16 Dados sobre o Japão que comprovam a existência de um universo paralelo

Curiosidades
há 6 anos

Por causa do forte terremoto que ocorreu no Japão em 2011, a Terra começou a girar 1,8 microssegundo mais rápido. Então, se as horas do dia não têm sido suficientes para você, agora já sabe quem culpar. Falando seriamente, o Japão é tão único que não só pode fazer a velocidade de rotação do planeta mudar, mas pode ser considerado um universo separado em si mesmo. E nós encontramos 16 provas disso.

Incrível.club nunca deixa de ser surpreendido pelas peculiaridades da cultura japonesa. Mergulhe em sua realidade conosco e descubra, entre outras coisas, por que nos semáforos da Terra do Sol Nascente o sinal azul é aceso em vez do verde.

1. Os japoneses pedem em casamento como quem contrata um cozinheiro

Os japoneses em geral são muito reservados e tímidos, então a proposta do casamento tradicional é feita de maneira indireta. Por exemplo, um homem pode perguntar a uma mulher: “Você vai cozinhar sopa de missô todos os dias para mim?” Outra alternativa é perguntar à mulher amada se ela está disposta a lavar as roupas do homem ou se irão deitar-se juntos no mesmo túmulo (no último caso, o homem quer descobrir se o amor dela é tão forte que durará mais que suas vidas).

Esta tradição está gradualmente se tornando obsoleta. Apenas os japoneses muito tímidos recorrem a essa maneira não romântica de expressar seus sentimentos. Atualmente são esperadas confissões mais francas e fervorosas que propõem casamento.

Antes do casamento, o noivo deve pedir permissão aos pais da noiva para se casar. Sobre esta questão, os japoneses são muito conservadores.

2. Alguns japoneses vivem durante anos em um cybercafé

No Japão, nem todas as pessoas podem alugar um apartamento, ou até mesmo um quarto-cápsula em um hotel. Alguns têm que viver por anos em um cybercafé, onde o espaço é tão pequeno que nem é possível se esticar completamente.

Além do acesso à internet, os cybercafés têm às vezes cabines de chuveiro e bebidas grátis. Seus preços (entre 12 e 22 dólares por dia) são mais baixos que os dos hotéis-cápsula (de 18 a 36 dólares), o que os torna populares entre os trabalhadores de baixa renda.

3. O chefe de uma estação de trem pode ser um gato ou um cachorro

Você se lembra da lenda do imperador romano Calígula, que nomeou seu cavalo como senador? Os japoneses não são nada malucos, mas na estação de trem Kishi, na prefeitura de Wakayama, um gato ocupa uma posição importante.

A primeira chefe ronronante foi Tama. O gato recebeu visitas de passageiros e um salário na forma de comida. Como uma celebridade local, ele inclusive estrelou um documentário. Após a morte de Tama, milhares de pessoas vieram para prestar-lhe homenagem, e ela também foi imortalizada em um templo xintoísta próximo, como a deusa do lugar.

Em 2015, a posição foi ocupada por sua sucessora: a gata Nitama.

E em uma estação na cidade de Ajigasawa trabalha um cachorro. Wasao (conhecido como busa kawaii, do japonês “feio-fofo”) ocupou o cargo de chefe da estação em 2011. Os japoneses o adoram e, da mesma forma que com Tama, um filme foi feito Sobre ele.

Graças aos animais, o fluxo de turistas aumentou consideravelmente nessas cidades: todos os anos, cerca de 120 mil pessoas vêm para ver o cão.

4. Nos canais de tratamento de esgoto nadam peixes

A água nos canais das ruas do Japão é muito limpa, nela não se joga lixo e as águas residuais não chegam. Em termos de qualidade, é ainda melhor do que a água da torneira, e há peixes nadando nela. A água subterrânea que alimenta esses canais pode ser usada para resfriar bebidas e preparar alimentos. Este sistema é chamado kabata. Na prefeitura de Shiga, os canais têm alturas diferentes: na parte inferior, os pratos são lavados e os peixes são alimentados com restos da comida. E, se você deixar um prato sujo na água por 3 horas, nem terá que se dar ao trabalho lavá-lo: as carpas vão comer até a última migalha.

Esses canais também são uma atração turística no Japão. Os passeios pagos que são realizados em Shiga fornecem fundos suficientes para a manutenção e limpeza dos canais.

5. As colegiais usam minissaias com meias altas até no inverno

Em qualquer época do ano, estudantes do ensino médio usam minissaias plissadas com meias brancas ou, menos frequentemente, azuis-escuras e pretas. Em anime, as meninas usam saias muito curtas, mas na maioria das escolas o comprimento de 15 cm acima do joelho é considerado ótimo.

Algumas fashionistas usam, em combinação com a minissaia, meias soltas, que fazem os tornozelos parecerem mais largos. E às vezes as meninas da escola transgridem as regras e encurtam as saias, dobrando ou costurando a bainha.

Algumas estudantes devem usar shorts sob as saias. Em muitas escolas japonesas não há vestiários separados para homens e mulheres, então as meninas colocam o uniforme esportivo diretamente sob o uniforme da escola.

6. Aqui há cafés onde se pode passar um tempo com corujas

Muitos já ouviram falar dos cafés onde você pode passar algum tempo na companhia de gatos. Mas o que acontece se você não compartilhar o amor universal por esses animais? Claro, vá a um café com cabras. Ou um com coelhos. Ou com corujas.

No Japão, existem muitos cafés com diferentes animais e pássaros. Um deles, o café com corujas Fukuro no Mise, está localizado em Tóquio. O lugar é tão popular que as pessoas fazem fila para entrar uma hora antes da abertura dele. Chamá-lo de “café” não é muito correto: não há comida, apenas uma bebida é oferecida. Incluindo o tempo com as aves, o passeio custa cerca de 17 dólares.

Com relação às corujas, existem regras muito rígidas: só se pode tocar nas costas ou na cabeça do pássaro. Além disso, todos os visitantes devem passar por uma instrução obrigatória antes de se aproximarem das aves.

7. No festival Hadaka Matsuri, participam milhares de homens semi ou completamente nus

Hadaka Matsuri é um festival anual no qual participam mais de 9 mil pessoas. Nele, as pessoas competem com uma quantidade mínima de roupas: um fundoshi — uma tanga tradicional, às vezes complementada com um happi (casaco tradicional de algodão japonês) e, em alguns casos, até mesmo sem nada de roupas.

O festival tem raízes religiosas, e a nudez, de acordo com a crença, deve evitar o infortúnio. Depois de nadar em água gelada, todos os homens tentam pegar galhos de madeira e ramos de salgueiro, que um sacerdote xintoísta joga para a multidão. Acredita-se que conseguir um atrai muita sorte, e é a busca por eles o que motiva os japoneses a participarem deste evento. O festival raramente acontece sem narizes quebrados e contusões.

8. Em Fukushima-1 até os robôs morrem

Em 2011, um forte terremoto no Japão causou um tsunami de 10 metros, que causou um acidente na usina nuclear Fukushima-1. O nível de contaminação radioativa na usina nuclear era tão grande que se tornou impossível acessar seu interior e remover os pedaços das barras de combustível fundidas. Cinco robôs foram enviados para a usina, mas não puderam retornar: assim que se aproximaram dos reatores, seus circuitos elétricos se descompuseram.

9. No Japão, gatos pretos trazem boa sorte

Você não verá um japonês tomando um caminho diferente porque cruzou com um gato preto. No Japão, existe a crença de que esse animal de estimação traz felicidade. É especialmente bom ter um gato preto para uma mulher solteira: acredita-se que ela terá muitos pretendentes.

10. Nas latas de cerveja existem inscrições feitas em Braille

No Japão, muita atenção é dada ao atendimento de pessoas cegas e deficientes visuais. Em algumas cidades há faixas táteis amarelas que ajudam pessoas com problemas de visão a se orientarem. E nas latas de cerveja há inscrições feitas em relevo: no sistema de leitura em Braille. Mas essas inscrições dificilmente podem ser úteis para estrangeiros com deficiências visuais, pois representam o sistema de leitura japonês.

11. Uma das empresas japonesas existiu por 14 séculos

Segundo dados de 2009, no Japão existem mais de 21 mil empresas com mais de 200 anos. E a empresa mais antiga do mundo, que existiu por mais de 14 séculos, foi a “Kongo Gumi”.

Esta empresa de construção foi fundada em 578. Especializou-se na construção de templos budistas e ergueu muitos edifícios famosos, incluindo o Castelo de Osaka.

A empresa sobreviveu a muitas guerras e outros períodos difíceis e conseguiu continuar trabalhando graças à sua flexibilidade. Durante a Segunda Guerra Mundial, dedicou-se a fazer caixões e, na sequência, voltou à sua atividade principal, usando estruturas de concreto resistentes a terremotos em vez de madeira.

Somente em 2006, devido à falência, foi absorvida por outra empresa.

12. Até apenas 3 anos atrás, boates japonesas não funcionavam depois da meia-noite

A lei que proibia a dança após a meia-noite em boates, bares e muitos outros locais públicos foi adotada em 1948. Nos anos do pós-guerra, as boates eram frequentemente locais de entretenimento para adultos. A situação mudou há muito tempo, mas a proibição não foi suspensa. Somente em 2015 a lei foi revisada e permitiu-se dançar em boates e bares com luz suficiente 24 horas por dia.

13. Em um dos programas de TV japoneses, as pessoas mordem coisas

Os japoneses têm muitos programas de TV estranhos, e este é apenas um deles. Nele, os participantes mordem diferentes objetos inanimados para descobrir se são ou não de chocolate. Os doces são tão semelhantes a móveis, acessórios ou sapatos reais que é impossível distingui-los.

14. Os japoneses raspam a cabeça para mostrar remorso

Assim era a estrela da cultura pop japonesa, Minami Minegishi, antes de raspar a cabeça.

Tradicionalmente, para admitir sua culpa, alguns japoneses raspam a cabeça. Isso pode ser feito por pessoas comuns, bem como por políticos conhecidos ou estrelas. E, às vezes, as mulheres também raspam o cabelo em sinal de remorso.

Em 2013, a pop star Minami Minegishi, membro do grupo japonês AKV48, raspou a cabeça como uma desculpa por ter passado a noite com o namorado. O contrato que a garota assinou com a AKV48 estipulava que seus membros não deveriam ter encontros, quebrando assim a imagem de uma garota inocente. A jovem disse que não queria deixar o grupo e mostrou seu remorso raspando a cabeça como na tradição.

Esse costume, como muitos outros, está gradualmente sendo deixado no passado, e raspar a cabeça como uma forma de pedir desculpas é cada vez menos usado. Além disso, no Japão existem pelo menos 20 maneiras de pedir perdão.

15. Em vez de um sinal verde, nos semáforos japoneses há um azul

Os japoneses têm muitas palavras que não existem em outros idiomas, mas durante séculos usaram a mesma palavra para verde e para azul: “ao”. Aproximadamente no final do primeiro milênio, para se referir ao verde, a palavra “midori” apareceu (significando “germinação”), mas o verde ainda era considerado apenas um tom de azul.

Por causa dessa confusão com as cores, até hoje no Japão você pode oferecer uma maçã azul (embora, na verdade, queira dizer verde), e o sinal verde do semáforo pode ser o tom de uma onda marinha ou ser diretamente azul.

16. É possível dormir em cafés especiais

No Japão há cafés onde é possível tirar uma soneca em uma cama muito macia e confortável (você escolhe quanto tempo). Lá você pode ler um livro, pedir alguns fones de ouvido para ouvir música e, na hora certa, vai acordar e receber uma xícara de café. Certamente em um café como esse você só tem sonhos lindos e agradáveis.

Que outros fatos incomuns sobre o Japão você conhece? Que festivais ou programas de televisão japoneses já viu? Nós gostaríamos de ler seus comentários.

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