15 Mistérios dos maias e suas profecias que ainda intrigam o mundo
Em 2012, o mundo entrou em um verdadeiro alvoroço. As pessoas ficaram na expectativa, se perguntando se a profecia dos antigos maias, que previa o fim do mundo para 21 de dezembro de 2012, iria se concretizar. Felizmente, os indígenas estavam enganados. Mas uma enxurrada de programas de TV místicos, além do burburinho nos jornais e revistas, despertou o interesse do público em geral por essa civilização milenar.
Qual é a singularidade dos maias?
Os maias são uma das maiores civilizações da Mesoamérica. Os primeiros assentamentos do povo maia datam de aproximadamente 1800 a.C.
Sabe-se que os maias usavam um sistema agrícola eficiente e cultivavam alimentos como milho, feijão, abóbora e mandioca. Além da agricultura, eles construíam cidades-estados, criavam esculturas e baixos-relevos em pedra e pintavam paredes.
Os maias construíam complexos de templos especiais — as pirâmides de Kukulcán. As mais antigas datam do século IV a.C. Essas construções tinham características únicas.
- As estruturas eram erguidas com calcário local e depois revestidas com tintas. Por isso, na época dos maias, os edifícios tinham uma aparência diferente e eram vermelhos.
- Se você ficar de frente para a escadaria principal da pirâmide e bater palmas, pode ouvir um eco que lembra o som emitido pelos quetzais — aves reverenciadas pelos povos da Mesoamérica.
- Cada uma das quatro escadarias do templo tem 91 degraus, e a soma total é 364. Juntando com a plataforma no topo da pirâmide, que une todas as quatro escadarias, temos o número 365 — a quantidade de dias no ano.
- A localização e o formato das pirâmides foram planejados de tal forma que, uma vez por ano, no equinócio da primavera, a escadaria projeta uma sombra de configuração complexa — em forma de serpente.
Além disso, os maias foram o único povo indígena que dominou a navegação. Eles navegavam em canoas escavadas de diferentes tamanhos e conseguiam percorrer milhares de quilômetros com elas. Há evidências de que chegaram até as águas do Oceano Pacífico.
Os maias tinham seu próprio sistema de escrita, que era único. Ele consistia em símbolos verbais e silábicos. No total, existem cerca de 800 desses símbolos, mas até hoje apenas 75% deles foram decifrados. A propósito, a língua dessa civilização antiga foi decifrada pelo cientista Yuri Knorozov.
Chegaram da Sibéria e fundaram mais de 1.000 cidades nas selvas americanas
Os maias e os povos da Sibéria não são semelhantes por acaso. Segundo especialistas, as raízes desse antigo grupo étnico devem ser buscadas na história dos migrantes da Ásia. Na verdade, os maias migraram para o continente americano a partir da Sibéria durante a última era glacial. Anos se passaram até que seus ancestrais se estabelecessem nas selvas escaldantes da América Central.
Aliás, o povo indígena da Chukotka — os chukchis — usa um sistema de numeração vigesimal em vez do decimal. E os maias também o utilizavam.
O desenvolvimento da civilização ocorreu no território dos seguintes países modernos: México, Guatemala, Belize, El Salvador e Honduras (parte ocidental). Pesquisadores encontraram cerca de 1.000 cidades maias, mas nem todas foram escavadas e estudadas por arqueólogos até hoje.
O que era beleza para os maias e por que eles queriam se parecer com o milho?
O ideal de beleza dos antigos maias era mais ou menos o seguinte: rosto estreito com maçãs do rosto salientes; testa alongada para trás e nitidamente achatada; olhos alongados e preferencialmente oblíquos; nariz grande e curvado para baixo; boca pequena; queixo arredondado e proeminente. Segundo uma das hipóteses, esse rosto se assemelhava a uma espiga de milho — o principal cultivo agrícola que os maias cultivavam.
Quanto à constituição física, as pessoas nobres, tanto homens quanto mulheres, geralmente eram retratadas como bastante rechonchudas, até mesmo com uma barriga perceptível. Provavelmente, a gordura era considerada um sinal de prosperidade material e abundância.
Entre os maias, era comum o costume de cobrir o rosto e o corpo com tatuagens geométricas, para as quais a pele previamente tingida era levemente cortada. Quanto mais tatuagens um homem tivesse no corpo, mais corajoso ele era considerado, já que o processo de fazer os desenhos com cortes era extremamente doloroso, e a pessoa ficava doente por vários dias depois. Aqueles que não queriam se tatuar eram ridicularizados.
Um dos sinais de beleza entre os maias era o estrabismo. Para desenvolvê-lo intencionalmente, uma bola de borracha era amarrada na altura dos olhos da criança. Além disso, os maias deformavam propositalmente o osso frontal do crânio, dando-lhe uma forma achatada. Para isso, uma tábua de madeira era firmemente presa à testa do bebê cinco dias após o nascimento.
Na visão dos maias, a cabeça alongada dava à pessoa uma aparência nobre. Além disso, essa testa era mais adequada para prender as tiras usadas para carregar pesos. As pessoas nobres também alteravam artificialmente o formato do nariz, criando um perfil aquilino (às vezes com o uso de enchimentos de argila ou cera).
O que aconteceu com a civilização maia?
Na verdade, os maias não desapareceram. Atualmente, existem cerca de 7 milhões de descendentes daqueles mesmos povos que criaram uma das civilizações mais antigas. Alguns ainda hoje se dedicam à produção têxtil usando técnicas que têm milhares de anos.
A causa do misterioso declínio da civilização maia ainda é desconhecida, embora os cientistas tenham desenvolvido várias teorias concorrentes.
De acordo com uma delas, o Estado foi enfraquecido por guerras internas intensificadas, que levaram ao caos. Outra versão sugere que os maias esgotaram o meio ambiente a ponto de a natureza não conseguir mais sustentar a população em rápido crescimento. É possível que um longo período de seca tenha contribuído para a queda do Estado.
Na época em que os conquistadores espanhóis chegaram às terras dos maias, a maioria deles vivia em aldeias, e suas grandes cidades estavam escondidas sob uma camada de florestas tropicais verdes.
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