fã de esportes radicais. Ela decidiu saltar de paraquedas. No primeiro salto, uma fissura na espinha. Um mês tomando analgésicos, mas ainda tirando um sarro: “Sou uma idiota, eu deveria praticar mergulho!”. Depois de seis meses, uma ligação: “Estou te ligando de um hospital, fui atacada por uma arraia!”
- Uma vez estava no acostamento da rodovia e, de repente, a porta traseira de uma van se abriu e uma caixa caiu bem na frente dos meus pés. A porta se fechou e o carro desapareceu no horizonte. Eu nem tive tempo de me assustar. Abri a caixa, estava cheia de sorvete. Definitivamente sou uma mulher de sorte!
- Uma vez por semana, ajudo minha avó a fazer compras no mercado. A última vez, quando estávamos lá, presenciei uma briga entre duas vendedoras de carne: uma delas puxando as tripas e a outra se protegendo com a cabeça de um carneiro.
- Eu estava parada ao lado de uma cafeteria na China esperando minha amiga. Fazia frio, chovia e eu tinha esquecido minha jaqueta, a bateria do telefone tinha acabado, minha amiga estava atrasada e eu não sabia quando chegaria. Além de tudo, eu não sabia falar chinês, ou seja, o kit completo. Já estava ficando nervosa quando, de repente, um garçom saiu e me entregou uma xícara de café com leite. Um pouco frustrada, comecei a procurar minha carteira, mas ele balançou a cabeça, me deu a xícara, sorriu e foi trabalhar. Não perguntei seu nome, ele não me disse nenhuma palavra, foi um detalhe, mas eu ainda me lembro daquele café delicioso.
- Meus sapatos foram roubados no trem. Eu dormi e acordei pronta pra descer na próxima estação, mas não consegui encontrá-los. Procurei por toda parte, divertindo pessoas que viajavam no mesmo trem. Comecei a chorar, pois ainda tinha que pegar o ônibus para ir para casa. Um jovem me ajudou, cedendo-me os seus chinelos. E aqui estou eu, sentada na delegacia, usando chinelos 6 números maiores, com lágrimas no rosto. As pessoas estão me olhando de canto de olho. É ofensivo e triste, mas, ao mesmo tempo, é engraçado. Sou grata ao rapaz. E vou devolver os seus chinelos.
- Quando eu era criança e tinha pesadelos, pulava da cama e corria descalça de pijama para o escritório do meu pai. Ele era arquiteto, mas muitas vezes pintava para descansar do seu trabalho principal. Ele corria para seu escritório e sentava-se no sofá, me cobrindo com um cobertor. Eu, tremendo de medo, lhe descrevia a terrível criatura com a qual eu havia sonhado... Meu pai me ouvia atentamente e, ao mesmo tempo, pintava minhas palavras. Qualquer que fosse o monstro, na tela era sempre um animalzinho engraçado. Eu costumava dizer com indignação: “Papai, não se parece em nada com esse monstro!” — e ele me respondia surpreso: “Sério? Com licença, você pode descrever de novo?”. E assim que tentava lembrar o sonho, percebia que ele praticamente tinha sido apagado da minha memória, portanto não havia mais nada a temer.
Você já teve uma experiência em sua vida que poderia virar um roteiro de Hollywood?