Começar um novo negócio é uma tarefa desafiadora e muitas vezes cara. Mas pessoas que realmente se dedicam e encontram seu nicho costumam alcançar o sucesso. As histórias do nosso artigo de hoje falam sobre mulheres, homens e até crianças que descobriram sua paixão pelo empreendedorismo e o desejo de criar algo novo.
- Quando meus filhos eram pequenos, eu costumava cuidar dos filhos dos vizinhos de vez em quando. Moro no mesmo lugar há quase 20 anos e conheço muitos pais da vizinhança. Agora, uma vez por mês, organizo uma ‘sexta-feira livre’ para eles: ofereço uma noite completa de diversão para as crianças enquanto os pais aproveitam um tempo só para eles. Cobro R$80 por criança. Em casa, temos um balanço na árvore, assistimos a filmes, jantamos com direito a sobremesa. As crianças adoram e sempre tenho um grupo animado de 8 a 10 crianças para passar a noite, elas dormem em sacos de dormir. Na manhã seguinte, preparo o café da manhã antes de os pais virem buscá-las. © FurryFreeloader / Reddit
- Um conhecido trabalha com kart e, quando seu filho, Dima, completou 15 anos, decidiu ganhar um dinheiro extra durante o verão. O pai propôs que ele ajudasse no kartódromo e ofereceu um acordo: Dima receberia 20% de todo o faturamento que ultrapassasse a média da temporada. Dima não era exatamente fã de karts, mas aceitou. O negócio não ia muito bem, pois era tocado por funcionários contratados. Quando Dima chegou, percebeu que não havia sequer uma área de espera. Os funcionários diziam que os clientes andavam assim que chegavam, mas, depois que ele colocou dois sofás, logo apareceram pessoas esperando sua vez. Em seguida, adicionaram algumas mesas. Logo, um cliente ligou perguntando se poderiam alugar o espaço para um evento corporativo. Dima criou duas contas nas redes sociais e instalou duas máquinas — uma de lanches e outra de café. Realizaram o primeiro torneio, e o kartódromo chegou até a ser destaque na mídia local. Ao final das férias de verão, o faturamento tinha crescido 40%, e Dima recebeu os merecidos R$5.000. © ViBo / Pikabu
- Um jovem teve uma ideia de negócio curiosa: começou a coletar aquelas plantas secas que rolam com o vento, embalá-las em caixas e vendê-las com uma grande margem de lucro. Ele descobriu que essas plantas são bastante procuradas para cenários de filmes e peças de teatro, além de serem usadas em decorações e artesanato. Percebendo que ninguém explorava esse nicho de coleta e entrega, ele aproveitou a oportunidade. Com abundância de matéria-prima e demanda crescente, seu negócio rapidamente se tornou um sucesso. © Bigtsez / Reddit
- Certa vez, saímos para tomar um ar, e de repente eu disse para minha esposa: ‘Silvia, e se a gente abrisse uma loja de artigos usados? Olha, nossa filha está crescendo, logo o carrinho de bebê não vai ser mais necessário, e o que vamos fazer com ele? E aposto que não somos os únicos com esse problema... dá para ganhar dinheiro com isso.’ Ela também ficou empolgada com a ideia, e discutimos o plano. Eu já tinha um registro de MEI, então decidimos abrir o negócio no nome dela. Ela encontrou um ótimo local para alugar — movimentado, no centro da cidade e praticamente pronto, até com prateleiras instaladas. Enquanto isso, eu escrevia um plano de negócios para conseguir fundos do centro de apoio ao emprego. Recebemos o dinheiro e mudamos para o novo espaço. Arriscamos tudo que tínhamos: colocamos nosso aparelho de som, o balanço infantil e o home theater à venda. Decidi que a loja teria um pouco de tudo — desde itens infantis até antiguidades — para que as pessoas viessem regularmente, nem que fosse só por curiosidade. Avaliávamos os itens online: buscávamos produtos em anúncios, checávamos o preço médio e, na compra, oferecíamos cerca de um terço do valor de um item novo — mas o pagamento era imediato. © Autor desconhecido / Pikabu
- Meu marido foi transferido para trabalhar em outra cidade, e tivemos que nos mudar. Ficar dependendo dele não faz meu estilo, então pensei em algo que eu soubesse fazer bem: cuidar de hortas e plantas. Resolvi testar a ideia e coloquei um anúncio em um grupo local oferecendo serviços de paisagismo e cuidados com plantas de interiores. Fui dormir e, na manhã seguinte, quase caí para trás com a quantidade de mensagens que recebi. Achei que teria alguns clientes esporádicos, mas já faz quase um ano que trabalho com plantas praticamente todos os dias da semana. O rendimento é excelente, e o melhor: agora, sei que posso me virar sozinha até em uma cidade nova.. © Overheard / Ideer
- Sempre tive uma veia empreendedora: ainda na escola, eu fazia roupas tricotadas e costuradas para as colegas nas aulas de artesanato e cobrava por isso. Eu adorava trabalhar com artes manuais, mas meus pais achavam que era só uma brincadeira e me obrigaram a estudar contabilidade. Como era uma filha obediente, terminei o curso e consegui o diploma. Hoje, esse ’passatempo’ paga todas as minhas contas, pois tenho uma lojinha de roupas de tricô e recebo encomendas regularmente. Meus pais ainda acham que não escolhi o caminho certo, mas minhas peças vendem, enquanto o diploma só acumula poeira na prateleira. © Caramel / VK
“Faço crochê e vendo bonecas.”
- Na escola, organizaram uma feira onde podíamos levar nossos artesanatos para vender. Minha irmã mais velha fez para mim duas pares de chinelinhos de boneca com miçangas para vender. Um garoto chegou e comprou rapidamente os dois pares. Feliz, saí correndo para gastar o dinheiro, mas fiquei chocada ao ver que ele estava revendendo os chinelinhos pelo dobro do preço. Foi assim que, aos 7 anos, aprendi o que são os revendedores. © Overheard / Ideer
- Quando meu filho tinha apenas 12 anos, começou a ganhar dinheiro. Ele desenhava muito bem, criava avatares para redes sociais, editava fotos, fazia capas para videoblogueiros e até editava alguns vídeos. Frequentemente, ele pedia meu cartão para receber o pagamento, e às vezes chegava a ganhar mais do que eu e meu marido juntos. O mais impressionante é que ele aprendeu tudo sozinho e encontrava os trabalhos por conta própria. Durante um ano, ele se dedicou intensamente a isso, comprou tudo o que queria, atualizou o computador, trocou de bicicleta e, um dia, disse que já não tinha mais interesse em trabalhar. © Mamdarinka / VK
- Estudei com um garoto cujo pai inventou a garrafa de ketchup que pode ser espremida. Eles eram muito bem de vida, mas nunca ostentavam, e eu os respeitava muito por isso. Com certeza, foi uma das maneiras mais inusitadas de enriquecer que já vi. © accountofyawawawaworht / Reddit
- Uma jovem teve uma ideia de negócio inusitada: ajudar pais ricos na China a escolher nomes em inglês adequados para seus filhos. Em muitos países da Ásia, é comum que as crianças recebam um segundo nome em inglês, usado frequentemente na vida adulta, especialmente em viagens de negócios. Os pais enviam fotos dos filhos, e ela sugere opções de nomes — cobrando $65 por cada sugestão. © christw_ / Reddit
- Nos anos 90, eu e uma amiga juntamos nosso estoque de coisinhas de menina (cartõezinhos, miçangas, purpurinas, botões bonitos) e colocamos tudo em um saquinho caprichado. Fizemos uma lista de cada item em pequenos papéis, dobramos direitinho e colocamos em uma caixa. Levamos tudo para a escola e organizamos uma rifa onde todo mundo ganhava. Pagava uma moeda, tirava um papelzinho e levava um prêmio. O sucesso foi enorme, assim como a bronca que levamos da coordenadora e dos nossos pais. © Goreotumaeva / Pikabu
- Em 1988, eu estava na segunda série e abriu uma loja na cidade que, além de vender chicletes, tinha fotos do Bruce Lee, Chuck Norris e outros. Meu avô era fotógrafo, e eu também andava interessado em fotografia. Tive uma ideia na hora: comprei três fotos, re-fotografei, e meu avô retocou e fez várias cópias. Depois, comecei a vendê-las na escola. O negócio estava indo muito bem, até que os pais de dois colegas reclamaram que eles estavam pegando dinheiro sem permissão para comprar as fotos. Depois disso, a coordenadora me ‘desmascarou’ como especulador na frente de todos por meia hora". © Uralmso / Pikabu
- Lá por volta de 2005, minha mãe vendeu às pressas dois quiosques: um que vendia frutas e verduras, e outro com bugigangas como chaveiros, presilhas, elásticos e brinquedos. As frutas e verduras nós comemos em casa, e o restante vendemos com desconto para conhecidos. Mas as bijuterias e acessórios femininos sobraram, então eu, que na época estava na 5ª série, resolvi levá-los para vender aos meus colegas. A demanda era grande. Logo, começaram a aparecer alunos de outras turmas. Em média, eu ganhava de R$40 a R$70 — uma boa grana. Mais tarde, os professores descobriram meu negócio e começaram a me expulsar das salas, mas isso só me ajudou, pois no corredor o movimento era ainda maior. Até que minha mãe foi chamada para falar com a diretora. Ela disse:
— Faça algo com o seu filho. Isso é inaceitável, mesmo que não atrapalhe as aulas.
E minha mãe respondeu:
— Tem razão, vou fazer algo. Vamos comprar um computador para ele como recompensa. Ele quase já conseguiu o dinheiro para isso.
Foi assim que ganhei meu primeiro computador. © wakerss1 / Pikabu - Um conhecido mal conseguia passar nas matérias da escola, mas sua veia empreendedora sempre me impressionou. Ele era capaz de vender qualquer coisa! Ainda nos tempos de escola, começou um negócio de compra e revenda de itens usados. Ele comprava roupas de marca em condições não muito boas, geralmente por preços baixíssimos, e depois as consertava, lavava e restaurava. Uma vez prontas, revendia as peças por 2 a 3 vezes o valor pago. Seu rendimento médio chegava a R$1.200 por mês © Margarita Igorevna / Histórias de trabalho / VK
- Há cerca de 4 anos, percebi que os saquinhos com fecho zip estavam acabando rápido demais em casa. Descobri que minha filha de 10 anos estava misturando ursinhos e minhoquinhas de goma com temperos espanhóis e chamoy (um condimento mexicano feito de frutas secas e pimenta — nota do Incrível) e vendendo na escola por R$25 o saquinho. Ela chegava a ganhar entre R$500 e R$750 por semana. Agora, prestes a fazer 15 anos, ajudei-a a montar seu próprio negócio de doces, e suas guloseimas já estão à venda nas lojas da nossa cidade. © TheWizardry90 / Reddit
- Desde a adolescência, sempre sonhei em abrir minha própria confeitaria. Em casa, todos adoravam meus doces, mas apoiar meu sonho? Isso, nunca. Minha mãe insistia que eu nunca daria certo como empreendedora e que isso não era para mim. Meus pais me forçaram a entrar na faculdade de pedagogia. Chorei, protestei, mas ninguém me ouviu. Então, assim que completei 18 anos, a primeira coisa que fiz foi correr para cancelar minha matrícula. Minha mãe fez um escândalo... Nem quero lembrar! Desde então, já se passaram 4 anos e não nos falamos mais. Mudei de cidade, alguns amigos me ajudaram a conseguir um bom emprego e um lugar para morar. Hoje trabalho, mas não esqueci do meu sonho. Todos os meses, guardo dinheiro para o meu futuro negócio. Tenho certeza de que vai dar certo! E, se não der, não vou me arrepender; é melhor tentar e falhar do que passar a vida toda lamentando por não ter tentado. © Work Stories / VK
Serviços criados com foco no bem-estar das pessoas costumam ter uma demanda especial. Por exemplo, esses pais que se esforçaram para atender às necessidades reais dos consumidores — e não se arrependeram.