15 Frases que podem prejudicar mais do que ajudar na educação dos filhos

Psicologia
há 2 meses

As crianças são constantemente repreendidas: não grite, não faça bagunça, sente-se direito, apresse-se. Muitos pais acreditam que ensinar os pequenos a se comportar em sociedade só pode ser feito com comandos e repreensões constantes. E algumas instruções podem, de fato, ajudar a manter o comportamento da criança sob controle, mas a maioria deles faz mais mal do que bem.

"Seu pai não pode fazer nada direito!"

Comentários pouco lisonjeiros sobre o cônjuge, é claro, podem ajudar a descarregar a irritação acumulada e dar uma doce sensação de sua própria superioridade, mas apenas por um breve momento. Porém, na alma da criança, essas críticas deixam um rastro para toda a vida.

Toda vez que um dos pais ridiculariza ou condena o outro, a criança fica em uma posição vulnerável: concordar, defender um ente querido ou ficar em silêncio? Convencido de que seu pai ou sua mãe não é bom, o filho começa a se tratar de forma negativa, deixa de acreditar em si mesmo e perde importantes diretrizes familiares.

"E aqui estou eu com sua idade..."

Alguns pais acabam tão convencidos de que, ao comparar seus filhos consigo mesmo, estão motivando eles a serem melhores. Na verdade, a competição apenas impede qualquer iniciativa dos pequenos. A criança se sente deprimida e frustrada, em vez de encorajada. Ao se comunicar com os filhos, é melhor enfatizar as semelhanças em vez das diferenças.

"Será que eu vou ter que repetir isso mais uma vez?"

Não tem um pai ou mãe que nunca usou essa frase clássica com seus filhos. Entretanto, perguntas como essa não têm utilidade alguma. Na verdade, o adulto está simplesmente reclamando que tem que reclamar demais. E as crianças não entendem essa "indireta" complexa e, portanto, não absorvem o que deveriam fazer. É melhor construir a frase de uma maneira diferente, dizendo, por exemplo: "Eu sei que já conversamos sobre isso, mas você poderia..."

"Ah, não é nada..."

Mesmo que para um adulto pareça que nada demais aconteceu, a criança pode interpretar diferente a situação. Se ela está chateada, chorando, e a mãe ou o pai lhe diz que nada aconteceu, ela pode ficar com vergonha de suas emoções. Tais comentários não confortam ninguém, nem crianças nem adultos.

"Eu sei que você não quis machucar ninguém, filho"

Na verdade, queria. As crianças também podem sentir emoções negativas e fazer coisas ruins de forma bastante consciente, de acordo com seus sentimentos. Esse comportamento pode até trazer alegria e satisfação para a criança. Portanto, quando um pai tenta mascarar esse comportamento com uma desculpa, não é muito produtivo. É melhor ajudar a criança a aceitar seus sentimentos negativos. E - mais importante ainda - aprender a lidar com eles.

"Você é um palhacinho!"

As crianças esperam que os pais confirmem que seus sentimentos são válidos e reais. Se a mamãe e o papai apontarem que as emoções da criança são engraçadas em vez de sérias, ela pode começar a pensar que ela mesma e suas experiências não têm muita importância. Quando um adulto não entender o porquê de uma criança estar se comportando de certa maneira, vale a pena perguntar a ele sobre isso. E tentar se lembrar de suas próprias experiências de infância.

"Bem, você fica e eu vou embora"

Todos os pais já enfrentaram uma situação como esta: chega a hora de sair do parquinho e a criança está toda animada brincando e não quer voltar para casa. Porém, a ameaça de deixar a criança sozinha não só a obriga a ter que voltar para casa, como também cria uma sensação de insegurança no pequeno. De repente, ele se dá conta de que seus pais estão prontos para deixá-lo sozinho nesse mundo assustador. Quando crescem, essas crianças tendem a cometer mais erros em situações difíceis e estressantes.

"Nossa, grande coisa"

Essa é provavelmente uma das piores frases que um adulto pode dizer a um filho. Dessa forma, os adultos negam os sentimentos deles, podendo fazer com que os pequenos não compartilhem suas emoções com eles. É melhor esclarecer com a criança o que ela está sentindo e por que está sentindo essas emoções.

"Vá se arrumar, se apresse!"

As crianças pequenas ainda não estão muito familiarizadas com o conceito de tempo. Portanto, insistir para que se apressem não adiantará nada. A criança não se vestirá mais rápido, mas apenas ficará ansiosa e estressada. É melhor simplesmente ir dizendo o que ela tem de fazer, em ordem - isso poupará muitos nervos, tanto dos pais quanto dos filhos.

"Não me obrigue a fazer isso!"

Todos os pais acabam se valendo de ameaças uma hora ou outra. Entretanto, se o pai ou a mãe prometeu alguma punição em caso de desobediência, elas devem ser cumpridas. Caso contrário, a criança perceberá rapidamente esse truque e deixará de levar o adulto a sério.

"O que há de errado com você?"

Se essa frase for dita em tom de brincadeira, não há nada de errado com ela. Mas quando a mãe ou o pai exclama irritado: "O que há de errado com você?", a criança recebe um sinal de que há algo errado no próprio fato de sua existência. Se um adulto, em quem a criança confia, afirma que há algo errado com ela, o pequeno acredita. E começa a se perguntar o que realmente está errado com ele. Ao mesmo tempo, os pequenos não são capazes de responder a essa pergunta. E essas reflexões podem ter um efeito de longo prazo e acabar em visitas a um psicólogo.

"Você teve um dia bom na escola hoje?"

A expectativa do adulto já está bem clara em uma pergunta como essa. Supõe-se que tudo deve ser necessariamente bom ou perfeito. E quando a realidade não corresponde aos desejos dos pais, a criança se sente culpada, fica chateada e se fecha em si mesma.

"E como vou pagar todas essas contas?"

As crianças não devem ser sobrecarregadas com preocupações financeiras. Mesmo que os pais estejam passando por dificuldades financeiras, a criança não precisa saber disso. Afinal de contas, os pequenos da família não podem fazer nada. E será muito difícil para eles se livrarem do sentimento de ansiedade caso sejam informados da situação.

"Não seja mesquinho, compartilhe"

Os pais tentam incutir a generosidade em seus filhos desde cedo. Porém, nos primeiros anos de vida, as crianças não entendem muito bem o que é empatia e por que devem compartilhar seus brinquedos ao primeiro pedido de outra criança. Ao forçar o pequeno a dar a outra criança algo que é seu, os pais involuntariamente podem estar colocando impressões erradas nas suas cabeças. Por exemplo, que você só precisa chorar para conseguir o que quer. E que a criança deve dar qualquer objeto se a outra pessoa lhe pedir.

"Sente-se direito! Não fique torta!"

Essas observações não passam de palavras vazias. Dificilmente há uma pessoa no mundo que tenha se livrado da postura curvada com a ajuda da constante orientação dos pais. Querendo o melhor para seus filhos, os adultos muitas vezes ultrapassam o limite entre orientar e exigir obediência imediata. E esse comportamento geralmente esconde o desejo de manter o controle sobre os filhos.

Uma criança que é constantemente importunada pelos pais não apenas perde a confiança, mas também se acostuma com as críticas, confundindo-as com amor e atenção. Pode ser difícil para essa pessoa construir um relacionamento saudável com um parceiro no futuro.

A educação dos filhos não é um processo nada fácil. Entretanto, com algumas dicas, ela pode se tornar uma tarefa bem mais fácil e eficiente.

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