15 Histórias de pessoas que se sentiram esquisitas em outro país
Comem coisas estranhas, ficam com medo nas situações mais comuns e não entendem o que lhes é pedido. De quem estamos falando? De estrangeiros, claro. E muitas vezes somos nós que estamos nesse papel. Praticamente todos podem contar algumas histórias sobre como nos comunicamos com residentes de outros países. E é improvável que, durante uma viagem ao exterior, situações engraçadas não tenham acontecido por causa de diferenças de tradições e mentalidades.
Mas essas situações podem ser uma razão para aprender mais sobre outras culturas, se surpreender pelos hábitos incomuns dos estrangeiros e até mesmo rir de si mesmo. É isso que o Incrível.club propõe que você faça neste momento.
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Eu trabalho em um centro de medicina chinesa. Uma cliente regular trouxe um presente para seu massagista: geleia caseira. O chinês não entendeu a essência do presente e, durante a sessão de massagem, colocou a geleia nas costas da cliente.
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Certa vez, em Antália, na Turquia, decidi ir ao mercado local e comprar lembranças. Depois de andar algumas horas por ali, fui a uma loja local. O vendedor acabou sendo um interlocutor interessante, conversamos com ele por uma hora. No processo, negociamos como um anjo e um demônio pela alma de um pecador.
No dia seguinte percebi que precisava comprar outro presente e fui ver meu amigo do dia anterior. No caminho, calculei que o prato esculpido que comprei por 40 dólares seria um bom ponto de referência.
Na loja, imediatamente peguei um prato semelhante, mas menor e, depois de colocar na frente do vendedor cerca de 30 dólares, fui para a saída.
— Isso não se faz! — Ouvi nas minhas costas.
O vendedor estava de pé, estendendo a mão em minha direção e balançando a cabeça tristemente.
— Você pagou bem, mas e barganhar? E falar como ontem? E convidar seu amigo um bom café? Isso não se faz...
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Eu moro e trabalho na Dinamarca. Posso citar, sem pensar muito, pelo menos 10 conhecidos que nos últimos 3 anos tiraram licença por causa do estresse. Honestamente, eu realmente não sei o que isso significa e o que deveria acontecer para que a condição de “estou cansado de tudo” se torne estresse.
Os dinamarqueses dizem algo sobre palpitações, dores de cabeça e sono ruim. Além disso, não apenas os gerentes com projetos urgentes sofrem de estresse: na equipe ao lado, um colega declaradamente preguiçoso, que não consegue realizar uma tarefa simples com instruções passo a passo, tirou uma licença de dois meses por causa de palpitações causadas pelo estresse. Os gerentes aceitam isso com muita tolerância: se preocupam e sentem pena de você.
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Estávamos de férias na Tailândia e, durante o café da manhã, pedimos que cozinhassem um ovo para nosso filho. Os cozinheiros simplesmente quebraram o ovo em água fervente e nos trouxeram uma massa disforme com a pergunta: “Como ele pode gostar disso?”
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Na China há um doce que consiste em frutas em um palito, coberto de caramelo. É muito gostoso e vendido perto de qualquer centro comercial. Toda vez que compramos um palito, o vendedor o embrulha em um filme transparente, semelhante ao polietileno duro, e o coloca em um envelope
de papel.
E toda vez nos custa muito removê-lo, porque ele quebra e se desintegra em pequenos pedaços. Amaldiçoamos os chineses todas as vezes que nos acontecia.
Hoje aprendemos que este “invólucro” é comestível, feito de açúcar e gelatina.
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Em Delhi, todo mundo quer dinheiro. Os Krishna que você fotografou como lembrança e até mesmo aqueles a quem você pediu educadamente que lhe dissessem como chegar ao metrô.
— Onde fica o lugar X?
— À direita e em seguida à esquerda. São 500 rupias.
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No meu país, eu vivia em uma família rica: boa educação, apartamento próprio aos 16 anos. Mas se para algum de nós, os filhos, o troco viesse errado (a nosso favor), o fato era considerado pelos adultos como uma pequena vitória na loteria. Mais tarde, quando eu era uma estudante universitária, encontrei um enorme e caro anel em um teatro, e não passou pela minha cabeça levá-lo à bilheteria.
Em dezembro fez 4 anos que estou morando na Noruega e trabalho em uma pequena loja, a única em nossa cidade. Todos os dias as pessoas perdem algo: óculos, carteiras, chaves, luvas, pulseiras. 90% desses objetos são encontrados pelos clientes da loja. Eles sempre levam tudo para os caixas, colocamos em um lugar visível e o objeto aguarda seu dono.
Nós temos uma carteira com cartões, um par de anéis de ouro e uma pulseira: ouro, mas infantil, rosa (acreditamos que o proprietário vai aparecer no próximo verão, quando ela vem de férias).
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Toda a minha vida sonhei em visitar Paris: passear por lugares famosos, becos e parques, sentindo o romantismo da cidade. O maior sonho era ver as luzes da Torre Eiffel à noite.
Por fim, eu estava lá. Eram 9h da noite, eu estava muito animado. E de repente, ao pé da torre, da costa começaram a aparecer muitos ratos. Rasgavam sacos de lixo, lutavam, corriam para os cafés ou para os transeuntes. Os turistas, em vez de tirar fotos da beleza da torre, tiravam fotos deles. Eu corri com calafrios nas costas o mais rápido que pude. O romantismo evaporou em um segundo.
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Minha amiga encontrou com uma companheira da sua escola.
— Oi, menina! Como vai sua vida na Holanda?
— Um tédio terrível. No outro dia eu e meu marido estávamos assistindo televisão à noite e, de repente ele sentiu que o sofá se tornara desconfortável. Ele ligou para a loja de móveis e pediu um novo sofá, e de manhã já estava em casa.
— Do que é que você não gosta?
— Como o do que? Não há intriga! É chato
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As bagas vermelhas na foto são tomates-cereja. É estranho, mas os chineses têm equivalência desse tipo de tomate com a fruta. Preparam salada de frutas com eles, fazem batidos com leite. Quando cortam todos os tipos de frutas, também incluem tomates.
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Eu conheci uns caras da África do Sul que estavam percorrendo países eslavos havia bastante tempo. E sua cultura alimentar é muito diferente da nossa, tipo bananas salgadas fritas e outras coisas.
Eles ficaram surpresos que comíamos cogumelos, e ainda mais naquelas quantidades e formas. E disseram algo como: “Nós sabíamos que em algum lugar no norte havia vikings que comiam cogumelos e enlouqueciam, mas não podemos acreditar que os europeus preparem absolutamente nada, exceto sobremesas”.
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Quero contar sobre um amigo da família. Ele é árabe, estudou em Lumumba. Além disso, por algum tempo viveu e estudou no Reino Unido. Como a maioria dos marroquinos, fala francês e árabe. Depois de longas peregrinações, decidiu se estabelecer na Rússia. Ele conheceu uma menina da Sibéria que dava aulas de russo para estrangeiros. Anos depois, comprou um pequeno apartamento nos arredores de Moscou e começou a morar lá com sua esposa russa.
Uma vez ele foi visitar a família de sua esposa na Sibéria. Ligávamos para ele, mas ele não atendia. Conseguimos nos comunicar com a família e eles nos explicaram: “Abdul Kader está com o tio na floresta. Ontem ele matou um urso e hoje ele foi consertar a cabana. Ele foi para a floresta de esqui, não há sinal lá”.
Um árabe da África foi de esqui consertar uma cabana durante o inverno siberiano. Meu mundo nunca será o mesmo depois disso.
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Se você é um turista branco, na Índia pode se sentir como uma celebridade. Você terá olhares admirados e muitos pedidos para tirarem uma selfie ao seu lado. Escolhi a melhor selfie que decidi duplicar com o meu celular.
Muitos indianos eram tímidos demais para se aproximar e apenas cumprimentavam de longe. Mas assim que viam alguém tirando uma foto conosco, imediatamente vinham correndo e nos pediam para tirar uma selfie com eles, com a avó, com o filho, com o neto ou com a esposa. Não negávamos fotos a ninguém, estávamos todos nos divertindo.
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Uma amiga está agora em algum lugar no Vietnã, foi a um templo. Havia um sino lá. Perto dele havia um único cartaz, em apenas um idioma.
“Não toque o sino. Obrigado”.
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Quando comecei a trabalhar no hotel, todos os estrangeiros me asustavam um pouco. Um dia recebemos um coreano. Ele sorria muito. E não entendia nenhuma palavra de espanhol ou inglês.
Demorou uma hora para o check-in. Conversamos assim: ele escrevia as perguntas em um pedaço de papel, passava por um tradutor e ele respondia em voz alta o que o mesmo corretor respondia. Ele ficou no nosso hotel por 4 dias. No quinto dia, quando ia continuar a viagem, preparei algumas anotações para ele, caso se perdesse no caminho.
Começava assim:
“Bom dia, se você está na cidade de X e está lendo isso, significa que o coreano se perdeu. Por favor, mostre-lhe o caminho para a estação e, se possível, acompanhe-o até o trem”.
E seguiu:
“Se você trabalha no trem, por favor, não esqueça de acordar o cavalheiro coreano para que ele não passe da sua estação”.
E terminava com:
“Se você é um motorista de táxi, leve o cavalheiro coreano para o hotel onde ele estava. E sim, ele não entende espanhol ou inglês”.
E você já esteve em situações desconfortáveis ou simplesmente engraçadas relacionadas a estrangeiros? Compartilhe-as com a gente nos comentários.