15 Relatos de pessoas que transformaram a cara de pau em arte

Cada pessoa é única, com suas manias e imperfeições. Mas, em alguns casos, certas excentricidades ultrapassam todos os limites do bom senso. Os personagens desta seleção mostram que, para alguns, viver sem qualquer remorso é uma verdadeira arte.

• Certa vez, peguei um táxi para uma viagem de uma hora até outra cidade. Durante todo o trajeto, o motorista não parava de falar sobre como a corrida era barata e como ele e sua família estavam passando dificuldades financeiras. Ao chegarmos, ele pediu, de forma direta, que eu contribuísse com um valor extra, considerando sua situação. Respondi contando que não recebia aumento salarial há três anos e pedi, como gesto de solidariedade, que ele me desse um desconto. Curiosamente, ele não achou graça no meu pedido. Estranho.© ZlayaPravda / Pikabu
• Uma colega de classe me convidou para seu aniversário, assim como outros colegas. Não éramos próximos, mas ela insistiu muito para que eu fosse e, repetidamente, lembrava que deveríamos levar presentes. Achei estranho, mas acabei indo. No restaurante, enquanto comíamos, ela anunciou, com um sorriso no rosto: “Eu só pago a primeira rodada de bebidas; as entradas vocês dividem entre si.” Além disso, não parava de provar a comida dos outros pratos e beber dos copos alheios. Para encerrar a noite, ainda pediu carona para o pai de uma colega que veio buscá-la. Saí de lá em choque.
• No trabalho, organizei um Amigo Secreto. Expliquei que a participação era voluntária e fiz uma lista com os interessados. No fim do dia, recebi uma ligação de uma colega de outro setor: “Então, quem não participa do Amigo Secreto não vai ganhar presente? Você não acha que isso pode magoar essas pessoas?” Tentei explicar as regras do jogo, mas ela continuou insistindo que eu deveria comprar presentes para quem não quisesse participar. Ela ainda sugeriu que eu considerasse comprar algo para o Seu João, um homem de 50 anos, porque ele poderia ficar chateado. Fiquei sem palavras.

• Minha mãe estava limpando a escada do nosso andar no prédio, quando uma vizinha de outro andar se aproximou e perguntou: “Quer que eu abra o nosso corredor pra você limpar lá também?” Minha mãe, surpresa, respondeu: “Por quê?” A vizinha retrucou: “Bom, já que você está limpando aqui, pode aproveitar e limpar o nosso também.” Minha mãe decidiu dar uma lição nela e disse: “Então você pode passar aspirador na minha casa, combinado?” Curiosamente, a vizinha não aceitou
• Namoramos por 7 anos, sempre dividindo despesas, embora eu pagasse mais. Antes do meu aniversário, ele me prometeu uma surpresa. Pegamos o metrô até o final da linha. Paramos diante de um prédio. No meio do pó e das paredes nuas, ele tirou do bolso chaves, abriu uma porta e me levou para dentro de um apartamento. Era um imóvel que ele comprou com o dinheiro economizado durante nosso relacionamento. O apartamento, claro, estava no nome dele. No meio do pó e das paredes de concreto, ele se ajoelhou para me pedir em casamento. Eu recusei. Prefiro reformar o que for meu, obrigada. © Overheard / Ideer
• Após o casamento, fomos dormir apenas ao amanhecer. Às 8h, mal tínhamos pregado os olhos, alguém bateu na porta. Era minha sogra, acompanhada do filho mais novo e da filha com o marido, que apareceram de surpresa para tomar café da manhã. Meu marido agiu como se aquilo fosse completamente normal e recebeu-los. E ainda sussurrou para mim que eu deveria preparar ovos mexidos porque “não faria diferença”. Exausta e irritada, decidi aparecer na sala usando apenas minha camisa de dormir. O desconforto foi imediato: as mulheres da família ficaram visivelmente incomodadas. No final, eles foram embora sem tomar o café e, claro, discutimos feio. Ele simplesmente não conseguiu entender o quão absurda era a situação. Pior, ainda foi atrás dos parentes para “acalmar os ânimos”. Enquanto isso, arrumei minhas coisas, voltei para a casa da minha mãe e, pouco depois, pedi o divórcio. Apesar das várias tentativas de reconciliação, ele continuava defendendo que “receber parentes é uma obrigação, independente do horário”. Não houve acordo, e cada um seguiu seu caminho. © Overheard / Ideer
• Meu marido investiu dinheiro no restaurante de amigos nossos. Eles prometeram devolver o valor assim que o negócio começasse a dar lucro. Já se passaram anos e nada. Recentemente, uma das pessoas envolvidas disse: “Você nos deu esse dinheiro como um presente. Disse que acreditava em nós e que, se o negócio não desse certo, não precisaríamos devolver.” Só que, quando eles pegaram o dinheiro, não houve qualquer menção de presente. Tudo foi combinado de maneira bem diferente. A ousadia de algumas pessoas é inacreditável.

• Durante a faculdade, recebemos uma tarefa de preparar apresentações sobre publicidade em diferentes países. Escolhi o Japão e compartilhei minha escolha no grupo da turma. Ao chegar para a aula, descobri que um colega, originalmente responsável pela República Tcheca, havia roubado minha ideia. Ele se aproximou da professora antes da aula, disse que estava passando mal e apresentou o trabalho sobre o Japão primeiro. Depois, saiu satisfeito e foi para casa. Felizmente, a professora acreditou em mim, e outros colegas confirmaram que ele havia trabalhado na Tcheca anteriormente. Desde então, cortei qualquer contato com ele
• Não consegui dormir por causa de uma festa no apartamento de baixo. Apesar de bater no encanamento, nada mudou. Desci para reclamar, mas ninguém atendia, embora eu ouvisse as vozes deles. Quando finalmente abriram, com a maior cara de pau, perguntaram o que eu queria. Sem perder tempo, perguntei se já haviam assistido ao terceiro episódio de Game of Thrones. Ao descobrirem que ainda não, revelei todos os spoilers possíveis e fui dormir tranquilamente. Pelo menos depois disso, eles ficaram em silêncio. © Ward 6 | Histórias anônimas / Telegrama
• Tenho dois antigos colegas de escola que deixaram de falar comigo por pequenas dívidas. Um me deve R$ 20 e o outro R$ 75. Ambos são pessoas financeiramente confortáveis, mas preferiram cortar contato do que pagar o que deviam, mesmo depois de eu lembrar. Agora, quando os encontro por acaso, fingem que não me reconhecem. Não consigo entender. Não seria mais simples devolver o dinheiro do que se esconder? Já faz anos que esses dois evitam qualquer contato comigo, como se fossem crianças fugindo de bronca. © Overheard / Ideer
• Decidimos vender nosso carro, que estava em excelente estado, porque encontramos um modelo novo. Uma amiga próxima pediu para comprá-lo por metade do preço, alegando que seria “para mãos confiáveis”. Recusamos, obviamente. Ela ficou indignada e espalhou para a cidade inteira que eu era mesquinha e não quis dar uma “pequena” ajuda. Tenho certeza de que exagerou na história, pois até conhecidos em comum pararam de falar comigo. Que situação! © Eavesdropping / Ideer

• Meu irmão Joe está prestes a se casar com Sue. Ele tem 55 anos, e ela, 27. Sue me convidou, junto com nossa irmã June, para ser madrinha de casamento. Fiquei muito tocada, pois eu e a noiva nos vimos poucas vezes. Além de nós, há outras quatro madrinhas, todas com menos de 30 anos. Quando Sue me enviou o link do vestido que deveríamos usar, fiquei horrorizada. Era extremamente curto, justo, com um decote profundo e uma fenda até a coxa. Embora seja ótimo para as jovens, não me senti confortável com a ideia de usar algo tão revelador, especialmente em um evento com tantos parentes. Tenho boa forma e gosto de me arrumar, mas já tenho 60 anos e preferia algo mais discreto. Liguei para Sue e, educadamente, perguntei se poderia usar uma versão mais modesta do vestido. Ela foi irredutível e disse que todas as madrinhas deveriam estar vestidas exatamente da mesma forma. Para evitar problemas, encomendei o vestido em um tamanho maior e levei a uma costureira. Ela ajustou para que ficasse menos colado, fechou o decote e diminuiu a altura da fenda, utilizando tecido adicional. As alterações foram sutis, e o vestido ficou ótimo em mim. Quando Sue descobriu, ficou furiosa e afirmou que eu estava arruinando o casamento dela. Mais tarde, meu irmão ligou para dizer que fui substituída como madrinha. Desde então, os noivos não falam mais comigo.© Fluffy_Vast_8210 / Reddit

• Recentemente, ouvi por acaso meus parentes reclamando que ultimamente dou “pouco dinheiro” e “presentes ruins” para os filhos deles em festas. No passado, eu realmente costumava dar grandes quantias em dinheiro. Sempre diziam: “Não precisava tanto, pode pegar de volta!” Com o tempo, comecei a dar o mesmo que os outros, após perguntar quanto era considerado “adequado”. Depois, descobri que o dinheiro não ia para as crianças ou suas poupanças, mas para desejos dos próprios adultos. Por isso, passei a dar presentes pedidos pelas crianças, garantindo que o presente fosse realmente para elas. É impressionante como as pessoas se acostumam rápido com o que é bom.© Overheard / Ideer
• Temos dois gatos grandes em casa, então, de tempos em tempos, fazemos grandes pedidos de ração e areia, totalizando entre 40 e 50 kg. Pagamos uma taxa extra nos sites para a entrega ser feita até o apartamento. Apesar disso, os entregadores sempre ligam dizendo: “Desça aqui, estamos descarregando no portão.” Sempre com desculpas como: “Ajuda aqui, é pesado demais.” Depois de muitas reclamações, decidimos que eu atenderia as ligações. E foi assim:
  — Chama seu marido para descer e ajudar, vai, divide o peso com ele.
  — Sem problemas. Mas então vamos dividir o valor da taxa de entrega entre os dois também, combinado?
  O entregador desligou, claramente chateado, mas subiu com tudo até o apartamento. © Velelada / Pikabu
• Fui ao hospital para exames e colocaram um Holter em mim para monitorar o coração. Claro, voltar para casa sem percalços seria pedir demais. Chamei um táxi e fiquei esperando. Antes de chegar, o motorista marcou que já estava no local, iniciando a contagem de espera paga. Começou a circular sem destino, ignorando minhas ligações e mensagens. Após 20 minutos, cancelei e abri uma reclamação no app. Logo depois, recebi uma ligação de um número desconhecido: era o taxista, gritando comigo por ter cancelado a corrida. Ele dizia que estava “quase chegando” e que eu o tinha “prejudicado”. Como ele ignorou os 20 minutos que eu fiquei esperando, só desliguei o telefone e segui em frente.

Os relatos que você acabou de ler mostram como pequenas atitudes podem desgastar relações de anos. Agora, descubra outros motivos pelos quais, com o passar do tempo, as amizades ficam mais raras e conhecer novas pessoas se torna um desafio.