15 Galãs da era do cinema mudo que fariam sucesso nos dias de hoje

Famosos
há 1 ano

Quando o cinema começou a se popularizar como arte e como negócio, nos anos 1910, nasceu a figura do galã. Afinal, desde aquele tempo, os produtores perceberam que era preciso colocar na tela figuras bonitas e charmosas para atrair o público, mesmo que não fosse possível ouvir suas vozes.

cinema mudo, que reinou até o final da década de 1920, teve Hollywood como sua grande fábrica de estrelas, algumas “importadas” da Europa ou da Ásia. Muitos atores e atrizes continuaram atuando com a chegada do cinema falado. Alguns, porém, não conseguiram se adaptar à novidade, pois não tinham lindas vozes ou se atrapalhavam para decorar e dizer suas falas. O Artista (2011), premiado com o Oscar de Melhor Filme, mostra essa transição na vida de um ator famoso.

Quer saber com que bonitões suas bisavós ou tataravós suspiravam no escurinho do cinema? O Incrível.club fez uma pesquisa e mostra um top 15 dos mocinhos mais sedutores daqueles tempos. Saiba quem foram os “Depps”, “DiCaprios” e “Pitts” do cinema mudo. E não perca o bônus no final, com um ator que muitas consideram o mais lindo daqueles e de todos os tempos.

1. Rudolph Valentino

Nascido na Itália, Rudolph Valentino (1895-1926) foi um dos primeiros superstars do cinema americano e grande ídolo das multidões. Sua morte prematura, aos 31 anos, causada por uma peritonite, comoveu fãs do mundo todo.

Nos filmes, Valentino personificava o amante latino, como o toureiro de Sangue e Areia (1922). Ou o sedutor de terras exóticas, como no filme O Sheik (1921).

2. Sessue Hayakawa

Sessue Hayakawa (1889-1973), nascido no Japão, foi um dos primeiros galãs da era do cinema mudo nos Estados Unidos e na Europa. Ele fazia o gênero romântico e elegante ou atuava como príncipe de terras orientais, quando a fantasia do roteiro assim exigia.

Sessue Hayakawa também rodou vários filmes ao lado de sua esposa na vida real, Tsuru Aoki. Ele foi bem sucedido na era do cinema falado e chegou a ser indicado para o Oscar de Ator Coadjuvante por A Ponte do Rio Kwai, grande sucesso de 1957.

3. Ramón Novarro

Ramón Novarro (1899-1968) também foi um galã importado pelo cinema americano. Ele nasceu no México e foi lançado nas telas como o rival de Rudolph Valentino. Era bastante cotado para papéis exóticos e aventureiros, que explorassem seu físico atlético e sua agilidade, como Ben-Hur (1925).

Com a morte de Valentino, Novarro arrebatou o status de amante latino, que manteve em cartaz até a década de 1930. Sua carreira não foi abalada pela chegada do cinema falado. Ele continuou atuando até o começo dos anos 1960.

4. Douglas Fairbanks Jr.

A veia artística já estava na família de Douglas Fairbanks Jr. (1909-2000). Seu pai foi um ator pioneiro do cinema americano e, mais tarde, atuou como produtor; mas não queria que o filho seguisse carreira na arte, preferia que cursasse uma universidade.

A pinta de “homão” de Fairbanks Jr., no entanto, conquistou as mulheres nos últimos anos do cinema mudo. O casamento com a estrela Joan Crawford impulsionou sua carreira, interrompida na Segunda Guerra Mundial, quando alistou-se na Marinha para servir os Estados Unidos. Ele voltou a atuar depois da guerra e seu último filme data de 1987.

5. Ivor Novello

Com seu charme ambíguo (quem resiste a essa piscada?), o galês Ivor Novello (1893-1951) foi um ator eclético, com sucesso em filmes de aventura, românticos e de suspense. Como prova um de seus filmes mudos mais famosos, O Inquilino (1927), dirigido por Alfred Hitchcock na Inglaterra.

Além de atuar, era compositor de peças musicais de grande êxito no Reino Unido. Em 1955, foi instituído o Prêmio Ivor Novello, que anualmente celebra os melhores da música. Amy Winehouse, Elton John, Kylie Minogue, U2 e Madonna são alguns artistas que conquistaram a estatueta.

6. Ronald Colman

Ronald Colman (1891-1958) nasceu na Inglaterra, onde fez alguns filmes, e mudou-se para os Estados Unidos para atuar em teatro. Seu porte de galã foi logo notado por produtores de cinema da emergente Hollywood e o sucesso foi imediato.

A transição para o cinema falado foi exitosa para Colman. Ele tinha uma linda voz e frequentemente era convidado para fazer locuções em emissoras de rádio. Sua carreira durou até o final da vida e ele ainda ganhou destaque na televisão, meio que se tornava popular nos Estados Unidos dos anos 1950.

7. Ralph Graves

Ralph Graves (1900-1977) nasceu nos Estados Unidos e começou sua carreira aos 18 anos. Teve uma vida profissional agitada não só em frente às câmeras, mas também como diretor e roteirista. Com sua cara de bom moço e seu ar galante, era cotado para papéis românticos.

Graves também atuou nos filmes falados, mas abandonou a carreira em 1949.

8. Conrad Nagel

O americano Conrad Nagel (1897-1970) começou a trabalhar no cinema em 1918 e fazia o estilo sofisticado, o que lhe garantia papéis em comédias românticas e dramas históricos.

Teve uma longa carreira, que abrangeu o cinema falado e os primeiros anos da televisão, em que atuou como apresentador de programas de variedades e jogos.

9. Charles Morton

Charles Morton (1908-1966) nasceu nos Estados Unidos e começou sua carreira nos palcos, em espetáculos de variedades. Fez comédias, filmes românticos e de ação.

Seu estrelato, no entanto, findou no começo da década de 1930. Morton é um exemplo de ator que não se adaptou à novidade do cinema falado.

10. George O’Brien

George O’Brien (1899-1985), natural de São Francisco, Califórnia, destacou-se na vida esportiva estudantil. Foi capitão de times de basquete e de natação durante seus tempos de escola. A família tinha um rancho, onde ele aprendeu a montar e a lidar com cavalos. Curiosamente, ele foi para Los Angeles, a capital do cinema, para conseguir uma vaga de assistente de câmera.

Chegando lá, seu tipo atlético chamou a atenção de produtores, que o lançaram como ator, especialmente indicado para filmes de ação. De vez em quando, porém, arriscava-se em papéis românticos como aconteceu em Aurora (1927), de F.W. Murnau, considerado uma das obras-primas da era muda. Com a chegada do cinema falado, O’Brien fez uma longa série de filmes de faroeste.

11. Nils Asther

Nascido na Suécia, Nils Ather (1987-1981) mudou-se para Hollywood nos anos 1920 e logo conquistou o posto de galã no cinema mudo, por seu porte másculo e elegante. Nesse período, foi chamado de “Greta Garbo de calças”, em referência à atriz, também sueca, que despontava como estrela no cinema americano.

Ele chegou a contracenar com Garbo (em Orquídeas Silvestres, de 1929, por exemplo), mas não teve o mesmo êxito de sua conterrânea na passagem para o cinema falado. Seu sotaque era forte e ele passou a só conseguir papéis em que tinha de interpretar estrangeiros. Por isso, perdeu o status de protagonista, mas seguiu atuando até o começo dos anos 1960.

12. Antonio Moreno

Antonio Moreno (1887-1967) nasceu em Madrid, capital da Espanha, e emigrou para os Estados Unidos com 14 anos. Começou a atuar na década de 1910 e, antes de Rudolph Valentino, criou o estilo “amante latino”. Na década seguinte, foi um dos atores mais bem pagos do cinema americano.

Sua carreira também sofreu com o advento dos filmes sonoros, por causa do sotaque. Mesmo assim, seguiu interpretando tipos característicos até o final dos anos 1950.

13. Charles Farrell

O americano Charles Farrell (1900-1990) fez alguns filmes de ação, mas ficou famoso pelas histórias românticas em que contracenou com a estrela Janet Gaynor.

Ele não teve dificuldades em adaptar-se ao cinema falado, mas preferiu levar uma vida sossegada na então deserta cidade de Palm Springs, Califórnia, da qual se tornou prefeito na década de 1940. Nos anos 1950, reapareceu brevemente em produções para a televisão.

14. John Barrymore

Antes de se tornar astro de cinema, John Barrymore (1882-1942) teve uma carreira de respeito no teatro americano, em que protagonizou tragédias de Shakespeare. Sua aparência grave, própria para grandes papéis dramáticos, históricos ou baseados em clássicos da literatura, fez com que fosse apelidado de “O Grande Perfil”.

Ele começou a atuar nos anos 1910, participou de superproduções e contracenou com algumas das maiores estrelas da época. Problemas de saúde, no entanto, fizeram sua carreira definhar. Uma curiosidade: John Barrymore é avô da atriz Drew Barrymore.

15. Charlie Chaplin

O inglês Charlie Chaplin (1889-1977) nunca fez o gênero galã. Mas suas fotos de juventude mostram que ele poderia ter sido um astro romântico, se quisesse. Acima de todos os bonitões, no entanto, Charlie Chaplin até hoje é o ator mais reconhecível da era muda do cinema, graças a Carlitos, o personagem ágil e hilário que criou e com o qual protagonizou diversas produções.

Basta ver qualquer um de seus filmes, mudos ou falados, para que nosso rosto ganhe um sorriso.

Bônus: Gary Cooper, o maior de todos

Gary Cooper (1901-1961) é um dos atores com carreira mais bem-sucedida na transição do cinema mudo para o falado. Ele começou fazendo figurações em 1925; no ano seguinte conseguiu um papel melhor e em pouco tempo já estrelava filmes românticos, de aventura, dramáticos e de faroeste. Pegou o final da era muda e seguiu sendo um astro até o final da década de 1950.

Cooper não era grande apenas na arte. Com 1,90 metro e o porte másculo, ele foi a própria definição de beleza e elegância em seu tempo. Deixou um legado de mais de 100 filmes e ainda é um espelho para jovens atores que sonham em vencer em Hollywood.

Gostou da galeria de galãs do cinema mudo? Quais deles achou mais bonitos? Quais deles você acredita que fariam sucesso no cinema moderno e em que tipo de filme? Conte tudo nos comentários!

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Chaplin sempre vai ser o ícone maior, referência do cinema mudo, mas achei muito legal observar os atores desta época. Eram bonitões, galãs que com certeza fariam grandes sucesso nos dias de hoje!

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