O início da época de escola é um período em que as crianças levam para casa não só artesanatos feitos com papel colorido, mas também histórias fascinantes. Os usuários de hoje nos fizeram relembrar aquele tempo, em que as únicas coisas que passavam pela nossa cabeça eram o bolo do almoço e as brincadeiras que faríamos com nossos amigos no recreio.
- Minha filha tem 4 anos. Cheguei para buscá-la, e ela me pergunta:
— Papai Ivan está em casa?
— Sim.
— E o papai Igor?
Ainda me lembro dos olhos esbugalhados das mães à minha volta. E não acho que daria para explicar, naquele momento, que o papai Igor é um menino de 15 anos que mora no nosso prédio e é amado pela minha menina. Ele adora brincar com as crianças menores, por isso começaram a o chamar assim. © Elena Yurina - Eu não gostava de trocar de roupa sozinha para ir passear com as crianças da escola quando havia algum passeio com a turma, e minha mãe não fazia questão de corrigir minha preguiça. Então, em um dia, as crianças se arrumavam para um passeio, me aproximei da professora e pedi para ela trocar minha roupa. A professora disse que todas as crianças já se vestiam sozinhas e que eu deveria fazer o mesmo. Não satisfeita, olhei para os lados e vi um menino aleatório passar, que eu nem conhecia. Me aproximei dele, e este foi o nosso diálogo:
— Menino, qual seu nome?
— Renato.
— Renato, vista as minhas calças!
E o Renato, coitado, sem falar nada, vestiu em mim as minhas calças. © annaryabbi / Pikabu - Eu tinha cerca de 2 ou 3 anos na época. Quando minha mãe foi me buscar na escola, ela me viu parado olhando para um aquário que ficava em uma das salas de aula. Minha mãe perguntou o que havia acontecido. Respondi que a professora me castigou por eu estar conversando demais durante a aula e me mandou conversar com os peixes. © Nadzir Jamal / Quora
- Era inverno. Eu era muito pequeno, tinha uns 3 ou 4 anos, e ao caminhar para a escola vi uma cerca brilhando, que estava coberta de gelo por conta da geada. Me aproximei e a lambi. Fiquei preso, sem conseguir tirar a língua dali. Comecei a gritar, chorar, e uma professora veio correndo com água morna para me salvar. Bem, enquanto caminhava para a sala de aula, pensei o quão injusto era eu ter ficado preso ali e as outras crianças não. Me aproximei do meu grupo e disse: “Vocês viram a professora me levando ali fora? Querem que ela leve vocês desse jeito também?” Todo mundo concordou. Enquanto a professora havia saído da sala por um tempo, levei toda a minha turma para a cerca, e no “três” as crianças meteram a língua para fora. Gritos, choros, lágrimas. Duas professoras logo vieram correndo para o resgate, uma delas era a professora da turma ao lado da nossa. Nesse momento, fui até essa sala de aula e levei todas as crianças de lá para a cerca. Todas lamberam. Olha, não sei como, mas pelo que minha mãe me conta, eu fiz quase todas as crianças da escola ficarem presas com a língua na cerca gelada. Na semana seguinte, me mandaram para outra escola. © Ckpyt / Pikabu
- Havia trilhos de trem perto da nossa escola. Um dia, tive a brilhante ideia de convencer toda a minha turma de fugir escondido, entrar num trem e viajar. Nossos planos foram interrompidos por conta de uma menina, que ficou por último e acabou presa na cerca. Também por conta da professora que me viu tentando tirar a menina de lá. © Overheard / Ideer
- Lembro-me que costumávamos fazer colagens na escola usando pedaços cortados de papéis coloridos e também de revistas. Um dos meus colegas de turma encontrou uma propaganda numa revista de sutiã. Ele o recortou e o usou como óculos de sol para seu peixinho que queria apresentar. A professora ficou horrorizada e o repreendeu por isso, mas ele mesmo ficou sem entender o que havia feito de errado. © rkgk13 / Reddit
“Estas bolinhas com marcas de dedos foram feitas pelos meus queridos alunos da escola”
- Havia um menino na minha turma que era filho de pais ricos. Ele nunca queria comer nada no almoço, empurrava o prato dizendo: “Não comemos essas coisas lá em casa”. “Caprichos dos ricos”, pensavam as professoras. Certa vez os pais dele se atrasaram para o buscar, e uma das professoras o levou para a casa dela. Foi anoitecendo, ele estava faminto. Sem muita esperança, ela perguntou o que ele gostaria de comer, e ele:
— Nada, vocês não fazem isso.
— Mas o que é que você quer?
— Omelete. © Overheard / Ideer - Eu arrumava minha filha de 4 anos para ir à escola, e ela dizendo que não queria ir, queria voltar a dormir. Eu a relembrei que teria o cochilo da tarde. Eu a convenci, mas ainda chateada, ela pediu para eu a buscar antes do cochilo. Fomos e ela reclamou durante o percurso inteiro, choramingando. Bem, entramos na salinha, onde as crianças penduravam os casa, e lá um menino estava sentado ao lado da mãe. Ele então se aproximou da minha filha, segurou a mão dela e disse:
— Miriam, você é uma menina muito bonita.
Minha filha ficou envergonhada, o rostinho ficou rosado, os olhinhos brilhando. Ela não respondeu nada a ele, mas depois, ao entrar na sala, ela me puxou e sussurrou no meu ouvido: “Mamãe, pode me deixar aqui para o cochilo”. © AtatoraMatushka / Pikabu - Na época da escola eu tinha uma quedinha por um menino. Certo dia nossa turma organizou um passeio ao zoológico, e minha mãe foi umas das voluntárias. Consegui fazer com que ele e eu ficássemos no grupo da minha mãe. Tudo estava indo bem, estávamos andando de mãos dadas. Então, chegamos na parte do zoológico de contato, onde ficávamos mais perto dos animais. Ao nos aproximarmos de uma cabra, ela avançou e comeu o papel na blusa do menino que tinha o nome dele. Ele se assustou, começou a chorar e se escondeu atrás da minha mãe dizendo que a cabra queria comer ele. Eu então distraí o animal dando a ele o papel com o meu nome. Depois saímos dali. Fiquei um pouco decepcionada, é claro, por ele ter ficado com medo de uma cabra, mas ficamos amigos por vários anos seguintes e nos lembramos desse dia dando muitas risadas. © ditch_lily / Reddit
- Na escola da minha filha, a educadora costumava brincar assustando as crianças: “Quem não terminar de comer, vou colocar dentro do meu bolso, hein”. Minha pequena sempre teve bom apetite, mas um dia ela não quis terminar de comer o bolo. Daí, levantou, foi até a educadora e disse: “Tia, não vou terminar de comer hoje, mas não me coloque no seu bolso, meu vestidinho é novo”. © Takaya Alya / ADME
- Ontem fui buscar meu neto logo depois de sair do cabeleireiro, e deixaram meu cabelo bem curtinho. Quando entrei na sala e chamei o nome dele, ele veio correndo animado na minha direção, mas logo começou a me dar um olhar desconfiado. Olhava para mim estranhando, largou minha mão e foi buscar suas coisas no armário sozinho. Fui atrás dele e, tentando ganhar elogios pelo corte, disse: “O que foi, você não me reconheceu?” Ele olhou de novo, suspirou forte, depois veio correndo na minha direção e soltou aliviado: “Ah, não reconheci mesmo, da última vez você veio com outro sapato”. © XXLitov / Pikabu
- Primeiro dia da minha filha na escola. Eu estava muito preocupada, pensando que ela fosse chorar. Ela entrou na sala, e eu, olhando-a pela porta de vidro, segurando as lágrimas. De repente, ela se vira, vem na minha direção e diz calmamente: “Você ainda está aqui? Pode ir e não precisa se preocupar comigo!” Pensei que estava tudo bem, então. Mas não foi bem assim, passei o dia inteiro preocupada com ela, como estava sendo o primeiro dia. Quando fui a buscar, ela me puxa e diz: “Nossa, é sério que já está na hora de ir para casa?” © Ecaterina Climentovschi
“Ontem eu estava jantando na casa dos meus pais e vi que eles penduraram o Papai Noel que eu fiz na escola quando tinha 6 anos”
- A professora me ligou: “Venha buscar sua filha, ela está com febre”. Era inverno. Corri para lá, levei-a para casa. Medimos a temperatura, estava normal. Não entendi nada. Comecei a investigar e descobri que minha filha ficou dentro da sala já aquecida usando sua jaqueta de frio! © Strahbiblio / Pikabu
- Lembro que nossa professora saía da sala durante a hora da soneca, e assim que ela passava pela porta, a gente começava a conversar. Quando ela voltava, fingíamos que estávamos dormindo e roncávamos muito alto. “Ah, acho que eles ainda estão dormindo”, dizia ela e saía de novo. Depois ficamos sabendo que ela anotava os nomes dos alunos que roncavam e escrevia bilhetinhos para os pais deles. © Unknown author / Reddit
- Certo dia levei meu filho mais novo para a escola e, pouco tempo depois, ele ficou quieto e cabisbaixo na sala. A professora perguntou: “Você está sentindo alguma dor?” A resposta: “Tudo!” As perguntas não levaram a nada, chamaram a ambulância. Saí do trabalho correndo, corri para a escola, corpo tremendo de nervoso. Então me ligaram: “Alarme falso, a ambulância não pode ajudar porque seu filho, aparentemente, está com a ’consciência’ doendo”. © elektri4e4ka / Pikabu
As crianças são seres realmente surpreendentes, que nos enchem de alegria e muitas histórias curiosas. Muito disso se deve por conta da inocência e liberdade que os pequenos têm antes de se adaptarem por completo aos “moldes fechados” do mundo adulto. E as risadas certamente são garantidas graças à falta de filtro e de papas na língua que as crianças demonstram sem nem uma vergonha.