19 Relatos do Twitter capazes de amolecer até o coração mais gelado
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“Não importa se você tem estilo, reputação ou dinheiro. Se não tiver um bom coração, então você não vale nada” — disse o grande comediante francês Louis de Funès. E, certamente, Louis estava certo. Enquanto houver espaço para compaixão e caridade na alma de uma pessoa, ela possuirá uma riqueza verdadeiramente inestimável. Atos de bondade são o tema deste post.
Nós, do Incrível.club, acreditamos que até o menor ato de bondade é capaz de tornar o mundo em um lugar melhor. Pensando nisso, selecionamos 16 relatos de internautas que não pensaram duas vezes antes de fazer o bem ao próximo e estamos prontos para compartilhá-los com você. Acompanhe!
“Caros moradores de Golyanovo (bairro de Moscou — redação Incrível.club), esta escadinha foi feita para os filhotes de pato! Eles não conseguem sair do lago e subir na beirada para secar sua plumagem, e por isso acabam morrendo! Esta lagoa é moradia para os patos e seus filhotes. Havia 7 filhotinhos, mas agora só restam 2! Peço encarecidamente — NÃO QUEBRAR A ESCADINHA! Peçam a seus filhos que preservem essa construção. CUIDEM DA NATUREZA E O MUNDO SERÁ MAIS GENTIL COM TODOS NÓS!”, em tradução livre.
Tudo aconteceu por volta do ano de 2010. Na época, trabalhava como técnico em informática em uma companhia de TI local. Nosso principal projeto consistia em apoiar a informatização das aulas nas escolas locais. Meu trabalho, como técnico, era dar assistência aos usuários, fazer reparos e solicitar um conserto de fábrica caso não pudesse consertar algum aparelho no local.
Um dia, chegou na empresa um pedido de assistência técnica vindo de uma escola no campo. Não conseguimos resolver o problema por telefone, então tivemos de ir até lá para averiguar. Depois de três horas de trem, chegamos ao destino. Como morador da cidade grande, fiquei um pouco surpreso com as condições da escola na zona rural. Era um edifício antigo de madeira com apenas um andar. O banheiro masculino ficava do lado de fora da escola, na rua. Ao entrar no colégio, o primeiro espaço que víamos era quadra poliesportiva. Me levaram até uma sala específica. Naquela escola estudam apenas as crianças locais, então havia, no máximo, 4 fileiras de carteiras dentro da sala de aula. E no fundo dela, atrás dos assentos para as crianças, ficava todo o material tecnológico da escola: um projetor (que projetava no quadro) e um computador.
Existem métodos padrão para resolver esse tipo de problema técnico: reiniciar o dispositivo, limpar a poeira, dar umas batidinhas, restaurar as definições de fábrica. Mas se nada funcionar, então devo fazer uma solicitação de conserto de fábrica — preencho os documentos e vou embora. Preciso admitir: achava meu trabalho muito desnecessário.
Nenhuma das abordagens padrão surtiu efeito, e eu já estava pensando em fazer a solicitação para conserto e ir embora, quando, de repente, uma professora entrou na sala e junto com ela uma aluna do 1º ano do Ensino Fundamental. A garotinha trazia um prato cheio de panquecas. Seu rosto estava bem corado. Ela colocou o prato cuidadosamente em cima da mesa e foi andando atrás da professora: “Ela descobriu que uma pessoa estava vindo da cidade para consertar o projetor do nosso cinema e decidiu preparar um agrado” — disse a professora.
Na hora, minha cabeça deu um nó: certamente não há cinemas na zona rural. As crianças assistem a desenhos e filmes de animação na única telona disponível — no quadro com projetor da escola. Como vocês podem entender, depois disso, eu simplesmente não podia mais ir embora sem consertar o problema. Até porque se não o fizesse, as crianças iriam ficar sem desenhos por pelo menos uma semana até que outros técnicos viessem.
Algumas horas depois, consegui encontrar e solucionar o problema. As crianças ficaram bastante felizes e agradecidas e eu tive de sair correndo para pegar o último trem de volta para a cidade. A propósito, a professora me explicou como funcionava a estrutura do “cinema”: ela ligava para um amigo na cidade grande e ele pesquisava novos desenhos e filmes de animação. Ele então pegava o trem para a vila, entregava as “novas atrações” em um pen drive para a professora na estação de trem da vila e voltava para a cidade grande.
Se você acha que seu trabalho é desnecessário e não impacta a vida de ninguém, tente observá-lo a partir de outra perspectiva, afinal, você também pode ser a “pessoa que foi consertar o cinema” de alguém. © Nastology / Pikabu
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