15+ Grandes personalidades que “trollavam” os outros muito antes do surgimento da Internet

Arte
há 3 anos

O termo “trollar” foi usado pela primeira vez em um fórum na Internet em 1996. Inicialmente era considerado um fenômeno exclusivamente do meio digital, mas agora é usado também em situações da vida real com certa frequência. Em geral, a prática existe há muito tempo: se observarmos as biografias de Einstein, Mark Twain ou Pushkin, notaremos que eles já “trollavam” algumas pessoas muito antes do advento das realidades virtuais.

Nós, do Incrível.club, adoramos a sagacidade dos internautas modernos e muitas vezes publicamos diversas curiosidades sobre as novidades das redes sociais. Hoje, porém, queremos relembrar como brincavam as “mentes brilhantes” do passado. No final do post, separamos algumas histórias para mostrar que os prodígios também podiam cair em certas “armadilhas”. Confira!

  • Um dia, os alunos do zoólogo francês Georges Cuvier decidiram fazer uma brincadeira. Um dos jovens se fantasiou de diabo e, no meio da noite, invadiu o quarto do professor, gritando: “Vou te comer!” Cuvier levantou a cabeça do travesseiro e disse: “Você não pode me comer. Todos que têm chifres e cascos se alimentam exclusivamente de plantas”. E voltou a dormir.
  • Salvador Dalí tinha uma piscina muito luxuosa. Aqueles convidados que pensavam em mergulhar rapidamente notavam que o fundo estava cheio de ouriços-do-mar. Os mais corajosos, porém, que decidissem se arriscar, percebiam que os ouriços estavam separados da área da piscina por uma placa de vidro e, portanto, não representavam nenhum perigo.

A piscina ao lado da casa de Dalí em Port Lligat

  • Enquanto estava em Paris, o cirurgião Nikolai Pirogov decidiu entrar em uma academia médica para assistir a uma palestra do professor Auguste Nelaton sobre uma operação revolucionária para a época de remoção do bócio (aumento da glândula tireoide). Essa operação havia sido realizada pela primeira vez pelo próprio Pirogov. O cirurgião francês demonstrou os passos em um cadáver e perguntou: “Quem foi que decidiu fazer tal procedimento em uma pessoa viva pela primeira vez?” Da plateia, Pirogov respondeu: “Eu”. Nelaton ficou incomodado, pensando que era uma brincadeira, e apenas disse: “A única pessoa capaz de fazer essa cirurgia no mundo é Nikolai Pirogov!”
  • Certo dia, Albert Einstein encontrou um conhecido e o convidou para um jantar:
    — Venha hoje à noite, teremos o professor Stimson como convidado.
    — Mas eu sou o Stimson! — exclamou o homem.
    — Isso não importa, venha mesmo assim, — disse o grande cientista.

  • O romance Nada de Novo no Front foi proibido na Alemanha Nazista, assim como outros livros de Erich Remarque. Porém, um trecho da obra caiu nas páginas dos jornais da época. Um escritor vienense reescreveu uma passagem, palavra por palavra, deu outro título e outro nome ao autor e a enviou para a publicação. “O texto foi aprovado e publicado. Adicionaram, ainda, um breve prefácio: depois de tais livros, como Nada de Novo no Front, o leitor terá a oportunidade de ler abaixo palavras que dizem nada mais que a pura verdade”, — comentou depois Remarque.
  • Após mais uma noite de poesia, uma mulher se aproximou do escritor Iessienin e se apresentou: “Brockhaus”. Iessienin imediatamente reconheceu o nome: “Ah, o dicionário!” (Fazia referência ao Dicionário Enciclopédico Efron & Brockhaus). A mulher confirmou: “Sim, ele é o meu tio”. O poeta, então, convidou a moça para ir à casa dele. Mais tarde, um amigo achou estranho e perguntou por que Iessienin havia convidado aquela mulher, que parecia simples demais e nada intelectual. O escritor respondeu: “Pois é, mas aparentemente ela é sobrinha do próprio dicionário”.

  • Existe uma lenda, desde os tempos vitorianos, sobre Arthur Conan Doyle. O autor dos romances sobre Sherlock Holmes decidiu provar para um amigo que todas as pessoas, até mesmo as mais honestas, têm segredos guardados. Ele enviou a um digno arquiduque, de reputação impecável, o seguinte telegrama: “Descobriram tudo. Esconda-se”. No dia seguinte, o arquiduque sumiu de Londres e ninguém nunca mais o viu.
  • Muitas anedotas são dedicadas à perspicácia de Bernard Shaw. Uma vez um ator pouco talentoso pediu ao dramaturgo para que ele o fizesse uma carta de recomendação. Shaw escreveu: “O ator X já interpretou Hamlet, Romeu, Ferdinando; toca piano, flauta e joga sinuca. Neste último, ele faz um bom trabalho”.

  • George Bernard Shaw, uma vez, almoçava em um restaurante onde uma orquestra tocava muito alto. O escritor chamou o garçom e perguntou se os músicos não poderiam receber pedidos do público. “Claro, senhor, — respondeu o atendente. — O que gostaria de ouvir?” “Será que eles não poderiam jogar uma partida de pôquer até eu terminar de comer?” — indagou Shaw.

  • O químico alemão Bunsen conheceu uma mulher que o confundiu com outro Bunsen, que já havia falecido. “Você terminou seu trabalho sobre História e Deus?” — perguntou a moça. “Infelizmente, não, — respondeu Bunsen. — Minha morte repentina não me permitiu completar os estudos”.

  • O eminente físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen recebeu uma carta com um pedido para enviar alguns aparelhos de raios X com instruções de como manuseá-los. O remetente estava se sentindo mal, mas não tinha tempo de viajar até o criador do equipamento para uma consulta. Röntgen respondeu que, infelizmente, não poderia enviar naquele momento, mas ofereceu uma solução alternativa: pediu para o paciente enviar o tórax.

  • Há uma lenda sobre como Franz Haydn compôs a sinfonia O Rufar dos Tambores. Na época, ele dirigia uma orquestra em Londres e sabia que muitos ingleses não iam aos concertos para apreciar a música, mas apenas para seguir a tradição. Por conta disso, muitos acabavam tirando sonecas nas poltronas durante a apresentação. Haydn, então, teria decidido “se vingar” dos ouvintes indiferentes com a nova sinfonia. No momento crítico, em que o público já deveria estar cansado, haveria batidas fortes e longos rufos de tambor. Quando o biógrafo do compositor perguntou se isso era verdade, ele respondeu que não teve a intenção de “acordar” a audiência, mas apenas de surpreendê-la.

  • Certa vez, um funcionário da prefeitura da comuna italiana de Pésaro enviou a Gioachino Rossini uma delegação, que o informou sobre a instalação de uma estátua de bronze na praça principal em homenagem ao compositor. O músico quis saber quanto iriam gastar com o monumento e descobriu que seriam 20 mil liras. Rossini, então, disse que por essa quantia ele mesmo poderia ficar parado no pedestal da praça.

  • Os compositores Arturo Toscanini e Pietro Mascagni foram convidados a participar de um grande festival de música dedicado à memória de Verdi. Mascagni aceitou a proposta, mas estabeleceu a condição de que deveria receber uma remuneração maior que Toscanini, mesmo que de apenas uma lira. Por fim, o músico recebeu apenas uma lira, pois Toscanini se apresentou de graça.

Bônus: algumas “mentes brilhantes” também já foram vítimas de “trollagem”

  • John Lennon frequentemente recebia cartas de fãs e, muitas vezes, ele as respondia. Uma vez, um jovem da Índia o escreveu: o rapaz pedia dinheiro ao ídolo para poder viajar o mundo. O músico respondeu, gentilmente, que se acatasse todos os pedidos similares, já teria falido. Ele adicionou, ainda, que para viajar não se precisava de muito dinheiro, mas sim de iniciativa. 30 anos depois, o indiano vendeu essa mesma carta por cerca de 10 mil dólares.
  • No início de sua carreira de escritor, Mark Twain se aventurou pelo gênero de notas de viagens e escreveu um livro sobre sua jornada no navio Quaker City. Tudo correu bem no percurso, exceto o café, que ele disse ser terrível: “Era tão líquido, que dava para ver o fundo da caneca”. Em certo momento, a paciência do escritor se esgotou e ele resolveu se dirigir ao capitão. O comandante o mostrou a própria caneca de café, em que a bebida estava com uma ótima aparência. Quando Twain o mostrou a própria bebida, mais transparente, o capitão disse: “Como café, realmente não deve ser bom; mas como é um chá, não parece estar ruim”.

E que outras histórias fascinantes você conhece sobre a vida de pessoas célebres? Comente!

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